Capítulo 3

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Ficamos ali então, nos olhando, ele ainda continuava com seus braços no meu pescoço. Eu não tinha dito nada, estava perdidamente perdida pelos seus olhos, estava perdida nele, em suas palavras, na sua boca, no seu cheiro, nele. Me sentia especial por tê-lo ajudado, me sinto melhor por ter feito alguma coisa, me sinto menos sozinha nesse momento.

Tranquilidade. Era o sentimento daquele momento. E, por alguns minutos, foi assim. Nenhuma palavra, mas, como estávamos, não existiam palavras para descrever. Acho que apenas os sortudos os suficientes para sentirem aquilo com alguém. Eu não me considerava alguém cem por cento sortuda, mas, naqueles minutos, me senti a própria rainha do meu próprio reino.

Até que estaciona, na nossa frente, um carro lindíssimo preto, Harry me contou depois que se chamava Camaro 1998. Como o veículo era para duas pessoas, ele lhe deu um dinheiro para pegar um transporte para o lugar que fosse. Harry então abriu a porta para mim e logo em seguida foi para o banco de piloto.

Eu não tinha percebido, mas muitos estavam olhando para nós dois. Presumi que aquele veículo era caro. Me senti meio fora do lugar, desconfortável. Tinha ido pouquíssimas vezes para Londres Trouxa, não sabia como eles pensavam ou agiam em determinadas situações.

- Como disse anteriormente, agora vamos comprar algumas roupas para nos adaptarmos no local. Já tinha pedido para o meu motorista fazer uma reserva para nós dois no restaurante que queres e, como vai demorar uma média de uma hora, vamos fazer algumas compras. – E ele sorri novamente para mim, como se estivesse feliz em gastar o seu dinheiro comigo, me dando coisas.

- Potter, só uma pergunta, por que tem tantos trouxas nos olhando?

- Esse tipo de coisa é parecido que no nosso mundo – Ele clica num botão dentro do carro e ele faz um barulho e, logo em seguida, após Harry me apontar para colocar uma faixa sobre o meu peito, que ele chamou de sinto de segurança, aquele veículo começou a andar. – Quando as pessoas, de um modo geral, acabam vendo algo extremamente caro, gostam de olhar. Não as culpe por sonhar um pouco.

Não poderia culpa-las mesmo, pois era eu que estava vivendo um sonho.

Me costumei em estar dentro daquele veículo rapidamente e logo já estava relaxa. Harry e eu estávamos conversando sobre política e ele me explicou um pouco mais sobre os seus Senhorios e negócios. Logo entramos num local trouxa chamado shopping, onde consistia em um grande local onde existia várias lojas dentro.

Era lindo, mesmo com muitas pessoas no local, era uma sensação totalmente nova em estar naquele local. Não tinha percebido, mas estávamos andando de mãos dadas, só fui realmente perceber esse fato quando entramos numa loja de roupas que, pelos poucos preços que vi, custavam uma pequena fortuna para os trouxas.

- O senhor e a senhorita gostariam de algo em específico? – Pergunta um atendente baixo.

- Na verdade, sim – Harry responde com o seu sorriso encantador – Gostaríamos de roupas para o dia-a-dia, mas também queremos ver uma ou duas mais formais. E, se você não se importar senhor, estamos com uma prioridade maior, no momento, para ver as mais usuais.

- Claro, por favor, me sigam.

Então, nos próximos quarenta e cinco minutos, Harry e eu vestimos inúmeras roupas: Calças, blusas, moletons, sapatos, ternos, blusas sociais e muitos outros estilos que não faço a menor ideia. Já iriamos sair com um par de roupas, eu estava com um vestido preto simples que ia até um pouco a mais dos meus joelhos, com umas alças que ficavam no meu ombro e mais um casaco de prata (a minha casa, Slytherin, nunca saí de mim), e, nos meus pés, estava com uma sandalinha de salto da mesma cor do meu vestido. Não iria ser louca em colocar um salto agora, não sem antes treinar como andar naquela coisa.

Após uma noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora