The Perfect Pace - 2° Temporada

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Alex's POV:

— E aí, está animado para finalmente conhecer a Grécia? — Indago ao pequeno que caminhava ao meu lado mais contente do que o normal.
— Com certeza, eu estou muito animado! — Ele dizia dando pulinhos enquanto caminhávamos em direção ao avião para embarcarmos.
— Nós vamos nos divertir muito. Ah, eu me esqueci de te contar, a minha mãe me mandou uma mensagem me contando como foi a conversa com o seu pai. Ela conversou com a sua mãe e mostrou para ela o depoimento que ela gravou, ela gravou tudo o que ele disse e mostrou para a sua mãe. Segundo a sua mãe, ele não disse nenhuma mentira, ele contou de "A á Z" tudo o que aconteceu nesses últimos 17 anos.
— Estranho, eu pensei que o meu pai ia fazer de tudo para livrar a pele dele, com certeza não será tão fácil assim.
— Bom, ele contou tudo em relação às coisas que ele fazia com você e o porquê dele fazer aquilo tudo com você, mas, em relação às mensagens que ele recebia e mandava no celular sobre estar ameaçando você, isso ele não disse.
— Eu sabia! Se ele não disse é porque tem algo por trás disso tudo que ele sabe que, se ele contar, ele está muito encrencado. — Vitor diz fazendo uma feição de preocupação.
— Bom, minha mãe acha a mesma coisa, se não fosse "nada de mais" ele teria falado, não que, o que ele fazia com você não era nada de mais, porque era, mas, minha mãe acredita que ele não falou a verdade para proteger alguém, no caso, a pessoa das mensagens.
— Obviamente ele está escondendo algo, alguma coisa bem grave, eu suponho. — Ele diz direcionando o seu olhar de volta para mim.
— Enfim, nós só vamos descobrir isso mais para frente, só quando a audiência for marcada. Isso ainda levará tempo. — Eu digo e vejo o pequeno mudar completamente a sua feição. — O que foi?
— Eu estou com medo Alex, ele estava ameaçando não só a mim, mas, a vocês também, ele vai fazer alguma coisa com vocês, eu não quero que vocês acabem se encrencando por uma coisa que eu arrumei com o meu pai. — Ele diz isso com a voz embargada e eu o abraço ladino.
— Olha, vai ficar tudo bem, ele não pode fazer nada com a gente e, muito menos com você, a minha mãe está de olho nele e, ele sabe que se ele fizer alguma coisa de errado, isso vai encrencar para o lado dele na audiência e, vai ficar ainda mais difícil de livrar a barra dele. — Eu digo tentando tranquilizar o garoto.
— Eu só fico mais tranquilo quando ele estiver na cadeia, só assim eu sei que ele não vai poder fazer nada com a gente. — Ele diz com uma preocupação visível.
— Vai ficar tudo bem ok? Relaxa. Aproveita essa viagem para esvaziar a sua mente. — Eu digo já entrando no avião com o pequeno.
— Tudo bem. — Ele diz e eu o ajudo a colocar a sua mochila na parte de cima do bagageiro.
— Eu... Posso ver os poemas que você escreveu? — Eu pergunto para o garoto que me olha surpreso.
— P-pode. — Ele diz já pegando o pequeno caderno e me entregando. Eu só queria uma desculpa para ler mais um daqueles poemas mais uma vez.
Nós nos sentamos nas nossas poltronas, próximo ao resto do nosso grupo e Vitor coloca os seus fones de ouvido e encosta a cabeça na janela do avião.
Como ainda faltavam alguns minutos para o avião decolar, eu pego os meus fones, coloco uma música para tocar e começo a ler novamente aqueles poemas:

Orar

Tudo o que eu queria é que você me desse o seu coração, a sua alma;

Me mostre onde você deseja ir, agora eu desejo isso também. Eu estou sedento pelo teu amor, estou cedendo por ele;

Mas como você vai me deixar agora? Apenas jogue tudo isso fora, as minhas lágrimas já estão caindo. Eu orarei para que isso não aconteça de novo, eu pensei em te deixar, mas eu ficarei ao seu lado;
Você é uma tempestade na qual eu estou disposto a me afogar para te ajudar, e toda vez que você chama o meu nome eu volto a superfície. Eu orarei, para o nosso amor ser eterno, e você não me deixar novamente;

Comigo você tem paz, a sua tempestade se acalma. Eu vejo isso, algo que nós não conseguimos encontrar de nenhum jeito. Mas eu orarei para que essa tempestade seja findada e o nosso amor passe a ser eterno. Eu orarei pelo nosso amor.

