Ⅲ Caminhos do Ceifador

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Não é novidade que a vida é como uma tempestade de acontecimentos. Mas a questão de sobreviver do que vem além da tempestade. E ninguém sabe o que há de vir, por isso não estamos 100% preparados. Eu fui jogado em um labirinto e não faço ideia de como sair. Pelo jeito, terei que tomar o meu rumo, ou eu morrerei aqui.

Lá estava eu, perdido no labirinto. Andava e andava e sempre voltava para o mesmo lugar. Me perguntava se isso era o suficiente para castigar uma pessoa. O tempo foi passando e a resposta começou a ficar mais clara. E por incrível que pareça, eu não conseguia memorizar os caminhos. Parecia que eles mudavam, mas eu sempre voltava para o começo. Vi que não faria mais diferença em tentar, então resolvi esperar. Sentei perto de uma coluna de pedra e adormeci.

Depois de um bom tempo, eu acordei. Mas não estava na caverna, estava num vazio totalmente branco. Não havia absolutamente nada. Então, uma sombra difundiu-se do espaço branco, se tornando-se um corpo humano, usando um manto com capuz preto. E ele se aproximava de mim, calmamente , como se não quisesse me amedrontar. Porém, ele falhou depois que estendeu a sua mão esquerda para invocar uma enorme foice. E como eu não podia fazer nada, a melhor opção foi ficar na minha. Então ele parou diante de mim e disse:

— Lhe encontrei novamente, depois de longos dias, semanas e meses.

Quem é você? — perguntou Léus com receio. — A voz dele é muito estrondosa. É de arrepiar qualquer ser vivo...

— Muitos temem a mim. Algumas pessoas me consideram como uma separação eterna; Outros me veem como um começo de um fim de um ciclo. Muitos me culpam por todas as desgraças que ocorrem neste mundo. Eu sou o Ceifador. Porém na Hierarquia, sou mais conhecido como Morte.

Para mim, nada mais fazia sentido. Não sei se estou vivo ou se eu estou morto... Porém, parece que a Morte me conhece muito bem... Porque será?

— Prevejo que essa versão será horrível... — disse o Ceifador.

O que você quer dizer? — Léus disse com preocupação.

— Você não está preparado para todos os eventos que vão acontecer. Não posso permitir que as coisas fujam do controle novamente.

Eu não estou entendendo! Onde é que eu me encaixo nessa história?

— Então... Dê um motivo do porque você está aqui, não nesse espaço, e sim nessa Era.

Eu voltei pra essa Era, para corrigir os erros desse povo. Eu sou a única pessoa que posso reparar isso.

O Ceifador não ficou nem um pouco satisfeito com essa resposta. Ele acreditava que o motivo era ainda mais profundo, porém , Léus não soube expressar da maneira correta.

— Você acha que essas palavras vazias têm alguma importância? — disse o Ceifador com bastante raiva. — Onde você estava quando tudo aconteceu... ONDE VOCÊ ESTAVA QUANDO THE LAST WAY CHEGOU?

The Last Way... Já ouvi esse nome várias vezes, mas não sei o que você está falando!

— Você é um ser deplorável. Poderia acabar com sua vida agora, mas eu lhe darei uma chance. Eu sou a Morte, porém , não sou de matar na mesma hora porque não é proveitoso. Eu quero que você destrua todos os planos a respeito de The Last Way. E assim que você fizer isso, matarei aqueles que estiverem envolvidos.

Mas como eu farei isso? — perguntou Léus.

— Você deve continuar seu rumo à Nova Iorque, lá será o começo de tudo. Mas se você falhar, seu destino será pior do que a minha própria entidade. — Depois das suas últimas palavras, o Ceifador estalou os dedos e todo o espaço vazio começou a desaparecer.

ESPERE, EU AINDA NÃO TERMINEI!!! — gritou Léus em meio ao desespero de estar sumindo daquele espaço

— E você nunca irá terminar — disse o Ceifador com convicção.

