Sangue de artista, alma de poeta

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Que eu sofra em vida todo dissabor.
Que eu chore, sangre, que eu me despedace
E derrame esse sangue pela face,
Que o peito rasgue se preciso for!

Quero ser sincera, plena, sem disfarce,
Intensa no sentir. Seja por amor!
Que eu não me acovarde perante a dor,
Mesmo que ela, um dia, me desgrace.

Sei que morrerei, como ser mortal
Quero deixar algo transcendental.
Para pintar sangue, sangrar faz parte!

Posso registrar em verso o que sinto.
Sou antes um artista, um ser distinto,
Cuja prioridade é a arte.

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