Claustrofobia

Estreito

Era mais um dia gelado em Paris, ótimo para um chocolate quente e um filme embaixo dos cobertores — mas não para os dois heróis — que corriam entre os disparos feitos pelo inimigo.

— Algum plano, Bugaboo? — Chat Noir se esquivava com rapidez. - Porque eu já estou ficando sem ideias. — Se agachou pelo impacto.

— Preciso de tempo, meu talismã está sendo um completo desastre! - bufou atrás da parede. — Cuidado! — O puxou para o lado. — Ele não cansa.

— Posso conseguir esse tempo. — Ativou o anel, destruindo a construção e deixando o inimigo soterrado por um tempo.

— Ótimo, agora temos quantos minutos até você precisar se destransformar, gênio? — Arqueou a sobrancelha.

— Você quem pediu uma distração. — Deu de ombros.

— Sempre impulsivo! — Olhou ao entorno, precisa descobrir como usar aquele objeto.

— E lá vem ele de novo. — Chat cortou o pedaço de concreto ao meio, protegendo a parceira e lançando outro sobre o inimigo.

— Ganha mais tempo pra mim, gatinho. — Correu para o fundo do museu, desviando de outro destroço e entrando dentro do armário. — Manchas fora! — Gritou com o macaron em mãos. — Come rápido, Tikki.

— Acha que consegue terminar isso antes da apresentação na faculdade?

— Não sei. — Olhou o relógio no pulso. — Estou contando com isso. — Manchas, Tikki! — Transformou-se mais uma vez e abriu a porta, assim vendo o companheiro chegar perto o suficiente para conversarem.

— O Akuma está na gravata borboleta. — Chat apontou. — Mas eu não consigo chegar perto! — falou nervoso. — Vou precisar sumir logo logo.

— Sem pânico, eu ainda não vou desperdiçar mais um talismã, vou conseguir pensar em um plano. — Fechou os braços contra o rosto, sendo arremessada para longe.

— My Lady! — gritou com os olhos nela.

Quanto mais os dois demoravam, mais palhaços apreciavam pelas esquinas, mostrando as conquistas do inimigo pelo caminho, que conseguia transformar todos que rissem de suas palhaçadas.

— Ele está drenando a energia dessas pessoas. — Ladybug se levantou com dificuldade. — Precisamos de alguém que consiga chegar perto sem problemas.

— Queen Bee?

— Pensei na Rena Rouge. — Tentou abrir o ioiô em busca de um miraculous.

— Temos um problema, Bugaboo. — O gatuno deu alguns passos para trás, eram muitos palhaços em um lugar só. — Corre! — A puxou pelo braço.

Corriam como podiam, ouvindo as buzinas irritantes e os triciclos passarem pelos lados com a esperança de pegá-los. Abaixavam, pulavam e empurravam os dois, fazendo Ladybug entrar em estado de nervos, odiava palhaços e estava começando a achar que nunca mais entraria em um circo depois de hoje.

Usou o ioiô para derrubar alguns, usando-os como distrações para os demais e puxando Chat Noir para dentro do armário de minutos atrás,os fechando com um baque da porta — precisava pensar — e aqueles nanicos barulhentos não deixavam isso acontecer.

— Nossa, consigo ouvir meus pensamentos — Ladybug suspirou aliviada e tentou ligar a luz, era um lugar realmente apertado. — Tudo bem? — Olhou o parceiro, ele parecia incomodado.

— Eu... - Respirava fundo.

— Chat? — Colocou a mão sobre o rosto dele. — Meu Deus, você está tremendo! O que foi?