Monstro De Circo

Cap5: Mudanças

Pov. Kirishima

5 anos se passaram desde que minha mãe morreu, muita coisa mudou, eu mudei, no dia em que minha mãe morreu eu perdi a minha inocência, eu não sou mais o mesmo que eu era, nem física nem psicologicamente, fisicamente dá pra notar a diferença, antes eu era magro, fraco, basicamente apenas pele e osso, mas agora eu to mais forte, não muito musculoso mas não sou mais só osso, também tem... O cabelo, meus cabelos, cauda e orelha eram pretos, mas desde aquele dia eles se tornaram vermelhos.

Psicologicamente, eu mudei muito, antes eu era um covarde, tinha medo de tudo, sinto vergonha disso, agora eu sou mais corajoso! Eu não sou mais um fracote que sai correndo! Eu sou um homem másculo que enfrenta tudo de frente! Mas de resto continuo o mesmo, continuo tentando pensar positivo e ser gentil com as pessoas, além de tentar ser feliz, mesmo que em um lugar como esse seja bem dificil...

O circo já está praticamente terminado, só falta um ou outro detalhe, mas ele cresceu bastante, por falar em coisas do circo as apresentações também mudaram, antes eu e o Katsu só precisávamos aparecer enjaulados, agora nós podemos ficar livre da jaula! O que é bom! O problema é que o mestre fica chicoteando a gente, o que não é tão bom assim, mas pensando positivo estamos livres da jaula!

- Porra! Droga! Buceta! - Meu irmão mais velho rosna.

- Katsuki Bakugou! Pare de ficar falando palavrão! - Mando, ele revira os olhos.

- Odeio a porra daquele chicote! - Ele diz tirando a sua camisa mostrando suas costas extremamente rasgadas e em carne viva.

- Merda! - Chingo enquanto chego mais perto.

- Quem tá falando palavrão agora? - Ele pergunta debochadamente.

- Cara é sério! Não está se regenerando! - Digo aflito, ele faz "tks" enquanto vai para perto de uma pedra e deita em cima dela.

- Sabia que tinha veneno naquela porra! - Ele diz irritado enquanto segura a pedra com força - Rasga. - Ele manda.

- Você tá louco?! - Pergunto.

- Temos que tirar o veneno de alguma forma! - Ele diz.

- É, precisamos de um antídoto. - Digo frustrado.

- Acha que vão dar isso pra gente?! - Ele pergunta irritado.

- Não, mas eu não vou machucar você mais do que você já está. - Ele rosna.

- Anda logo! Nosso corpo não é como o dos seres humanos, se fizer um buraco fundo o suficiente meu corpo vai conseguir expelir o veneno, como uma espinha, vai logo! E vou me regenerar depois! - Ele diz raivoso, eu suspiro.

- Tá bom, mas você quem pediu. - Digo deixando minhas garras saírem das minhas unhas e as cravo profundamente no mais fundo possível que posso alcançar nas costas dele.

Ele rosna e grita de dor, eu puxo as mesmas com uma certa brutalidade e um líquido amarelo puzento, com um cheiro podre ser expelido das costas dele, "que nojo" é tudo que consigo pensar no momento.

Esqueci de comentar, como ficamos mais velhos nossas habilidades de lobo também evoluíram, eu consigo controlar as minhas garras agora e Katsuki consegue se regenerar, isso são as novidades, o resto como velocidade e sentidos não mudou, apenas aumentou.

Bakugou começa a acender a fogueira, não confiamos a nossa alimentação ao circo, nem ferrando, se não seríamos palitos, caçamos a noite, comemos de manhã e voltamos antes dele abrir, desde que começamos a caçar nossa saúde não está mal, não ficamos tão doentes como antes.

- Eu acho que deveríamos ir embora logo. - Digo enquanto pego um pedaço de carne.

- Acredite em mim, isso é o que mais eu quero, mas sabe que não podemos, precisamos dar um jeito no cara, eu voto em matar ele. - Ele diz, enquanto começa a comer.