The Perfect Pace - 2° Temporada

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Alex's POV:

É impressionante, a cada dia que passa eu fico mais apaixonado por esse garoto, pela pessoa que ele é.
"Tão perfeito..." — Penso comigo enquanto fazia carinho em seus cabelos.
É tão decepcionante saber que ele nunca terá todo o meu amor, mas eu não o culpo. A culpa disso tudo é minha, eu nunca consigo expressar tudo o que eu sinto por esse garoto, por mais que eu tente, eu sei que isso não é possível.
Eu queria muito que o Vitor soubesse o quanto eu tenho o desejo de chamá-lo de meu, de ter ele só para mim, mas, eu sei que não é tão simples assim. À tanto tempo eu queria ter ele, ser dele, fazer ele ser meu, mas, eu não sei se isso realmente vai acontecer, ou então, se ele quer.
Eu sei que ele tem as inseguranças dele e isso dificulta um pouco as coisas, e sobre mim, o meu medo de ter que esconder da minha mãe toda a minha vida amorosa, tudo isso por culpa do meu pai.
Mas eu deveria parar de pensar nos outros e começar a pensar em mim, na minha felicidade. E agora eu tenho certeza de que a minha felicidade é ao lado deste garoto.
A vida é uma só, eu estou tendo a oportunidade de ser feliz, aqui e agora. Com esse garoto que eu sou louco para estar sempre ao lado.
Tudo nessa vida acontece por um motivo, eu deveria aproveitar essa oportunidade que ela está me dando para ser amado, dar amor à pessoa que eu amo.
Eu não vou fazer nada que ele não se sinta confortável a fazer e muito menos forçá-lo a fazer algo. Eu nunca machucaria o meu bebê, eu só quero ser dele, nem que isso aconteça só por uma noite e nunca mais.
Eu sou interrompido destes pensamentos com o som de mensagens do meu celular ecoando nos meus ouvidos, eu desbloqueio o meu celular para ver de quem era a mensagem... É a Priscilla, ela está me perguntando onde eu estou. Só depois de ler a mensagem eu percebo que já passava do meio-dia, eu realmente não vi o tempo passar. Eu percebo a respiração pesada do pequeno contra o meu peito e quando olho, vejo que ele estava dormindo, sereno como sempre.
Eu deposito um leve beijo na ponta do nariz do pequeno e vejo ele se remexer contra o meu corpo, eu passo o meu dedo levemente na ponta do seu nariz e vejo ele abrir os olhos lentamente com um sorriso no rosto, parecia um bebezinho.
— Desculpa ter te acordado tão cedo, você está com sono. Vem, vamos voltar para o hotel, lá você dorme de um jeito mais confortável.
— Não precisa pedir desculpas, com você me fazendo carinho eu durmo mesmo. — Ele diz rindo fraco enquanto coçava os olhos e eu rio também.
Eu o ajudo a levantar e nós vamos andando de mãos dadas até o hotel. Assim que chegamos no nosso quarto ele foi direto tomar um banho quente para relaxar e eu fiz o mesmo.
Assim que eu saio do banheiro eu encontro o pequeno enrolado nas cobertas praticamente dormindo sentado. Eu não vou mentir que achei aquilo engraçado e fofo ao mesmo tempo, ele tombando a cabeça de sono, mas insistindo em abrir os olhos.
Eu vou em direção à cama e me sento do lado do garoto, eu pego um travesseiro e coloco no meu colo e faço sinal para o pequeno deitar a sua cabeça ali e o mesmo obedece prontamente.
Assim que ele se deita no meu colo eu levo as minhas mãos até os cabelos negros do pequeno e começo a fazer um leve cafuné no local, em poucos minutos eu sinto a respiração pesada do garoto, indicando que ele já havia adormecido novamente.
Eu pego novamente o caderno de poemas do pequeno e começo a folhear mais um poema:

Eu não quero falar

Você acredita que me pegou?
Você me pegou com este olhar; como você acha que vai se mover? Você vai se mover com o seu corpo contra o meu.

Eu estou procurando me perder esta noite, você gosta do que vê? O que você vai fazer?
Por que você continua brincando com a minha mente? Leve-me para um lugar onde você conheça melhor o meu corpo; me deixando louco do jeito que eu sei que você consegue.

Eu não quero falar nada, eu quero ser o lado negro deste seu paraíso; eu não quero falar, eu quero este seu toque o mais profundo no meu corpo.

Você tem esse olhar, olhe nos seus olhos. Parece que você poderia me fazer mal; mantendo a calma, você faz o meu tipo, mas eu não quero morder a minha língua; Leve-me para um lugar onde você conheça melhor o meu corpo.

Me deixando louco do jeito que eu sei que só você consegue; eu não vou falar, eu vou ser o lado negro do seu maravilhoso paraíso. Eu não consigo falar, o seu profundo toque me ajudou a chegar lá.

Eu não quero falar.

Eu sorria bobo para o caderno à minha frente. Sem nenhum motivo aparente, eu adorava aqueles poemas todos.
Eu encosto a minha cabeça na cabeceira da cama e começo a pensar na vida e as palavras dos poemas rodavam na minha mente, como têm acontecido nos últimos dias.
Eu tento organizar os meus pensamentos, mas é em vão, então, acabo pegando no sono.

Letícia's POV:

Eu estava no meu quarto pesquisando vagas de emprego na Internet quando eu escuto o som da campainha tocar no andar de baixo da minha casa.
Eu desço rapidamente para atender a porta e quando eu a abro eu vejo Clara, que me dá um sorriso assim que me vê.
— Oi Letícia, eu posso entrar? Ou você está ocupada?
— Oi Clara, pode entrar. — Eu digo dando espaço para ela passar.
— Então, eu vim aqui para te atualizar sobre o processo do seu divórcio, a audiência já foi marcada. Para sábado que vem.
— Certo.
— Se tudo correr como planejado, sábado que vem você já será uma mulher oficialmente divorciada. Até porque, não tem o porquê do seu marido complicar esse processo, ele me contou toda a verdade, como você mesmo disse, então não tem como isso dar errado.
— Eu fico feliz que tudo dará certo sem ser nada complicado.
— Eu vou estar do seu lado durante todo esse processo então, qualquer coisa pode contar comigo.
— Muito obrigada, de verdade. — Eu digo dando um sorriso meigo de agradecimento à mulher.
— De nada, na verdade, é você quem está me ajudando. — A mulher diz me retribuindo o sorriso.

Arthur's POV:

— Eu ainda não entendi porque você quer arrumar um advogado. Se você quer se separar da sua mulher, você tem que perder esse processo, e não ganhar.
— Eu sei né amor, mas, eu não dou esse gostinho para aquele pirralho de se ver livre de mim. Eu quero dificultar isso tudo.

Continua...