Eu li e reli aqueles poemas várias vezes, alguma coisa naquelas palavras me prendiam ali, eu não conseguia parar de lê-los.
Quando eu olho para o lado eu percebo que Vitor acabou adormecendo, eu pego delicadamente a cabeça do garoto e a coloco encostada em meu ombro e tiro os fones do ouvido dele. Eu vejo ele se mexer levemente contra o meu ombro e eu acabo soltando um sorriso involuntário.
Eu encosto a minha cabeça na poltrona do avião e acabo adormecendo também.

XXX NO DIA SEGUINTE XXX

Bruna's POV:
Grécia

— Vamos galera, nós já chegamos! Acordem! — Eu sou desperta do meu soninho delicioso com a voz do Pablo chamando todos nós para sairmos do avião, nós chegamos mais rápido do que eu imaginei que seria. Mas talvez seja porque eu dormi praticamente a viagem inteira.
— É o seguinte galera, sejam muito bem vindos a Grécia, eu já pedi para alugar um carro pelo site para nós chegarmos até Santorini. Como lá é uma ilha então é um pouco complicadinho de chegar lá. — Pâmela diz enquanto caminhava com a gente para fora do aeroporto.
Quando nós chegamos ao aeroporto já se passava das cinco da tarde então o céu estava em um tom de azul muito bonito. Eu andei pesquisando um pouco sobre Santorini e, só pelas imagens que eu vi, eu já tive a certeza de que a Grécia era realmente um lugar muito lindo, de verdade.
Depois de uns quinze minutos o nosso carro já havia chegado ao aeroporto, enquanto nós estávamos á caminho de Santorini eu observava toda a paisagem que Deus nos proporciona a cada dia.
Aproximadamente na metade do caminho o sol começou a se pôr e a paisagem ficou ainda mais linda, o céu começou a ficar em tons de rosa, que contrastavam com o azul vivo do mar.
A luz do sol refletia na areia, também a deixando em tons de rosa bem claro, realmente uma imagem digna de ser admirada por todos.
Depois de longos minutos admirando a linda paisagem da Grécia nós finalmente chegamos a um lugar que eu julguei ser um cais, onde estavam presas várias barcas que provavelmente nos levariam até a ilha de Santorini.
Pablo verificou o preço para irmos todos juntos em apenas uma barca até a ilha. Assim, ele voltou com vários "tickets" nas suas mãos, cada um para entrarmos na barca.

— Bom pessoal, é aqui que nós vamos ficar! — João chama a nossa atenção assim que nós paramos em frente ao hotel que iríamos ficar durante toda essa viagem.
Todos nós paramos alguns segundos para admirar aquele hotel por fora, ele era realmente bonito, como toda a cidade, era bem elegante. Se é bonito dessa forma, por fora, imagine por dentro.
Então todos seguimos para dento do hotel, o pessoal foi resolver a questão do check-in para saber quais eram os nossos quartos enquanto ficamos no saguão do hotel que era igualmente elegante.
Depois de o pessoal já ter resolvido tudo eles vêm em nossa direção com três chaves na mão, além da chave do quarto deles.
— Vocês vão dividir os quartos com apenas uma pessoa, ou seja, duplas. Escolham sua dupla pessoal! — Jaque diz enquanto segurava as chaves.
— Todos já escolheram as suas duplas? — Pâmela grita para nós e todos confirmamos. Ela então entrega a chave na mão de cada um.
A divisão dos quartos ficou a seguinte:
Eu e Bia, Ingrid e Priscilla e Alex e Vitor.
Então todos nós seguimos na direção dos quartos, cada um com a sua dupla e nos acomodamos nos quartos. Eu preciso dizer que os quartos desse hotel são realmente muito bonitos e enormes. São bem espaçosos com uma cama de casal que caberiam quatro pessoas (sem nenhum esforço) e ainda sobraria mais espaço, além de uma varanda espaçosa com uma janela enorme por onde o sol da tarde passava, iluminando o quarto todo, dispensando o uso da luz elétrica (Com exceção de quando a noite caísse, é claro).
Eu amei esse lugar!

Davi's POV:

Eu estava organizando alguns papéis na minha mesa quando eu vejo uma mulher entrar na minha sala e vir em minha direção.
— Com licença.
— Pois não, senhora.
— Eu fiquei sabendo que aqui tem uma vaga para ser professora, ela ainda está desocupada?
— Sim, está. Você se interessa?
— Com certeza!

Continua...