3 meses após a segunda guerra bruxa

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Narcisa estava devastada, apesar de ter sido inocentada juntamente com seu filho Draco L. Malfoy, Lucius foi mandado para Azkaban e se matou para não retornar ao lugar horrendo que já havia ido uma vez.

Seu filho estava mal, péssimo, devastado também, porém não era somente pelo suicídio de seu pai. Draco Malfoy desde que foi encarregado de assassinar Dumbledore nunca mais foi o mesmo. Estava triste, se questionava o tempo todo sobre o que aconteceu com sua vida e o rumo que ela tomou. Nunca quis ser comensal da morte de verdade e agora tinha a certeza que aquele era o caminho mais tenebroso que alguém poderia tomar na vida. Voldemort acabou com sua família, seu futuro, suas esperanças de ser alguém normal com amigos, namoradx, família. Amor. Draco precisava de amor. 

— Draco, meu amor. Meu filho lindo. Preciso que encontre Harry Potter e entregue isso a ele. — Narcisa falou com ternura, estendendo o embrulho a ele. Seu olhar entregava urgência e preocupação.

Draco pegou o embrulho mediano na mão de sua mãe. Era uma pequena caixa de madeira enrolada em um pano aveludado preto.

— Não tenho notícias de Harry Potter desde que a guerra acabou mamãe, e tenho certeza que eu não sou uma pessoa que ele gostaria de ver. — Falou Draco de cabeça baixa e olhar perdido no embrulho

Eles estavam no antigo escritório de Lucius. Onde havia muitas estantes abarrotadas de livros. Uma iluminação que de pouco servia, pois, o ambiente era escuro e gélido, não em sua temperatura, mas o que transpassava a quem ali estava.

— Draco, meu filho, a guerra muda as pessoas. Tente! — Encorajou Narcisa, agora apresentando um sorriso contido no canto dos lábios.

— E o que é isso, mãe? — Draco encarou a mãe erguendo as sobrancelhas e depois voltou-se  para o embrulho em suas mãos.

— Um presente. Graças a ele não estamos pior, não fomos condenados. E agora que seu pai se foi, me atrevo a dizer que Harry Potter é um homem admirável, Draco. E você também, meu amor. Eu vejo seu coração! Não esqueça disso!

Draco parou por um momento se perdendo em seus pensamentos com os olhos no embrulho. Depois do devaneio, olhou para sua mãe, dando-lhe um sorriso curto e a abraçou com ternura. 

— Está bem, tentarei achar Potter. — Sorriu desesperançoso.


Draco não demorou muito para descobrir que Harry estava no Largo Grimmauld. Ele ainda tinha contatos, também falou com Monstro, já que o elfo por muito tempo serviu a família de sua mãe. Tentou realmente de tudo e o encontrou. Mas será que Potter iria recebê-lo? Draco mandou uma carta por Monstro. O elfo atendeu seu pedido, era da família Black, por isso obedeceria. 

Monstro levou a carta a Harry.

— Senhor, Potter senhor! O menino Malfoy pediu que eu lhe entregasse essa carta.

— Malfoy? O que ele quer dessa vez Monstro? Eu já inocentei ele, não quero proximidade com Malfoy!

— O senhor precisará ler para descobrir senhor. Monstro não sabe do que se trata, só fez o que foi pedido.

— Obrigado, Monstro. Pode ir agora.

Potter,

Passei um tempo procurando por você, achei enfim. Primeiramente eu e minha mãe queremos te dizer que somos gratos ao seu depoimento que nos livrou de Azkaban. Meu pai cometeu suicídio, portanto você estará em paz. 

Mas o motivo ao qual te procuro, é para lhe entregar algo. Minha mãe quer mandar um presente para você. Posso ir deixá-lo?

D. Malfoy

Mil acasos me levam a você_Drarry. (Shortfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora