Noite Fria

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Já no hotel, Edson conta os minutos para voltar ao porto. Com sorte não encontraria policiais que o impedissem de investigar o local.

Sabia que aquele lugar estava interditado há muitos anos por conta do suposto tráfico de pessoas que ali ocorria. Perguntava-se se Julia havia sido vítima de tal ato.

Outra coisa ainda estava deixando-o intrigado: aquele sujeito replicar a voz da sua mulher de maneira idêntica. Curiosamente havia uma língua sobre sua cama na noite do ocorrido. Tentando desvendar parte do mistério, Edson assume que a língua pertencia ao sujeito, que trocou a sua pela de Júlia, ganhando a habilidade de imitar sua fala.

Talvez fosse uma ideia absurda, mas foi o único argumento que conseguiu pensar estando com a mente cheia de preocupações.

Levanta-se da cama e pega uma lanterna que encontrava-se dentro da primeira gaveta de uma cômoda no seu quarto. Era uma lanterna a pilha, então acende a luz dela a fim de testar sua funcionalidade. Ela liga.

Pega uma jaqueta de couro marrom e saí do pequeno prédio. Na frente dele havia um carro com os faróis apagados. No entanto, podia-se notar alguém dentro dele. Quem poderia ser?

Não Diga Um AOnde histórias criam vida. Descubra agora