Chapter III

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Riven acorda com uma tremenda dor de cabeça. Parece ter uma pedra ao invés de um cérebro. Seus ouvidos estão zumbindo e seus olhos muito sensíveis. Ele pisca várias vezes antes de conseguir abrí-los por completo.

– Bom dia, flor do dia. – A voz de Tecna soa estridente em sua cabeça pesada.

Riven apenas grunhe e enterra a cabeça no travesseiro.

– Não, querido. – Tecna diz passando a mão em seus cabelos. – Você precisa acordar, já são três horas da tarde.

– O quê? – Riven se levanta repentinamente, mas se arrepende logo em seguida, pois sua cabeça gira. – Que merda.

Riven espera a sensação de enjoo passar e abre os olhos novamente, percebendo que está só de cueca. Ao seu lado, Brandon continua apagado, com os cabelos castanhos cobrindo o rosto, completamente suado, a respiração lenta e pesada, vestindo apenas uma calça desabotoada. Do outro lado, Timmy também está dormindo, com os cabelos loiros amarrados em uma xuxinha rosa, com uma camisa de botão aberta, cueca e meias de bolinha.

A sua frente, Tecna está elegantemente sentada de pernas cruzadas em uma das cadeiras acolchoadas. Seu cabelo curto e rosa está jogado para trás, preso em uma tiara e tem uma caneca fumegante de café nas mãos.

– Tenho que voltar para Alfea. – Riven balbucia enquanto massageia as têmporas. – Qual a chance de um desses arrombados acordar para me dar uma carona?

– Nenhuma. – Ela diz com uma risada abafada. – Tem ideia do que aconteceu ontem?

– Tenho até medo de saber. – Riven solta um suspiro cansado. As festas em Fonte Rubra sempre saem facilmente do controle.

– Vocês fizeram uma brincadeira idiota para ver quem secava uma garrafa de vodka primeiro. – Tecna toma um gole de café, olhando para o namorado pelo canto dos olhos. – Beberam várias cervejas, uns drinks de cor questionável e êxtase.

– Êxtase? – Riven faz uma careta. – Isso explica a ressaca e a amnésia.

– Você chapou, Riv! – Tecna fala um pouco mais alto, fazendo a cabeça dele latejar. – Pegou meu celular, ligou para não sei quem, jogou ele na privada e vomitou dentro.

– Caralho, desculpa Tec. – Riven está realmente arrependido, odeia causar problemas para Tecna. – Eu realmente não lembro de nada depois do terceiro shot de tequila. Prometo que compro outro.

– Vai comprar mesmo. – Diz entregando a caneca de café e uma aspirina para Riven. – Toma isso e pode pegar minha moto.

– Caralho, valeu gatinha. – Diz levando a xícara de café aos lábios.

– Então, o que vai fazer quando chegar lá? – Tecna pergunta recostando-se na cadeira.

– Como assim? – Responde confuso.

– Vai falar com a Fada? – Tecna arqueia uma sobrancelha.

– Que Fada? – Riven se finge de desentendido.

– A Fada por quem você está apaixonado. – Responde com um sorriso travesso.

– De onde você tirou essa de apaixonado? – Riven força uma risada debochada, mas pode-se perceber seu nervosismo.

– De você. – Tecna aponta para Riven. – Se qualquer garota chegasse perto de você ontem, você as empurrava e dizia que estava apaixonado e tinha que ser fiel.

– Porra. Eu fiz mesmo isso? – Riven pergunta perplexo, sem acreditar que aquelas palavras saíram de sua boca. Tecna confirma com a cabeça e quase deixa escapar um riso. – Caralho. Eu estava muito chapado mesmo.

Caos e Silêncio - EM MANUTENÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora