Un Felino Para Harry

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"Tem certeza Harry?"
"Sim Hermione, completamente."

A morena acenou com a cabeça para a amiga, mostrando que o apoiava. Eles estavam na sala dos professores, Hermione servindo como Professora de Feitiços, enquanto Harry acabara de se apresentar como o novo Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas de Hogwarts.

Quando ele recebeu a carta da Professora McGonagall, a atual diretora da escola, ele não pôde recusar. Nada no mundo ansiava mais do que retornar ao castelo. Sua casa.

"Bem, você pode pedir ao Ron para vir com você," ela sugeriu com um sorriso. O homem de olhos verdes retribuiu o gesto enquanto assentia.
-Está aqui?
"Sim, George deu a você o dia de folga."
"Ok, então eu vou buscá-lo." Nos vemos depois

Harry beijou a bochecha de seu melhor amigo com carinho e saiu da sala para os aposentos de seus amigos. Ron e Hermione haviam se mudado para o castelo para o conforto de ambos, então o ruivo apenas pegou a lareira para ir ao Weasley's Wizard Wheezes e, por sua vez, sua namorada residia em seu local de trabalho.
Claro, ele já tinha se mudado para lá, seus quartos ficavam no terceiro andar e ele estava muito confortável, só havia uma desvantagem. Ele se sentia sozinho.

Desde a morte de Edwiges ele não tinha nenhuma companhia (e isso foi há alguns anos), portanto aqueles quartos pareciam desolados apenas por ocupá-los. Ele invejava seus amigos, já que eles tinham um ao outro e não precisavam se preocupar.

É por isso que naquela manhã ele havia tomado a firme decisão de ir ao Beco Diagonal e conseguir um novo animal de estimação para acompanhá-lo em seus momentos de solidão, isso foi exatamente o que ele discutiu na sala dos professores com seu amigo. Ele havia expressado seu firme desejo de adotar um amiguinho, embora desta vez ele quisesse algo diferente, ele ansiava por um companheiro que se deitasse com ele no chão nas tardes preguiçosas, que se aninhasse ao seu lado enquanto ele lia um livro perto dele, a lareira, que dormia ao pé da cama e, sobretudo, que não era uma coruja.

Ele pediu a Hermione que o instruísse na difícil arte de cuidar de um gato.

"Você não precisa se preocupar, não tenha pressa em conhecê-los e o certo irá escolher você, você saberá instantaneamente que é para você." Foi o que ele disse, junto com algumas dicas úteis para mantê-los felizes. Ele confiou na vasta experiência que seu amigo teve com o simpático Bichento.

Bateu na porta do quarto dos amigos e calou-se, esperando um convite para entrar, mas não veio. Ele encostou o ouvido na porta e seus ouvidos alcançaram a clareira musical dos roncos que seu amigo esbanjava.
Ele sorriu e balançou a cabeça pensando que havia coisas que nunca mudariam, ele murmurou a senha que Hermione lhe deu para esses casos e entrou muito familiarmente, indo direto para o quarto.

Quando ela chegou lá, encontrou Ron deitado de bruços na cama, uma mão pendurada na beira da cama e sua boca aberta. Ela olhou para ele, sentindo-se um pouco culpada por perturbar um sonho tão plácido e uma cena comovente. Ele se inclinou um pouco mais perto do ouvido dela.

"Ronnie, acorde." O café da manhã está pronto.
"Não, mamãe, mais cinco minutos."
"Mas Ronnie, eu fiz o que você mais gosta."
-Sausages!

Ron se levantou bruscamente e no impulso rolou o pequeno espaço de que precisava até a beira da cama, caindo em um emaranhado de cobertores. Harry riu quando o viu emergir do pano, já bem acordado.

"Atormentar!" Ela disse observando-o apertar o estômago.
"Ronnie!" Ele respondeu com uma risada.
-E minha mãe? E as salsichas?

O jato continuou a rir alto, o ruivo se levantou, entendendo o motivo de sua risada e resmungou enquanto arrumava a cama.

Um Felino Para Harry (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora