Hector, um ex-soldado marcado por cicatrizes do passado, sobreviveu a um desastre em sua terra natal. Perdido entre lembranças amargas e a vastidão do espaço, ele embarca em uma jornada solitária, guiado apenas pela necessidade de seguir em frente...
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Este livro é dedicado a todos os leitores intrépidos que, com sua imaginação, se lançam ao desconhecido, desbravando novos mundos e embarcando em aventuras inéditas através de universos ainda inexplorado.
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Iniciado em 2021, este livro está agora em um processo de reformulação profunda. Estarei trabalhando para preencher as lacunas que foram deixadas desde a sua concepção, adicionando elementos que enriquecerão a trama e aprofundarão a experiência do leitor. Alguns capítulos serão condensados para intensificar a narrativa, outros serão reorganizados para melhor fluidez, e alguns serão mesclados para criar uma conexão mais forte entre as partes da história. Tudo isso para garantir que a leitura seja não apenas coerente, mas também envolvente e emocionante.
Estou empenhado em reescrever "Tudo é Azul" com um olhar atento e crítico, buscando aprimorar cada aspecto da obra. Peço desculpas por qualquer inconveniente que isso possa causar, mas acredito firmemente que esta revisão é essencial para corrigir as falhas que foram inadvertidamente deixadas no texto (sim, reconheço que existem várias, e elas têm sido um obstáculo para o progresso da história).
Espero que vocês, meus leitores, possam compreender e aguardar pacientemente as atualizações. Agradeço imensamente pelo apoio e pela paciência até aqui. Estou ansiosa para apresentar a vocês a versão renovada e aprimorada de "Tudo é Azul".
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A FUGA: DANÇA NAS ESTRELAS
Meu coração pulsava no peito enquanto corria pelos corredores escuros da nave. Os motores, aos meus ouvidos, roncavam, prontos para decolar, mas eu ainda precisava alcançar a cabine de comando. O tempo parecia escapar como areia entre os dedos.
O céu do Planeta Glódia, que antes brilhava com as estrelas, agora era um inferno de fogo e fumaça. Explosões iluminavam a noite, e os gritos dos que ficaram para trás ecoavam em minha mente, um tormento que eu não podia silenciar. Eu só tinha uma chance de escapar.
— Rápido, Hector! Não há tempo a perder! — A voz do meu pai ressoava em meus implantes neurais, misturando urgência e autoridade. Sua presença era como uma sombra constante desde sua morte, um fardo que eu carregava.
Parei por um instante ao alcançar a porta da cabine, respirando fundo, os dedos tremendo contra o painel de controle. As palavras de minha mãe retornaram como uma lâmina:
— Filho, vá! Sobreviva! Nós nos veremos nas estrelas.
Minha garganta apertou, e a dor dessas memórias me empurrou para frente. Joguei-me no assento do piloto, os controles parecendo hostis e complicados diante de minha inexperiência. Minhas mãos suadas escorregavam nos comandos, e por um momento, o medo me paralisou.
— Pai, mãe... e Phelix, espero que vocês estejam orgulhosos de mim. — Minha voz saiu como um sussurro, um pedido silencioso de força.
O painel piscava com luzes e símbolos que eu mal compreendia. Tentei me lembrar das instruções vagas que meu pai costumava dar sobre pilotagem. Tremendo, puxei a alavanca de ignição. Por um momento, nada aconteceu, e meu coração parou. Então, com um rugido, a nave ganhou vida, disparando pelo céu em chamas como uma bala atravessada.
Enquanto ela subia, virei a cabeça para a janela da cabine. Glódia, agora reduzida a cinzas, desaparecia sob mim. Seus tons verdes e azuis, que outrora eram belos, haviam se transformado em um luto negro e vermelho. As cidades eram ruínas, as florestas, um crematório. O espaço estava sangrando...
— Olhe para frente, Hector. Não olhe para trás. — A voz de Phelix sussurrou em meus implantes, suave como uma carícia, mas firme como uma ordem.
Respirei fundo e voltei os olhos para o espaço à frente. O caos que deixei para trás não podia ser desfeito. Era tudo ou nada.
O ÚLTIMO ADEUS À GLÓDIA
Na tela holográfica, os fragmentos de Glódia se perdiam na escuridão cósmica. Meu planeta, outrora vibrante, agora era apenas detritos flutuando no vazio. Meus olhos, que antes brilhavam com curiosidade, agora refletiam o horror que consumia tudo o que conheci.
— Você está bem, Hector? — A voz eletrônica do sistema de emergência me tirou do transe, sua tonalidade neutra contrastando com o caos dentro de mim.
Respirei fundo, lutando contra o peso da minha própria mente.
— Estou aqui... mas e agora? Eu não sei pilotar uma nave. Estou apavorado...
— Já saímos da atmosfera de Glódia. Em breve entraremos no espaço interestelar. Apenas deixe no piloto automático e eu cuidarei do resto. — A calma artificial daquela voz metálica parecia um consolo estranho, mas necessário.
Eu sentia o peso da solidão interestelar, um vazio maior do que qualquer coisa que já tinha experimentado. A vastidão do espaço à minha frente era implacável. A cada estrela que se afastava, a realidade de meu isolamento tornava-se mais evidente, uma ferida aberta e sem fim.
— Não estamos sozinhos, Hector. Há outros lá fora. Outras histórias a serem vividas. — A nave parecia compreender algo que eu ainda não podia aceitar.
Mas, por enquanto, eu estava só. Mergulhado em um universo que parecia indiferente à minha existência, eu sabia que não podia me entregar à tristeza.
— Vamos, Hector. Temos um destino a alcançar. — A voz eletrônica agora soava quase amigável, como se me encorajasse. — A história não acaba aqui.
Com um último olhar para a tela holográfica, deixei que as palavras da nave me guiassem. Não havia volta, mas havia um caminho à frente.