Capítulo 10

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NOTAS INICIAIS

Hello pessoas. 
Como de costume, iremos começar a semana com atualizações.

Espero que gostem desse capítulo. Ele é um dos meus xodós (mais pra frente vocês vão entender o porque), então espero que vocês aproveitem tanto quanto eu.

Escutem as músicas. Elas são bem importantes aqui.

Nos vemos lá no fim. Boa leitura. <3



POV Karla

Todo o alívio e amparo que eu estava sentido se esvai quando Luz me diz que tem que ir para sua casa por conta dos seus netos antes de ir trabalhar naquela mesma manhã. Só então percebo que estou a mais de 24 horas acordada. Ela me dá um abraço forte que é característico dela e depois se despede de Shawn, Mani e Lauren, então seguimos para o quarto de Dinah na "UTI". Mais uma vez a cena que toma minha cabeça é aquele abajur se estilhaçando em mil pedaços depois de Shawn jogá-lo na parede no dia do enterro dos pais naquela biblioteca. Eu soube desde aquele dia que ele tinha algo como uma rachadura dentro dele, uma rachadura que eu pude ter vislumbres dela nos anos seguintes do acidente. Meu medo por Dinah estar nessa situação é que essa rachadura se abra de vez o levando a despencar em um abismo que eu não tenho a menor ideia de quão fundo pode ser.

Seguimos pelos corredores do pronto-socorro até um elevador de acesso somente aos funcionários. Esse elevador, diferente do elevador que dava acesso a todas as outras pessoas, era um pouco mais estreito e mais longo. Imaginei que fosse por conta de transporte de macas, ou algo assim. Ele também não tinha nenhum luxo ou detalhes, era somente uma caixa grande de metal com os botões enfileirados e uma placa para contato com o cartão de funcionários que autorizava o elevador a se mexer. Uma das enfermeiras que estava ali apertou o botão do terceiro andar e autorizou nossa subida para o andar que seguia fechado para as demais pessoas. Eles montaram um quarto de UTI ali em um dos quartos que estava vazio, já que, por mais que os quartos de UTI fossem individuais, as pessoas transitavam por ali. E sejamos sinceras, ter um segurança do Serviço Secreto em qualquer lugar já chama a atenção, imaginem em uma UTI.

Quando chegamos ali, um dos médicos responsáveis pelo caso de Dinah puxa Normani de lado para falar com ela sobre o quadro geral, então ficamos apenas nós três para entrar no quarto.

(PLAY World Spins Madly On - The Weepies)

Shawn abre a porta mas logo que passa por ela ele para tão abruptamente de andar no segundo passo que me choco contra ele. Vejo seus ombros rígidos e então começo a reparar ao redor.

A primeira coisa que vejo é Dinah e ela está praticamente irreconhecível. Não consigo especificar quantos são os fios que estão ligados a ela, mas posso dizer que são muitos. Ao lado da cama há uma máquina grande que é ligada em um tubo que vai direto para a sua boca e depois dali, some. Também há outras máquinas menores que estão ligadas diretamente ao seu pescoço onde tem um curativo com alguns esparadrapos mantendo aquilo no lugar e um monitor menor que mede seus batimentos cardíacos. O lençol a está cobrindo da cintura para baixo, porém, onde a bala havia atingido, eles cobriram com uma faixa que agora estava suja por um pouco de sangue e/ou um pouco daquele líquido vermelho que os médicos utilizam pré cirurgia, não sei especificar. A máquina grande que estava conectada com o tubo assobiava baixinho conforme bombeava ar para dentro e para fora de seus pulmões, ela tinha um ritmo contínuo e constante que acompanhava o marcador dos batimentos cardíacos. Seu rosto está pálido, exceto pelas pálpebras que estão em um tom de roxo escuro como feridas. Ela parece somente uma casca que se mantém viva pelos aparelhos que a cercavam. Não havia aquele brilho de alma que ela sempre tinha estando séria ou brincalhona, nada que me fizesse acreditar que ela ainda está lá dentro.

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