Epílogo Unico

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EPÍLOGO UNICO

Parte 1- a raiva
"Eu não estou quebrado, e está tudo bem."
Aqueles pensamentos rodavam a mente do adolescente Dave, todos os dias, desde que perderá a mãe, vítima de assassinato cruel, após o pai descobrir que ela era uma mutante. A irmã, que havia recem-despertado os dons, e a si mesmo em todo aquele incidente.
David Mustaine, não tinha por quem lutar, ele não tinha forças para continuar e sequer, teve tempo de sentir o luto, ele só teve tempo de poder acabar com a vida daquele que um dia chamou de pai, ou talvez, nem devesse considerar, ao sentir uma rosca tremenda dentro de si, e fazer com que ele nunca tivesse existido, eu não soube como, nem porque fez aquilo, mas ver aquele homem implorar pela sua vida, enquanto as esferas verdes, a energia verde escapava de sua mão, em direção ao pai, transformava ele tentamente e dolorosamente ao pó que ele era agora, o deu um certo poder e um tanto de prazer inimaginável, que ele só se deu conta de que tinha de fugir, quando notou o cenário onde estava. Ele não conseguiu encarar, de fato, os olhos tristes e mortos de sua mãe, Anna e nem o pequeno e frágil corpo de sua irmã mais nova, Amberly. Saiu daquela cena, onde um dia foi sua casa, com o desespero tomando o peito.
Uns dias se passaram, Dave não tinha ideia de onde estava, por quanto tempo dormiu, por quantos dias havia apagado, e nem muito menos o que estava acontecendo ao seu redor.
Ele levantou da cama, macia como marshmallow e confortável, que o dava vontade de voltar a dormir, coçando os olhos, pois os raios solares que innvadiam o quarto, fizeram com que ele piscasse várias vezes, antes de poder focar.
Dave caminhou até a janela e abriu as cortinas, olhando atráves do vidro a arte de baixo do local, o verde acolhedor da natureza, davam uma visão legal, rosas parecidas com as quais a sua mãe cultivava, vermelhas e vivas em um canto do jardim na frente de casa, o carteiro passava de bicicleta, entregando o jornal nas portas e todo mundo parecia alegre, menos Dave, que ainda não fazia ideia da onde estava.

Parte 2- o luto
"eu não estou quebrado, e está tudo bem"
Dave precisou se sentar de novamente na cadeira rente a mesa, para acreditar que sua mãe estava realmente ali, sua irmã e que estava tudo bem, que não haviam morrido e que nada havia acontecido, será que foi apenas um sonho de Dave? Será que aquele não era o sonho? Será que ele não estava louco? Perguntou para si mesmo metalmente aquelas perguntas.
— O que foi, querido?— a voz acolhedora de sua mãe se dirigiu a ele.— Tome seu café, está tudo bem.— Ela disse. Dave a encarou, ela tinha o sorriso mais vivo que ele poderia imaginar, e fez o que ela havia sugerido. Levou a sua destra na asa da xícara e levou aos labios, tomando boa parte do líquido escuro e quente, que tinha gosto de casa, e por fim, ele conseguiu acreditar que aquilo era real, mesmo que ainda houvessem dúvidas. "Eu devo estar sonhando" pensou ele.
— Você dormiu demais, hein? A noite anterior foi boa demais, né? Por que sua namorada não veio com você?— Perguntou Amberly, a garota baixinha de cabelos ruivos encaracolados iguais aos dele, e muito curiosa. Namorada? Dave sequer se lembrava de ter namorada, ele sequer sabia oque estava havendo.
— É, eu não sei, ela tava ocupada.— Foi o que ele conseguiu dizer.— A irmã riu.
— O diabo não se ocupa, irmão.— Ela disse e deu uma piscadela, antes de se afastar completamente do irmão. Dave franziu o cenho confuso, mas por aquele momento, ignorou sua irmã. Crianças falam todo tipo de coisa, principalmente, se aprendem vendo na tv.
Mais tarde, os três estavam reunidos na sala, vendo tv, passava um comercial de um novo remédio, ou anti-depressivo que passava na tv.
— Tenha o poder sobre seus sentimentos, sobre seu sono, lembrem-se: a dor é inevitável, o sofrimento é opcional.— Disse o comercial, Dave torceu o nariz para aquilo.— Você tem o poder de ser quem quiser.— e assim, o comercial terminou.
— Isso é o que eles chamam de convencimento? Meu deus...— comentou sua mãe.
— Eu acho que sim.— Dave riu.— Mãe?—Dave perguntou. A mulher virou o rosto na direção do filho, instantemente quando ouviu este a chamar, a tinha um sorriso amigavel e sereno na direção de Dave.
— Sim, querido?— Ela perguntou.
— Você está mesmo...aqui?— Ele perguntou.
— Claro, meu amor.— Ela respondeu, ainda tinha o mesmo sorriso e a face tranquila.— Você quer que eu saia?
Dave estranhou a pergunta, franziu a testa, encarando a mãe confuso.
— Não, não, é claro que não, mãe...é que...— Dave virou o rosto, lembrando-se dos últimos dias, lembrando-se da cena que partiu seu coração, mas ele estava confuso demais. "Deve ter sido um sonho" pensou.
— Ei, meu amor, não aconteceu nada, seja lá oque te preocupa ou te preocupou, a mamãe está aqui e está tudo bem, deixa tudo isso pra lá, ok?— Ela perguntou, mantendo seu sorriso. Levou a mão nos cabelos do ruivo e fez um breve carinho.
Dave respirou fundo, convencido de que aquilo tudo não passava de um sonho ruim e que tudo estava bem, finalmente, que havia esquecido do vazio e tristeza infinita ao qual sentiu nós ultimos dias.

Don't try to fix me, I'm not brokenOnde histórias criam vida. Descubra agora