Prólogo.

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  Parei perto da loja de conveniência, minhas mãos tremiam e suavam. Estava muito nervoso para fazer aquilo, eu não queria fazer mais ele estava me obrigando.
  Nesse momento enquanto eu observava a loja de conveniência do meu carro estacionado, meu celular tocou.
  Olhei para a tela do celular que marcava número desconhecido. Era ele.
- Alô. - eu atendi o telefone engolindo seco.
- Como vai Louis? - disse uma voz grave do outro lado. Uma voz desconhecida e assustadora. - Você está perto da loja.
- Eu...eu estou. - eu disse.
- Ótimo. - disse a voz do outro lado satisfeita. - Então você sabe o quê tem fazer. Não sabe?
- Eu não posso fazer isso. - eu disse balançando a cabeça e fechando os olhos. Como se tudo aquilo não passasse de um sonho ruim e que logo eu estaria acordado.
  Mas aquilo não era um sonho era um pesadelo.
- Você vai fazer o quê estou dizendo. - disse a voz do outro lado irritada. - Sabe onde eu estou? Perto da casa da sua namorada Kayla. Ela é tão bonita...seria uma pena se algo acontecesse com ela. Não acha?
- Por favor...não faça nada com ela. - eu disse com o coração acelerado.
- Então vai fazer o quê eu quero. - disse ele irritado. - Se não quiser sua namorada engasgando no próprio sangue. Está me ouvindo seu idiota?!!
- Sim. - eu disse suspirando.
- Bom garoto. - disse a voz rindo. - Entre na loja e faça o quê eu te mandei. Não tem erro.
- Mas e se algo der errado? - eu perguntei preocupado. - Pode até mesmo ter um policial lá dentro.
- Não é problema meu. - disse a voz do outro lado da linha. - Se quiser continuar feliz e vivo com sua namorada é melhor você fazer o quê te mandei. E nem tente em pedir ajuda ou me enganar, vou saber se fizer isso.
  Com isso ele desligou.

  Engoli seco e tentei me acalmar ao sair do carro e ir em direção da loja. Coloquei o gorro preto e fui para dentro da loja apontando a arma de brinquedo para todo mundo na loja.
- É um assalto, ninguém se mexe!! - eu disse tentando disfarçar a voz.
  Todos deitaram no chão gritando de pavor.

  O dono da loja que estava atrás do caixa ergueu às mãos assim como às outras pessoas na loja de conveniência.
- Eu quero o dinheiro!! Ninguém vai se machucar se não tentar bancar o herói aqui!! - eu disse sério.
  O dono da loja colocou rodo dinheiro na sacola que joguei para ele. Peguei ela quando ele terminou e caminhei em direção da porta esperançoso. Afinal nada havia dado errado como eu imaginei. Talvez fosse o fim daquele inferno.
  Mas de repente tudo pareceu acontecer em câmera lenta, como em um filme. Quando cheguei perto da porta escutei dois tiros serem disparados na minha direção, dois tiros que me pegaram em cheio e me derrubaram no chão. Um pegou no meu abdômen e outro no meu ombro. O dono da loja tinha um rifle carregado e apontava para mim.
  Todos os meus planos de me casar com Kayla e de formar uma família seriam destruídos ali, naquela loja de conveniência. Em pensar que tudo isso poderia não ter acontecido se eu tivesse pedido ajuda para alguém. Mas pelo menos Kayla estaria segura ou pelo menos era o quê eu esperava.
  Senti o gosto do meu sangue conforme eu ia engasgando com ele.
- Eu não quero... morrer. - eu disse tossindo. - Por favor, me ajudem...
  Minha visão começou a ficar embaçada e depois escurecer, escutei vozes ao meu redor conforme eu caía nos braços frios da morte.

Enigmáticos: Jogo do Crime.Onde histórias criam vida. Descubra agora