Flores de Guerra

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Nota de introdução: olá, gurizada, tudo certo? Espero que estejam tendo um ótimo dia. Bem, não sou de falar muito, mas, vou quebrar um pouco da vergonha e deixar um pequeno aviso sobre a fanfic. Este conto é a continuação de outra história que fiz, a Logo Após a Guerra, sendo está um aprofundamento do universo que devem conhecer, caso não, recomendar que deem uma chance. Boa leitura ^^

De todas as flores no jardim, lindas e imaculadas, dentre tantas que poderia escolher, me voltei para a mais machucada, com as pétalas caídas e uma evidente falta de água, castigada pelo sol nas situações de estresse, recebendo no inverno, um frio pior do que merece, de fato, a flor estava perdida, divagando em cada estação e clima. Talvez, por amar seu jardim, ou por ter se identificado, a vi trazer aquela flor para seu lado, como se visse a si mesma retratada, na flor triste que já não tinha mais nada, apenas existia por existir, igual a dona que cuidava das outras e de si. Ver esse tipo de cena me deixava chateado, porque apesar de tudo, era melhor ficar calado, arriscar piorar seu humor não era uma opção, principalmente agora, que partiram seu coração.

Podem até se perguntar, “mas quem em sã consciência, uma garota dessas iria rejeitar?”, tão linda a ponto de qualquer um cair por sua beleza, fazendo um homem falar mil e uma palavras rimadas, tudo porque fica tonto, olhando para sua amada. Essa é minha definição olhando-a, flor tão murcha, mas tão bela, que agora, aos 24, virou uma mulher completa. Mulher essa, que vive triste agora, professora muito bem formada, mas não consegue ir a escola, triste e recatada, vive cuidando da última rosa. Para entender essa história, é melhor ver como a mesma começou, então, sem mais rimas como o texto iniciou, vou explicar como meu destino se uniu ao da menina das flores, desde quando a conheci, até suas últimas dores.

Era inacreditável demais, ver exércitos tão diferentes unidos, podendo comemorar com nossos aliados e aqueles trouxemos liberdade, foi sem dúvidas o melhor momento da minha vida, quando por pelo menos um segundo, pensei que a paz finalmente reinaria no mundo. Perdi a senhorita Hanji de vista, pois a maluca saiu correndo para o prédio do parlamento alemão, mas, não tive pressa alguma, afinal, muito provavelmente, o Capitão Levi estaria lá, portanto, não iria interromper seu momento precioso.

Estava sentado em alguns destroços de construções, pensando no que faria de agora em diante, me perguntando se a General Zoe poderia me indicar algum segmento mesmo não sendo do exército francês, já que tornou-se uma das militares mais influentes no mundo. Queria passar mais tempo consigo, pela primeira vez em anos, alguém além de minha mãe valorizou todo conhecimento e curiosidade que tenho, como se fosse colocada na minha vida justamente para me ensinar, sendo sincero, creio que se não a conhecesse, tudo teria acabado de uma maneira diferente.

Refletindo um pouco, comecei a viajar nas possibilidades de seguir ao seu lado, faria qualquer coisa para continuar aprendendo junto a senhorita, sendo alguém que me inspira demais, para não aproveitar os tempos de calmaria. Assim que acordei para a realidade, vi o General Smith sentado um pouco mais a frente, nos restos do que provavelmente foi alguma loja de mantimentos, abrindo seu colar verde para ver a foto que estava guardada, todavia, ao contrário da esperada reação de felicidade, quando se fixou na imagem, soltou um suspiro cansado, e de certa forma, triste. O que posso dizer? Não aguentei a curiosidade, então, tomei coragem para chegar perto, indo de fininho sem que percebe-se, até ver que a foto era dos dois generais um pouco mais novos, provavelmente quando entraram no serviço militar.

Mademoiselle Zoe me contou sobre si depois de sairmos voando da Normandia, disse que era alguém muito importante, praticamente um irmão que a criou quando não tinha mais ninguém nos Estados Unidos, esse homem tem bom coração. Mas, analisando bem a relação de ambos, fiquei me perguntando se esse Erwin era realmente apenas uma figura fraterna, porque francamente, é nítido seu interesse, claro, podem ser bons amigos, irmãos de outras mães, contudo, algo me dizia que existia um afeto a mais, no caso, vindo apenas dele.

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