Capítulo Vinte e Cinco

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Na tarde de sábado, Holly estava sozinha em casa – Nana tinha saído com algumas amigas para aproveitar a tarde ensolarada no seu dia de folga – quando Xavier surgiu na sua porta.
Não foi uma coincidência como das outras vezes. A própria Holly o chamou para ir lá dessa vez.

Ele mal aparece na sua porta e ela já o está puxando para dentro e o beijando com força, cheia de fogo.
Eles se encontraram outras vezes naquela semana, mas a presença de Xavier é sempre excitante para ela.

- Onde vamos fazer hoje? – ela pergunta a ele, beijando-o perto da mesinha de entrada com um vaso enorme de lírios – a flor favorita da sua mãe.

Xavier faz um ar pensativo. Toda vez que ele ia na casa dela, eles transavam em uma parte diferente da casa. Já tinha sido do armário do corredor, no quarto dela, debaixo da escada e num dos quartos de hóspedes desocupados e sempre impecável, graças a arrumação obsessiva de Nana.

- Quero algo especial para hoje – ele fala com as mãos na bunda dela – vamos para o quarto dos seus pais.

Holly sente um arrepio de excitação.
Ela raramente entra no quarto dos pais e parece bom – até como um ato de rebeldia – transar na cama que eles nunca usam.

- Vamos lá – Holly o puxa pelas escadas para a suíte principal.

- Uau – diz Xavier, ao entrar no quarto enorme que mais parecia o quarto de um hotel de luxo – quarto legal.

A maioria das pessoas que entravam na sua casa se surpreendiam com o luxo das coisas que tinha ali. Holly já está acostumada com tudo isso, afinal, morou sua vida toda naquela casa.

- Esse quarto parece bem... inabitado – comenta Xavier, caminhando por cima do tapete bege macio que Holly gostava de brincar quando era criança, olhando para todos os cantos, obviamente notando a falta de fotos e objetos pessoais pelo quarto.

Holly dá de ombros.

- Meus país quase nunca vem para casa – ela fala com certo rancor.
Ainda lhe incomoda o fato dos pais não ligarem para ela, mesmo que ela tentasse não demonstrar.

Ela se joga na cama king size dos pais, caindo sentada e se balançando nela.

- Duvido que eles já tenham transado alguma vez nessa cama – ela fala, se apoiando nas mãos – é melhor nós estrearmos ela antes que fique muito velha e seja jogada fora.

Xavier sorri, chegando perto da cama e se inclinando sobre ela. Eles se beijam mais um pouco, mas ele para quando Holly começa a se deitar.

- Quanto tempo nós temos? – ele pergunta.

Holly sorri, sentindo a onda de adrenalina a invadindo.

Esse é outro detalhe nas trepadas com Xavier. Ela sempre o chamava para ir a sua casa pouco antes do horário que tinha combinado com André para aparecer lá. O que tornava o sexo rápido e muito mais gostoso

- Uns vinte minutos no máximo – ela fala com um sorrisinho travesso.

Xavier abre um sorriso também. Ele gosta da adrenalina de ser pego tanto quanto ela.

- Não quero transar nessa cama – ele fala, endireitando o corpo – vem cá – puxa Holly de cima da cama.

Ela desce da cama, achando que ele vai levá-la para outro cômodo da casa – a cozinha talvez? Ao invés disso, ele para de frente para a porta da sacada e abre as cortinas peroladas que vão no chão ao teto.

- Uau, que vista – ele comenta com um entusiasmo forçado – venha ver Holly – ele a pega pela mão.

Holly se põe de frente para a porta da sacada que é feita inteiramente de vidro, não vendo nada demais na vista que dá para a entrada da sua casa, cujo o jardim reluz tanto quanto dos seus vizinhos podres de rico.

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