De volta do inferno

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Acordei em um lugar úmido e frio, tinha muito cheiro de mato molhado. Tentei adaptar minha visão no escuro, pra ver se daria para enxergar alguma coisa, mas nada. Não fazia nem um ruído também, não fazia a mínima ideia onde eu estava e nem quem me sequestrou, mas eu tava com medo.
Tinha que achar algo que me ajudava a fugir, porém a única coisa que tinha era eu, o escuro e o silêncio sem fim. Passaram alguns minutos ou horas, não sei ao certo, quando eu escutei alguma coisa, uma voz na verdade e era de alguém familiar, mas eu não lembrava de quem.
Escutei passos e uma porta se abriu. Fiquei tão horrorizada, que nem reparei que a pessoa tinha pegado uma cadeira e sentado na minha frente. Até ele falar:

— Finalmente você acordou Aninha — Aquele apelido! Quem me chamava assim? — Senti sua falta.

— Quem é você? — Senti o olhar de ódio em cima de mim.

— Impressionante, piranha tem memória curta ou só você que é burra mesmo Ana Clara? — Não é possível, a única pessoa que me chamou de "piranha" foi...

Senti uma dor no rosto e veio um gosto de sangue na minha boca. Eu tinha acabado de de ganhar um tapa, da pessoa que mais me dava medo no mundo. O Luan!

— Sua vadia, burra. Não me faça te machucar de novo meu amor — Esse cara deve ser doido da cabeça — Eu não quero que você sinta dor.

— Você deveria ter pensado isso antes de me esfaquear, seu desgraçado — Senti outro tapa e o gosto de sangue retornou.

— A culpa é toda sua! Você que não me quis, e ainda escolheu o idiota do Lucas. Você me trocou por alguém que não te merece.

— E você me merece? Depois de tudo que fez, você acha que eu vou te querer?

— Talvez você não queira agora, mas isso vai mudar princesa. Nem que eu precise matar o seu noivo idiota. — Disse isso e começou a me desamarrar. Meu  coração começou a acelerar como se fosse sair do peito. — Calma, eu não vou fazer nada com você Ana. A gente só vai trocar de lugar, ficamos aqui por muito tempo, não quero correr o risco de te acharem.

Ele me pegou no colo e foi aí que percebi. Minha perna estava com um corte meio profundo, provavelmente precisava de pontos.

— Você precisa me levar para o hospital, eu posso perder muito sangue, e se infeccionar?

— Calma querida! Não vou te levar para médico nenhum, eu mesmo vou te dar pontos.

— Luan vc tá ficando louco? Você por acaso sabe dar pontos?

— Uai, a gente pode tentar!

— Você vai me matar.

— Isso eu não vou deixar acontecer nunca, tá me entendendo? Eu te amo e nunca vou deixar nada de ruim acontecer com você.
— Como, não vai deixar nada de ruim acontecer comigo? Você me bateu para mim desmaiar, minha perna machucou não sei como, você me deu dois tapas na cara. Minhas mãos estão doendo por estar amarrada e meu psicológico está ficando uma merda. Ahhh e eu esqueci de falar de falar do beijo forçado e a facada. Você é a pessoa mais má que existe.

— Isso são só consequências para te deixar a pessoa mais feliz do mundo, e você vai querer ficar comigo para sempre. — Ele parou por um tempo e ficou pensando, até que disse — Você não vai me perguntar o pq de vc estar passando mal esses últimos dias?

— Foi você então?

— Lógico! não vai me dizer que você achou que tava grávida? — minha cara deve ter entregado tudo, porque ele só disse. — Você é muito ingênua, será que você não entendeu que você vai ficar comigo, para todo o sempre? Se você tivesse um filho com aquele desgraçado ele já estaria morto!

— Seu canalha, desgraçado. Isso só ia fazer eu te odiar ainda mais!

— Será uma questão de tempo até você me amar do jeito que eu te amo.

— Esse amor doentio e louco? Não obrigada!

— Não me obrigue a matar o Lucas.

CONTINUA...

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Bjs e se cuidem

Apaixonada pelo irmão do meu amigo Onde histórias criam vida. Descubra agora