Capítulo 34

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Christopher von Uckermann

Dulce tinha entrado no chuveiro comigo, minha cabeça ainda estava a milhão, eu estava completamente perdido, ela era a minha maior base, mas eu não conseguia nem abrir a boca.

Ela pegou a esponja e passou por minhas costas lentamente, logo depois por meus braços e me virou de frente para ela, nesse momento eu envolvi meus braços em sua cintura e ela me abraçou.

- Vai ficar tudo bem, não é? - Falei em seu ouvido.

- Precisa ficar meu amor. - Ela disse me apertando ainda mais.

Nós tomamos o banho tranquilamente, nos secamos e coloquei a samba canção que Dulce tinha separado para mim. Eu me sentei na cama e a puxei para meu colo.

- Quando tudo isso passar, vamos viajar de férias, só nós dois. - Falei fazendo carinho em suas costas.

- Vamos para o nordeste. - Dulce disse passando a mão por meu rosto. - Ficar na praia, curtindo o sol e nossa companhia. - Assenti. - Isso vai acabar logo, você vai ver.

- Tem muita coisa acontecendo. - Respirei fundo. - A gente precisa concluir isso logo, tirar o mandato deles. - Fiz uma pausa. - Precisa ser antes das eleições. Para dar tempo de novos candidatos, as coisas mudarem, não sei. - Meu tom de desespero assustou Dulce que deu um beijo na ponta de meu nariz.

- Meu bem, precisamos conversar, quer fazer isso agora? - Eu assenti. - Ótimo, por que creio que seja isso que esteja só aumentando esse desespero. - Ela respirou fundo. - Do começo?

- Do começo. - Falei tirando Dulce do meu colo e me sentando de frente para ela.

- Chris, você agiu de inicio, se aproximando da minha família para tentar acabar com a gente? - Dulce estava séria e eu meu tique nos olhos começou.

- Sim. - Fiz uma pausa e ela me fitou. - Víctor queria derrubar sua família, talvez por conta dessa sociedade maldita, mas ele nunca tinha falado sobre então, na minha cabeça era tudo pelo poder da cidade. - Dei de ombros.

- Ok, você foi falar com meu irmão a mando de Víctor e comigo a mando de Cláudio? - Ela permaneceu ainda mais seria.

- Quase isso. - Ela arqueou a sobrancelha. - Seu irmão disse que confiaria em mim se eu conseguisse ficar com você e em troca, eu ganharia a próxima prefeitura da cidade. - Dulce me fitou decepcionada e eu a encarei triste. - Não vou negar que isso influenciou, mas as coisas saem do nosso controle. Eu sempre te achei linda, forte e absurdamente inteligente, principalmente quando ia atrás de um erro meu. - Ela sorriu forçado. - Não vou negar que aquele dia no bar eu não fiquei maluco para tentar alguma coisa com você, mas eu precisava manter o foco e eu sabia que a chance de eu ganhar um tapa na cara era maior. - Eu ri sem graça e franziu os lábios me encarando confusa.

- Justo, eu te dei trela porque você era um gato e eu sabia que estava mentindo. - Ela sorriu meio debochada.

- Péssimo mentiroso. - Falei com as mãos para cima em rendição e ela concordou.

- Sobre Larissa e o bebê...

- Verdade. - O clima denso voltou.

- Ok. Você ter aparecido no Mato Grosso do Sul? - Ela mordeu o lábio inferior, nitidamente nervosa.

- Alfonso e eu descobrimos uma casa em meu nome. Nós fomos para lá tentar descobrir do que se tratava, porque eu nunca tinha comprado um imóvel, ainda mais tão longe. - Suspirei. - O imóvel foi comprado no mesmo ano em que eu me tornei deputado, tecnicamente assinei milhares de papéis e muito sem nem ler, ridículo para um advogado, porém, a maior verdade. - Ela continuou me fitando. - Quando eu e a Alfonso vimos Christian ali, meio que desconfiamos de algo e bem... - Fiz uma pausa. - Tudo o que tinha ali, era bizarramente assustador, na primeira oportunidade, corri de lá com Poncho. - Ela assentiu pensativa. - Por que você fugiu sem me ouvir? - Ela fitou o chão como se estivesse se lembrando do que tinha acontecido.

- Eu estava te esperando. - Ela me olhou e respirou fundo. - Guilherme chegou e eu liberei a entrada dele, nós conversamos, foi tudo muito rápido, ele disse que tinha descoberto algumas coisas sobre você e pediu que eu me afastasse. - Dulce fitou o chão. - Eu não tinha entendido direito, mas ele pediu para que eu viajasse com ele e eu estava perdida, magoada e no calor do momento eu topei, topei deixando tudo e todos. - Ela pegou minha mão. - Cai igual uma otária no papo dele e quase me dei muito mal. - O olhar dela estava triste.

- Tudo passo, isso que importa, não? - Falei trazendo-a para mais perto de mim.

- Estamos juntos de verdade? - Dulce me olhou e tinha um pouco de medo ali.

- Juntos de verdade, meu amor. - Eu a abracei de lado e beijei sua cabeça.

- Mesmo? - Ela falou quase fazendo beicinho.

- Mesmo. - Eu a encarei confuso.

- Eu te amo, Christopher. - Dulce dedilhou minha bochecha.

- Eu te amo, Dulce María. - A beijei.

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