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Taehyung

Yeosu, novembro de 1690

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Yeosu, novembro de 1690

Como esperado, os oito meses se passaram como poucos dias e a qualquer momento, Janet daria à luz. Todos estavam apreensivos e temerosos com o parto, já que a gestação fora realmente difícil e não tínhamos solidez nenhuma. Seus pés ficaram mais inchados e já não caminhava tão livremente.

Vez ou outra fui acordado por resmungos seus alegando dores na cintura e no ventre. Segundo o médico, o bebê havia tomado seu lugar na barriga para logo vir ao mundo e isso explicou o porquê de tantos incômodos. Janet ainda não sentia segurança sobre o estado do nosso filho. Não sabíamos o que esperar quanto a saúde da criança e as noites se tornaram excruciantes.

─ Quero fazer xixi.

Ela soou baixo ao olhar-me e levantei para ajudá-la. Era madrugada, então não quis acordar Dália. Isso estava acontecendo com muita frequência, mas descobrimos ser normal em mulheres perto de dar à luz.

─ Pegarei a bacia, não se levante.

Terminei de sentá-la na cama e trouxe o utensílio. Coloquei-o no lugar e segurei seus braços para deixá-la em pé. Sua barriga estava enorme e isso me assustava. Nunca estive perto de uma mulher naquele estado antes e não tinha como agir normalmente com isso. Era quase excêntrico e paradoxal. Ali tinha uma vida que logo iria sair dela. Era assustador.

─ Pode me soltar.

Pediu, mas não o fiz. Temia que ela se desequilibrasse e com aquele peso no corpo, isso estava quase certo de acontecer. Depois que entrou na última fase da gravidez, Janet já não conseguia mais se abaixar para nada. Tudo era em pé, ou quase tudo.

─ Você já fez isso antes comigo, ainda se constrange?

Olhei seus olhos inchados de sono e suas bochechas mais cheias. Ela estava fofa.

─ Não estou constrangida, só quero levantar minha camisola. Em que mundo está, marido?

Olhou para baixo e apontou para o longo tecido de seda que a cobria.

─ Soltarei um braço, tenha cuidado.

Assim que ela se ajeitou e fez suas necessidades, coloquei-a na cama, puxei seus lençóis e levei a bacia para o lavabo, onde voltei em seguida. Quando deitei, ela aconhegou o rosto em meu peito.

─ Estou sem sono.

Janet murmurou e acariciei a enorme barriga.

─ Precisa dormir, tem que descansar. O bebê se mexeu?

Negou e me perguntei se isso era um bom sinal. O bebê já devia estar grande e formado, porque parou de se mexer? Eles deveriam chutar.

─ Uma das empregadas contou-me que eles costumam ficar quietos quando estão perto de nascer.

MARQUESA • kthOnde histórias criam vida. Descubra agora