Dormir podemos todos Vol. III

miragem

Estou algo confuso, confundido, de certa forma fundido, bastante fodido. Na verdade, fodido não estou, melhor se estivesse, queria dizer que correra bem, queria dizer que não estava assim. 

Doem-me várias coisas. Uma é, de certo, a oportunidade perdida, a beleza e a unicidade da própria, o achado que senti, a miragem que se me apresentou. Outra é o significado do insucesso, a falta de resolução em mim, a expectativa sobre algo que, no fim, não percebo se verdadeiramente anseio e, claro, o Sísifo que, devendo, não me faz o favor de subir a puta do monte. 

Estou tremendamente triste, embora desta vez as lágrimas não saiam do olho em correria, ficam-se pela pálpebra, não entornam, enquanto um tornado, esse sim, retorna e torna a minha cabeça e o que dela se manifesta.

Deu para aprender. A atitude que se precipita não se deve ter, pois longe se tem quem não se quer dar. E por muito que se pense de outra forma, há que voar só, verdadeiramente só. Com ou sem companhia, mas apenas só serei capaz de estar acompanhado sem pensar que o deva. E isso, meus caros, é o suficiente para que corra bem e eu não me confunda, nem me funda, nem me foda.