04 | what do you have afraid of?

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Madison Covey
5:40pm

— chapter four —

What do you have afraid of?

Amy me tirou toda a paciência que me restava naquele dia cansativo. Reuniões chatas, trabalhos finalizados depois de longas horas na frente do computador da minha colega de classe. A única parte melhorzinha meu dia tava foi arruinada, só quero dormir o quanto antes pra esse dia terminar. Mas eu ainda tinha trabalho do escritório pra terminar, bufei. Meu celular tocou na bolsa, era Mia, minha cunhada — ela queria que eu buscasse Asher na escola em quinze minutos, pois estava no centro e não conseguiria voltar a tempo, e meu irmão, Jacob, estava em uma reunião importante. Restando apenas a madrinha da criança, suspirei, destrancando a porta de casa.

A luz da sala e do corredor estavam acessa, ela estava em casa. A mesinha de centro estava cheia de papéis e um notebook aberto em algum slide que não fiz menção de ler. Coloquei minha bolsa no sofá, procurando minha carteira e chave do carro. A escutava de longe falando se podia ir pra casa de alguém pra ter ajudado no trabalho da faculdade. Depois de achar o que precisava, caminhei em busca de um remédio pra dor de cabeça na cozinha. Logo voltando pra sala, não sei do que se tratada a ligação dela, mas ao passar os olhos nas folhas soltas notei que era uma apresentação de um caso criminal.

Sentei no sofá, folheando as anotações dela. Emily fazia Direito e era boa nisso, dava pra ver na forma em que escrevia sobre o caso. Mas podia ter usado uma ideologia de Bauman sobre seres efêmeros, se encaixava perfeitamente naquele caso.

— Ei, o que está fazendo? Não mexe nisso! — sua voz me assustou, estava presa ao que lia. — Não mexa nas minhas coisas, por favor. — a ruiva parou na minha frente, tomando os papéis de mim com raiva. O que me cortou facilmente. — Merda. Desculpa, desculpa, desculpa... — o ego da sua voz diminuía enquanto se afastava.

Apertei o indicador e o médio antes que sujasse o tapete, a ruiva surgiu novamente ao meu lado no sofá com um toque gentil. Repetindo inúmeras desculpas, esperando que eu cedesse aos seus cuidados — o que não foi inevitável.

— Desculpa, é que eu estou estressada demais. Não sei como fazer essa droga de trabalho e ainda tenho que preparar minhas falas, aquele professor não explic... — ela ficava nervosa a cada palavra que proferia, sua ansiedade era nítida, então tive que interrompê-la ou seria pior. Não sabia bem o que fazer, só fiz o que deu na telha para calá-la.

Como estávamos próximas, aproximei meu rosto do seu sucintamente. Tomando seus lábios em um selinho pressionado de forma firme. Senti meus dedos cortados terem seus cuidados parados, e um carinho tão longe no início da minha bochecha dar sinais. Me afastei um pouco, ficando rente a sua boca, buscando seus olhos clarinhos, logo os encontrando.

— Tá tudo bem. Você está melhor? — ela assentiu com a cabeça, era engraçado vê-la sem palavras igual agora. — Acho melhor você dar um tempo desse trabalho, não acha?

Emy negou.

— Meu prazo é curto e...

A beijei de novo, dessa vez segurando seu rosto com a mão livre. Estava sendo divertido calá-la daquele jeito. Lhe dei dois selinhos ligeiros e me afastei de novo, meu celular vibrava na minha perna. Estava na hora de Asher sair.

— Prazo curto ou não, você não vai conseguir fazer nada desse jeito. Você precisa se acalmar. — a fitei.

Ficamos um minuto em silêncio.

A wife for meOnde histórias criam vida. Descubra agora