Capítulo Trinta e Sete

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[*Este Capítulo contém cena de sexo bruto e dominação]

Quinta à noite, Beatriz se ajeita na sua cadeira acolchoada, alisando a saia do vestido plissado rosa salmão cinturado, que a deixava meio infantil, mas é a coisa mais chique que ela tem no guarda-roupa. E ela precisava estar bem apresentável esta noite, pois a tia tinha levado ela e Ian para o tão esperado jantar de comemoração do novo emprego dele.

Ian puxa a cadeira para que sua tia se sente. Ela está bem melhor que Beatriz, usando um vestido longo costas nua e com uma fenda na perna e o cabelo penteado para o lado, caindo em ondas loiras sensuais sobre o ombro. Perto dela, Beatriz se sente ainda mais infantil, com seu penteado simples meio preso, meio solto.

Ian se senta da cadeira ao lado de Mona, do lado oposto ao que Beatriz está sentada. Ele também está elegante, com um terno mais chique do que ele usa para ir trabalhar. Seu pé roça na panturrilha de Beatriz por debaixo da mesa, e ela vê um sorrisinho discreto brilhar nos lábios dele.

Beatriz pega o guardanapo de pano de cima do seu prato e o põe sobre o colo, achando que é isso que ela deve fazer. Não sabe como se comportar em um lugar como aquele, que é enorme, luxuoso e todas as paredes são de vidro, dando vista para um jardim majestoso. Os garçons circulam por entre as mesas equilibrando bandejas de prata com pratos quentes e sobremesas. As pessoas em volta deles também estão vestidas de black-tie, e parecem tão esnobes quanto as pessoas que frequentam esse tipo de lugar devem parecer.

Ela não pertence aquele lugar. Aquele restaurante é do tipo que os país de Holly a levariam para jantar. Beatriz tinha os visto poucas vezes desde que sua amizade com Holly começou, mas pode imaginá-los perfeitamente ali.

- Não acha que foi um pouco de exagero vir jantar aqui? – Ian faz a pergunta que está passando pela cabeça de Beatriz – ainda não recebi meu primeiro salário, não quero que você fique gastando seu dinheiro comigo.

- Que isso, amor – ela fala, abanando a mão na frente do rosto dele – não estou gastando muito. Além disso, você merece o melhor – ela faz biquinho e o beija – e Beatriz também.

Beatriz ergue a cabeça quando seu nome é mencionado. Ela não está prestando atenção neles, fingindo estar interessada no cardápio. Se quisesse sobreviver aquela noite, não podia olhar diretamente para sua tia acariciando Ian.

- Obrigado, tia, eu agradeço muito por você ter me trazido aqui – ela diz o que acha que uma boa sobrinha deve dizer. Nos últimos tempos estava se esforçando para ser a melhor sobrinha do mundo.

Mona sorri. O garçom chega para anotar os pedidos. Beatriz deixa que a tia escolha um prato cheio de frescuras para ela, porque ela mesma não faz ideia do que pedir.

Eles jantam, conversando animadamente – Mona e Ian conversando mais do que Beatriz. O pé de Ian roçando há toda hora na perna dela, e ela tendo que se controlar para não sorrir, o gesto te deixando excitada.

As sobremesas chegam e antes deles começarem a comer, Ian toma a palavra para fazer um anúncio:

- Primeiro quero agradecer à minha adorada Mona pelo jantar maravilhoso que ela nos proporcionou – ele sorri charmosamente para Mona.

- De nada – Mona bebe um gole de vinho.

- Você é demais Mona – ele pega a mão dela por cima da mesa – eu soube que você era uma mulher incrível assim que pus os olhos em você.  Você não só é simpática e educada, como é muito atraente – ele faz questão de comentar, e Mona ri como uma garotinha – e é, de longe, a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Por isso, eu quero te fazer um pedido hoje – Ian tira uma caixinha de veludo vermelho do bolso do terno. A tia de Beatriz escancara a boca – Monalisa, você me daria a honra de se casar comigo?

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