Abra a Boca...

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Tamires era uma mulher linda, negra, gorda, uma olhar marcante, de mulher forte e segura. Ela era dentista em sua própria clínica, era uma clínica pequena, trabalhavam somente ela, Juliano, seu auxiliar, e Carolina, a estagiária e secretária. Carolina era apaixonada por Juliano e todo mundo sabia, ela não admitia mas não conseguia esconder, e ele gostava de como ela o olhava, porém era mais fechado, não dava para dizer se ele também gostava dela desse jeito. De qualquer forma ambos eram tímidos, ela mais que ele, e não faziam nada a respeito. Já Tamires era o contrário, extremamente extrovertida, comunicativa e sarcástica, vivia fazendo brincadeirinhas, às vezes até um pouco inconvenientes, insinuando a paixão da estagiária, e instigando os dois a finalmente marcarem um encontro.

Aquela era uma sexta-feira normal, Tamires, que tinha um relacionamento aberto, depois do expediente iria para um barzinho perto da clínica, com sua melhor amiga que também tinha um relacionamento aberto, para flertar um pouco e ver se rolava alguma coisa, se não, iria depois para casa, esperar sua namorada chegar e se divertir mais um pouco. Mas já no começo da manhã, quando Juliano chegou, super cheiroso e com aquele típico frescor matinal, ela notou algo diferente nele, não sabia dizer o que era. Ela não sentia atração por ele, ele era meio "esquisitinho", assim ela classificava homens muito magros, ou muito tímidos, ou com qualquer outro traço que ela não admirava. Mas ele tinha um sorriso bem bonito, dentes alinhados e brancos, impecáveis, assim como os dela, disso ela gostava.

Especialmente naquela sexta-feira ele estava radiante, como se tivesse transado antes de ir para o trabalho, exalando uma confiança que lhe era incomum. Chegou, desejou à Tamires um bom dia entusiasmado e se dirigiu à pequena copa, convidando Carolina a ir com ele. Tamires estava aprontando alguns instrumentos no consultório, mas parou de fazer barulho e ficou de ouvidos à espreita para ouvir a conversa que rolaria na copa. Para sua feliz surpresa, Juliano finalmente convidou Carolina para sair, ela engasgou mas disse que sim, jantariam juntos no sábado à noite.

O dia transcorreu leve, todos estavam felizes, Carolina ainda um pouco nervosa, e Juliano transparecendo orgulho e excitação. Ao fim do expediente Carolina arrumou logo suas coisas, deu um tchauzinho rápido, com um sorrisinho especial para Juliano e saiu. Já ele arrumou suas coisas sem pressa, e se despediu de Tamires cordialmente como sempre. Deixou a clínica rindo dos sorrisos maliciosos que ela lhe lançava.

O cabelo de Tamires sempre chamava a atenção, era volumoso com cachos bem definidos, de dar inveja. É claro que na clínica ela sempre tinha os cabelos presos, para não atrapalhar, mas aquele dia todos já tinha ido embora e ela também estava de saída, foi ao banheiro, tirou o jaleco, lavou o rosto, soltou os cabelos e trocou de roupa, se maquiou e estava pronta para ir ao bar, mas, Juliano estava em seus pensamentos. Que porra, não acredito que tô afim desse guri. Logo em seguida ela ouviu chaves na porta. Ué, quem voltou, e por que? Pensou, se dirigindo para a porta a fim de conferir o que estava acontecendo. Juliano estava ali, e a resposta automática do seu corpo foi ficar feliz em vê-lo, muito mais do que deveria, porém imediatamente ela percebeu que algo estava errado. 

- Ei, o que aconteceu? Você saiu todo sorridente e voltou assim arrasado?

- Tô puto! Bateram no meu carro na garagem! Só me deixa, tô nervoso!

- Como assim? Quer que eu vá atrás do filho da puta responsável por isso? Eu falo com o síndico!

- Não, eu já resolvi, já sei que foi o filho do doutorzinho de merda do décimo segundo andar! Mas o pai dele vai pagar tudo. Já até levaram meu carro para a oficina. Mas mesmo assim eu tô puto! Precisava do carro amanhã...

- Ah, então já está tudo resolvido! Coisas assim acontecem, posso te emprestar meu carro, se quiser, sem problema, não tenho grandes programações para o fim de semana.

Abra a Boca... (Conto Erótico 18+)Onde histórias criam vida. Descubra agora