Capítulo 8

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NOTAS INICIAIS

Hello pessoas maravilhosas. Como prometido semana passada, Camila e Lauren do futuro estão de volta, portanto, não se esqueçam que os POVS da Lauren do futuro, estarão em itálico. 

Esse capítulo tá bem curtinho, então, como prometido, teremos surpresas. 

Ouçam as músicas

Boa leitura. <3




POV Lauren

(PLAY - Neela Drifts - Brian Tyler)

Estamos há tanto tempo sentadas na mesma posição sobre esse chão gelado que começo a ter câimbras. Aposto que Camila também se sente assim pois vejo-a se remexer inquieta. Seriam câimbras ou inquietação pelo que iremos fazer? Ainda não consegui descobrir. Além de câimbras eu começo a sentir meus dedos das mãos formigarem por conta do frio e um buraco negro no meu estômago por fome. Não quero abrir nada do que Vero nos entregou junto com a mochila pois se conseguíssemos fazer o que viemos fazer, a próxima coisa que eu sentiria era o calor agradável do meu cobertor e meu corpo moldado completamente pelo meu colchão fofo do meu quarto, assim eu espero. Se não conseguirmos, iremos precisar de todo e qualquer recurso que tenhamos disponível para nos mantermos aqui o maior tempo possível.

Levanto meus olhos para o céu e mesmo que não haja nada para ver ali por conta do tempo nublado, só a sensação de poder olhá-lo de novo já me acalmava. Vejo Camila me olhar com um tom interrogativo.

- Deve estar perto da hora. - Digo.

- Eu sei.

- Como você se sente?

- Como você acha que eu me sinto? - Sua voz era dura. Bem como eu imaginava, todos aqueles meses presa e torturada não a tornou uma pessoa mais dura ou cruel. No fundo, ela segue sendo aquela menina doce e preocupada com todos. Minha Camz ainda está ali, mais presente do que nunca.

Eu coloco minha mão sobre seu punho cerrado, o que me mostrava que ela estava completamente desconfortável com aquele pensamento e a olho com ternura. Sinto seu corpo responder ao toque da minha pele com a dela fazendo-a relaxar a postura tensa que ela mantinha em seus ombros. Mantenho um carinho ali levando-a relaxar seus dedos com que já estavam brancos por conta de toda força aplicada.

- Podemos pensar em outra forma, Camz. Você não precisa fazer isso.

Ela nega com a cabeça,

- Não tem outra forma, Laur. Nós já tentamos todo o resto e nada funcionou. Para que a máquina não seja construída, ele não pode ficar vivo.

- Eu sinto muito mesmo, Camz.

- Não sinta. - Ela me responde de uma forma suave. - Eu odeio o que ele fez. Eu odeio ele. O mundo vai ser um lugar melhor sem a presença dele.

A abraço de lado tentando passar confiança e mostrando a ela que eu estaria ali.

- Tudo bem então.

Não acredito muito nas palavras que ela me diz e a vejo vacilar por alguns segundos, mas algo em seus olhos me faz crer que ela tem uma motivação maior para aquilo. Talvez lembrar por tudo o que passamos enquanto fugíamos, ou todas as pessoas que foram presas simplesmente por conviverem conosco, mas eu acredito em algo ainda maior.

Eu a conheço muito bem, e aquele olhar não me engana.

Ela inclina a cabeça apoiando-a no meu ombro e logo depois vira seu rosto em direção ao meu pescoço. Ela sempre fazia aquilo quando estava nervosa com algo e sempre dizia que meu cheiro natural a acalmava. Nunca entendi o que aquilo significava, mas eu simplesmente ficava feliz por fazer ela se acalmar, mesmo eu não tendo idéia do que ela queria dizer com "cheiro natural"

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