Querido diário. Era uma vez. Caro alguém.Começando um relato, uma história de faz de conta, uma carta. Para esse sem definição talvez o melhor modo seja assim.
Cartas escritas para serem entregues daqui 5 anos, 10 anos, no momento em que você programar e para você mesmo.
No entanto, para quem seria sua última carta?
Quem iria ler e chorar pensando em como foram bons os momentos com você, em como tudo aquilo passou muito rápido e acabou tão de repente?
Quem você poderia se abrir e relatar todas as suas falhas, quedas e fraquezas? Para quem você poderia contar como tem passado momentos de tristeza e vazio?
Quem estabeleceria uma relação de suporte? Quem escutaria todos os seus sonhos e desejos e que sentiria sua falta?Quem seria o seu caro? O seu querido?
O seu era uma vez?Lara Jean escreveu pensando em alguém e no final eles leram. Não foram suas últimas cartas, porém, as cartas mais completas de emoções e sinceridade.
Newt escreveu para Thomas revelando seus medos, a sua força de vontade ao querer persistir lutando. E que sempre o seguiria aonde quer que ele fosse.
Maxon escreveu seus sentimentos reais e complexos. A sua primeira carta de amor. O seu primeiro eu te amo.
Edward e Cecília escreveram cartas de amor codificadas em pequenos recados para que Thomas não percebesse.
Beatrix e Christopher trocaram experiências entre os momentos na guerra e no conforto de um lar. As cartas que deviam ser para confortar, logo, se tornaram nos mais profundos sentimentos.
Shalom, Eloise e Philip, Jude e Cardan, Anne e Gilbert, Rosie e Alex, Jonh e Savannah.
Para quem seriam as suas palavras mais sinceras?
Não choro pela morte, pelo risco em que o personagem irá correr ou pelo amor. Mas, sim, pelo fato de terem um último destinatário, por terem uma amizade tão forte que fornece apoio mesmo sendo um risco fatal e por ter alguém.
Como deve ser bom ter alguém especial e saber que aquilo é mútuo, infelizmente, não sei como é...
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Sem Destinatário.
RandomColetânea de cartas para leitores que se sentem do mesmo jeito.