E o espaço vai se desfazendo até Léus voltar ao começo do labirinto. Léus diante daquilo tudo, tomou a decisão de ir achar The Last Way. Mas algo estava errado, Léus voltou para o começo do labirinto, e quando ele virou para trás, lá estava a entrada do labirinto. Sem demora ele correu para a sua liberdade. Mas, ele não esperava por uma coisa. Estava havendo uma guerra. Havia militares lutando com as pessoas montadas em cavalos. Parecia uma rixa entre Militares e Cowboys e Cowgirls, e mesmo com uma guerra acontecendo, decidiu arriscar a sorte e tentar fugir em meio a multidão. Não poderia ficar simplesmente esperando alguém me socorrer. Enquanto eu corria desesperadamente, havia alguém que se destacava entre todos, era uma mulher totalmente forte e bonita. Ela conseguia derrubar todos os inimigos que batiam de frente com ela e seu cavalo. Eu ouvia os soldados disserem:

- Cuidado com a Paang Hyena, ela está ainda mais forte.

Não me importei com o que estava acontecendo ao meu redor, fugir era a coisa principal. Até que eu me bati de frente com o Thompson Strakh. Seu rosto expressava fúria extrema. Como se a qualquer momento ele fosse explodir. Ele olhou para mim e disse:

Nem pense que você vai escapar, seu desgraçado! — então Thompson puxa uma de suas espadas russas para dilacerar a cabeça de Léus.

Nesse momento de quase morte, fui salvo por um dos Cowboys que estavam com essa tal de Paang Hyena. Estava caindo cavalo, então eu tive que manter o equilíbrio. Depois que eu fui salvo, a Paang Hyena que estava próxima de mim, começou a gritar:

RECEPTUM!!! — enquanto ela gritava ela emitia um som semelhante ao de uma Hiena.

E assim, todos os Cowgirls e Cowboys entenderam o que ela tinha dito. E começaram a parar de lutar e sair da cidade. Todos corriam em direção ao grande portão de Mors Agro, que naquele momento estava aberto. Mas Thompson não deixou barato, ele mandou avançar independente do que acontecesse. Ele não queria perder essa luta, e assim o desespero começou. Pois alguns aliados do Thompson estavam armados, e assim o tiroteio começou. Muitos foram atingidos, ou até ficaram para trás, foi um verdadeiro cenário de guerra. Mesmo assim Paang mandou seguir em direção ao portão. E a tensão aumentou quando os soldados da muralha ordenaram que o portão deveria ser fechado. E o portão começou a fechar lentamente, e todos que estavam fugindo começaram a aumentar a velocidade de seus cavalos. E um Cowboy gritou:

NÃO VAMOS CONSEGUIR, O PORTÃO ESTÁ FECHANDO!!!

NÓS CONSEGUIREMOS, ESTABELEÇAM A LIGAÇÃO COM SEUS CAVALOS, NÓS CONSEGUIREMOS!!!

E assim todos começaram a acelerar ainda mais, já estávamos próximo do portão, mas o portão começou a fechar rapidamente. Eu percebi que ninguém conseguiria passar. E eu era a única pessoa que poderia salvar a todos. Então levantei-me do cavalo e fiquei na ponta dos pés, e puxei uma ferramenta especial do meu bolso, ele tinha um formato de uma bola. Agora só faltava mirar no meio do portão e rezar para que desse certo. Era difícil me equilibrar e mirar ao mesmo tempo, porém eu teria que fazer isso de qualquer jeito. Peguei o impulso do meu braço direito e joguei. Foi um arremesso perfeito, não sabia que iria dar certo. Quando a bola chegou ao meio do portão, ela automaticamente se transformou numa barreira que impedia que o portão fechasse e deixando espaço para que todos pudessem fugir. E assim todos começaram a passar pelo portão comemorando a vitória garantida! Tomamos um rumo totalmente reto e sem fronteiras... O curioso de tudo é que Thompson e seu exército haviam parado de nos perseguir, mas não era o momento ideal para pensar nisso agora. Seguimos o nosso rumo até a montanha mais alta do deserto!

''A nossa verdadeira esperança sempre surgirá em meio ao Caos''

Continua...




The Last Way - A estrada do InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora