Prólogo

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"O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra acorrentado."
Rousseau

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19 anos antes...

- Tudo o que eu faço e sempre fiz foi por vocês. - cuspiu as palavras em um tom mais ameaçador do que Margaret já presenciou durante todo seu casamento.

- Fez o quê? Diz para mim Leonard! Você roubou, deitou com outras mulheres, desviou ações de outras empresas para sustentar o filho que eu posso muito bem cuidar sozinha. - retrucou num tom alto e claro, que fez ele andar em sua direção em disparate colocando uma das suas mãos em seu braço puxando-a para mais perto. Sua respiração densa causava calafrios em Margaret, era como algo sufocante. Seus olhos exoneravam chamas, um ódio bárbaro, que queimou o brilho que um dia ofuscavam pela paixão que uma vez existiu entre eles. Agora parecia que restava desprezo e poder de posse.

- Pensa que pode ser alguém, mas nós dois sabemos que você não passa de uma boneca que a midia irá jogar fora rápido, como um brinquedinho estragado. - olhando para ela profundamente, disse num suspiro. - Então não me faça perder a paciência de novo meu amor. - ela puxou o braço, deu um passo para trás e deixou o silêncio predominar o ambiente por alguns segundos.

- Eu quero o divórcio. - com a voz rouca e as lágrimas escapando com frequência de seus olhos, pigarreou e limpou seu rosto antes de continuar. - Não quero que meu filho cresça com uma imagem de um pai covarde, ladrão e ignorante.

- Margaret já chega! - gritou para interrompê-la e rapidamente diminuiu o tom para que ninguém escutasse. - Vai se deitar, esses remédios podem estar te confundindo um pouco. - Ele beijou sua testa e se virou prosseguindo para a escada.
Confusão era algo inaceitável para ela, via com toda transparência o monstro que Leonard tinha se tornado, queria a tachar sempre como a louca, a desnorteada incapaz de se cuidar sozinha. Estava cansada de tudo aquilo e precisava dar um basta.

- Eu não estou confusa, e esta é a decisão mais firme que tomei em toda minha vida.- ela falou pausadamente o fazendo parar na mesma hora.

- Não vou discutir com você bonequinha. - falou com um certo sarcasmo, e ainda de costas para Margaret, complementou. - E tente sair desta casa com o meu filho para ver o que acontece.

Deitada no chão juntamente com a sua dignidade, seus olhos percorreram a sala neste novo campo de visão

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Deitada no chão juntamente com a sua dignidade, seus olhos percorreram a sala neste novo campo de visão. O lado esquerdo do rosto ardia com força, levou sua mão para acariciar sua pele, que antes era pálida e macia, agora estava dolorida e avermelhada. Ao levar seus dedos em direção ao seu nariz havia sangue escorrendo sobre sua boca, jamais imaginou que Leonard chegaria a este ponto.

Nunca permitiria que isto acontecesse. Depois de anos, tudo aquilo estava se repetindo novamente e ela sabia disso.
Seus olhos procuravam por luz naquela sala escura e sem cor, sem esperança e qualquer resquício de paz. Um monótono vazio resumindo tudo que fora sua vida nos últimos anos, um poço fundo que parecia mais e mais interminável, gélido e medonho.

A mala estava toda esparramada no chão, cenário de uma tentativa de fuga frustada. Pegos em flagrante por Leonard, sua ira resultou em um soco no rosto de Margaret. Otto assustado com tamanha agressividade do pai, se encolheu no canto da sala e sem nenhuma expressão no rosto, ficou ali vendo sua mãe caída chorando no poço de uma humilhação. Uma cena um tanto abrupta para um garoto de 6 anos de idade, mas ele compreendia que não podia fazer muito por ela.

Ela ainda perplexa com o que acabara de acontecer, o encarou uma última vez antes de esquivar seu olhar novamente, com um olhar frio e estranho, não o reconhecera mais e negava com toda força em seu interior que havia se casado com aquele homem a sua frente. Se sentia muito infeliz, do fato que não teria mais volta, se ela sequer reagisse contra aquilo seu pesadelo iria crescer a cada dia mais. Ela mal podia fazer esforços agora, havia mais alguém com quem teria que se importar, teria que aguentar pelo seus filhos.

- Eu estou grávida. - murmurou para Leonard com lamúria. - Completou seis semanas ontem, parabéns papai!

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O resgate de ElisabethOnde histórias criam vida. Descubra agora