Piloto

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“A mentira é muita vezes tão involuntária como a respiração.”

Viver como um detetive policial é algo prazeroso até certo ponto, afinal tudo tem seu lado negativo, trabalhar observando de perto a crueldade humana e o que ela pode fazer é revelador e não é tão excitante.
Mas, para tudo há excessões, principalmente para um ladrão, que, pontuando da forma correta, seria um “aposentado” se é que assim poderia ser dito.

Jeon Jungkook era o homem responsável pelo maior crime já visto pelo mundo, sua ficha criminal era inexistente, relatos, gravações, digitais, nada fôra encontrado na cena do crime.
Alguns chamavam-o de “Ninguém”, nenhuma prisão, nenhuma condenação.
Era um ponto de interrogação, uma folha em branco que a polícia não conseguira decifrar, uma fotografia que em específico Park Jimin, não conseguiu revelar.

Ninguém descobrira o autor daquele maldito crime, e nem estavam perto de decifrar.
Era semelhante ao roubo das pérolas Scradford na Itália há anos, mas fôra esquecido, já que nunca haviam encontrado o homem que roubara por mais de uma década de procura.
Mas ninguém poderia esquecer do roubo de Jeon. Ninguém.
E tudo era facilmente notável pela austeridade que ele mesmo tinha ao assumir o próprio caso junto ao seu parceiro.

As ruas de Seoul estavam frias, uma breve névoa pairava pelas ruas molhadas pela garoa que caira por ali há poucos minutos atrás.

— Srta Jones — O tom de voz do policial era como um sermão, a noite caia e mesmo assim interrogava uma mulher que obtinha informações sobre um traficante que estava atrás — As informações. Eu preciso das informações! Então ou a senhorita fará de uma forma simples ou eu terei que lhe prender como Cúmplice. A escolha é sua.

A garota abrira a boca para começar a falar finalmente após muita insistência, mas naquele instante o celular de Jeon tocou, fazendo-a parar novamente.

— Saiba que não acabou por aqui. — Jeon a avisou antes de vê-la sair correndo afobada para dentro de um estabelecimento próximo.

Era o tenente da polícia e também um grande admirador de Jeon pelo seu belo trabalho na polícia.

— Sim? O que foi Senhor?

— Jeon, preciso que largue seu turno agora. Park precisa de sua ajuda, lhe passo o endereço no caminho.

Também me esqueci de mencionar sobre Park Jimin, Jimin era parceiro de Jeon porém nunca se deram bem.
Jungkook era alguém que sempre dera preferência por trabalhar só, já Park odiava Jeon, seu jeito arrogante fazia-o querer socá-lo.

Jimin era um belo garoto, era apenas alguns centímetros menor que Jungkook, sua ficha criminal era tão limpa quanto a sala do Perito Criminal da sede de policia, era conhecido por se irritar facilmente, principalmente com seu parceiro que tinha métodos completamente diferentes para trabalhar.
Não havia harmonia alguma na relação de ambos, apenas uma tensão crescente e palpável entre os dois.

Assim que foi acionado Jungkook teve certeza que Jimin tinha feito alguma besteira, estragara alguma prova, perdera os arquivos de algum caso relevante ou quem sabe tenha sido demitido.

Mas assim que chegou no endereço sugerido viu a casa de alguém lotada por policiais e agentes.
Esperou ver Jimin como de costume vir em sua direção lhe contando tudo o que havia acontecido, mas ele não estava em lugar algum.

Havia vidro espalhado por toda a casa e até um pouco de sangue que manchara o carpete claro.
Aquela não era uma casa qualquer, era a casa de Jimin.
E então o desespero tomou conta de todos os sentidos de Jungkook, embaçando sua visão.

— Onde ele está? O que aconteceu com Jimin, Charlie?! — Jeon berrou para seu chefe, que analisava os cacos de vidro esparramados pelo chão.

— Oh, você chegou! Jimin está no hospital, ele foi baleado. Eu sinto muito, mas precisava que você cobrisse um dos policiais que teve que deixar o serviço mais cedo. — O homem se levantou, aparentando estar estável emocionalmente.

Au Nom De L'amour  | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora