quatro anos se passaram.
Micaelly agora está com seus 20 anos, morando com sua avó, em uma casa de praia em tulum, no México, acompanhada de sua mãe.
ela vive uma vida feliz, apesar de não ser a vida que ela gostaria de ter.
com um ótimo emprego em...
Subo para o meu quarto tentando fazer o mínimo de barulho possível, e felizmente consigo.
Adentro o cômodo e tranco a porta. Antes de começar a ler aquele contrato, tiro minhas roupas e coloco outra mais confortável, lavo meu rosto, tiro o celular da bolsa, o colocando pra carregar e enfim, começo a lê-lo.
Ele não era tão grande, haviam no máximo umas 10 páginas, sem contar a primeira, que continha apenas as perguntas "padrões", como nome, idade, sexo, essa coisas. Pego uma caneta (preta) e começo a preencher tudo com cuidado e atenção, mas foi uma tarefa complicada, já que não parava de tremer, e minha mão soava mais que tudo.
Na segunda página, havia um breve resumo do que era, e de como funcionava a relação de 'daddy & babygirl/boy'. Li tudo atentamente, mas não me surpreendendo muito, pois já sabia um pouco sobre o que se tratava. (quando fazia psicoterapia, minha psicóloga me fez contar como era minha relação com o 'tal namorado', então, ela explicou o sentido de daddy e baby).
Li todas as linhas repletas de letrinhas pequenas com muuuita atenção, e com o coração acelerado, quase ao ponto de explodir.
Quando cheguei na última página, soltei um suspiro de alívio. O pequeno texto começava com um: 'Querida Micaelly'
'Se chegou até aqui, saiba que fico extremamente feliz. Não vou negar que passou pela minha cabeça a possibilidade de você desistir do contrato, assustada com o que esta escrito nele. Mas quero que entenda que tudo que esta aqui é de extrema importância para que nossa relação prossiga de forma saudável e respeitosa para ambos. Por último, mas não menos importante, há um espaço para a sua assinatura, é só mais uma pergunta. Eu te amo minha garota, e mesmo que não queira assinar, respeitarei sua opinião, e continuarei te amando, incondicionalmente.
Escrito por: Shawn Peter Raul Mendes.'
Como ele havia escrito, havia um espaço para a minha assinatura, e ao lado, em negrito, uma pergunta, com um espaço para marcação de um X.
( ) a(o) baby concorda em ser tratada como propriedade do daddy/dom, tendo como obrigação cumprir todas as ordens e punições instruídas por seu dono.
A pergunta me faz estremecer, e me lembro da conversa que tive com Shawn na hamburgueria. 'a partir do momento que concordou em ser minha baby, passou a ser minha propriedade sim!' ele disse. Se não fosse pelo fato de que talvez (com muita certeza) ele me proíba de sair com meus amigos (em específico, Thierry) eu aceitaria tranquilamente. Mas não quero deixar de fazer as coisas que gosto porquê ele não deixa. mas eu o amo tanto.... esse pensamento não sai da minha cabeça..
Depois de tanto pensar, assino meu nome no lugar instruído e marco o X na última pergunta.
Que se dane.
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