Francamente Potter

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Passaram alguns dias e Harry preferiu vivenciá-los na Toca. Ficar sozinho com os pensamentos em Malfoy e o artefato não era a melhor escolha. Seus amigos o distraiam e não queriam forçar o assunto que Harry tanto fugia.


— Harry, esquece isso! Por isso não se deve mexer com tempo e profecias...só vai vivendo, como você mesmo falou, nem vê Malfoy, nem nada.

Falou Hermione mostrando que o amigo não estava conseguindo disfarçar os pensamentos em outro lugar.

Harry não havia contado do que acreditava ter sido um quase beijo entre ele e Malfoy de quando chamou o sonserino na sua casa.

— É... bem... acontece que eu vi Malfoy. Chamei ele na minha casa. Eu precisava perguntar se ele já tinha visto a profecia dele.

— Ele viu?

— Não Mione, destruímos todas no ministério.

— Você nem viu toda não foi Harry? Pode ter sido um namoro passageiro, esquece isso. 

— Você está certa, Mione.

— É cara, não foi nada de mais. Tenho certeza que eu beijei o Krum em outra realidade. — Disse Rony rindo para descontrair.

— Nossa Rony isso foi tão específico, e aleatório. — Falou Hermione

— Que foi? Só queria ajudar.

— Valeu, Rony! — Harry agradeceu com um sorriso sem exibir os dentes

— Acho que vou voltar para o Largo hoje. — Disse Harry cansado de ficar de vela para o casal todos esses dias.

Quando Harry chegou em casa, viu alguns pergaminhos jogados onde as corujas depositavam as cartas. Eram de Draco Malfoy, o loiro pedia para falar com ele assim que pudesse.

— Monstro, por favor, vá buscar Draco Malfoy.

— Sim, Sr., Senhor Potter

Harry se pegou correndo para tomar banho e se arrumar para receber Draco Malfoy. E o porque nem ele entendia. Tudo com relação a Malfoy virava uma obsessão para Harry, assim como da vez que queria provar que o loiro virou comensal da morte. O griffinório acreditava que se havia namorado Draco em outra realidade, algo bom o garoto tinha quando não existia o Lord o perseguindo. E agora Voldemort estava morto. Mas Potter não se imaginava beijando o sonserino.. Até aquele sonho lúcido pelo menos. E agora estava.. curioso.

Ao descer as escadas Harry vê Draco na sala, estava com os braços cruzados e batendo o pé inquietamente no chão.

— Malfoy!

— Potter! O que te faz pensar que pode ficar mandando seu elfo me buscar quando te dá na telha?

— Desculpe por isso, cheguei em casa e vi seus recados... não pensei que fosse um problema.

— É um problema quando eu sou buscado por um elfo tão rabugento!

— Vou abrir a passagem de FLU da próxima vez —Disse Harry revirando os olhos.

— O que você quer? — Os dois falaram em simultâneo.

— Você primeiro! — Falaram novamente ao mesmo tempo.

— Eu quero saber o que você viu no sonho lúcido! — Falou Malfoy aumentando o tom de voz.

— E eu queria saber o que você queria...

— Certo Potter, desembucha!

— Eu já disse! Vi eu e você.... — Harry falou desconcertado... estava corando.

— Seja mais específico... — Pediu Malfoy franzindo a testa e gesticulando.

— A gente meio que namorava... Nos dois últimos anos em Hogwarts... 

Draco agora era quem corava, olhando para baixo para que Potter não visse um pequeno riso se formando no canto da sua boca. Se esforçou para ficar sério novamente quando levantasse o rosto.

— Qual o seu problema Potter? Foi só um namoro. Não significa que casamos e tivemos 3 filhos..

— Não é isso Malfoy, é que eu não gosto de homens... e ainda mais era você... nos odiamos não é? — Harry falou sem saber se era pergunta ou afirmação.

— Esse é o seu problema? Alguns meses atrás estávamos em guerra... e o seu problema agora é porque beijou um homem em outra realidade? E fui eu? Francamente Potter!!

Continuou Malfoy...

— A propósito, me desculpe por tudo que meu pai te fez, acho que nunca te pedi desculpas por isso...

— Não precisamos falar sobre isso Draco...

— Precisamos, porque eu fiz as coisas que fiz por causa dele.. Se não fosse isso...

Harry encarou Draco nessa última fala do garoto, estava muito curioso para saber se sentiria algo se...tocasse a pele pálida de Draco, se pegasse sua mão, se colocasse sua mão nos fios platinados dele, se... beijasse a boca rosada tão convidativa que o outro tinha... Harry sacudiu a cabeça para afastar os pensamentos que brotavam em sua cabeça.

— Quer beber alguma coisa? Esqueci de oferecer.. — Harry tentou mudar de assunto, diante da vermelhidão que tomava ambos os rostos.

— Percebi que você é péssimo para receber visitas..

— Fique à vontade, tem um sofá atrás de você, vou buscar...

— Uma água.. Só isso que quero —Disse Draco.

Harry estava na cozinha depositando a água no copo, quando sentiu uma respiração quente atrás dele.

— Vim ver se quer ajuda, demorou muito para buscar uma água — Draco estava atrás de Harry, deixando-o sentir seu hálito quente com cheiro de chá de camomila, o preferido de Harry.

O moreno virou em direção a Draco arrepiado dos pés à cabeça. Entregou o copo a Malfoy com o copo levantado na altura do próprio rosto.

— Depois disso... vai me contar o que a gente fazia?

— O que... o que a gente Fazia? Olha Malfoy, como você disse foi só um namorico besta... não vi a profecia toda?

— Quê??? VOCÊ NÃO VIU TUDO?

— NÃO, E QUAL O PROBLEMA??

Draco abaixou a cabeça, pensou ter só um namoro e pronto, mas o que mais poderia haver naquela profecia desperdiçada? Eles ficaram juntos mais tempo? Brigaram? Malfoy feriu ele? Ele feriu a malfoy? 

— Eu vou embora, até mais Potter! — Disse Draco dando as costas para o moreno e deixando rapidamente a cozinha. Chamou monstro e aparatando dali o mais rápido possível.

Harry ficou imóvel se perguntando porque Malfoy era tão escorregadio...e o que havia dito de errado.

Mil acasos me levam a você_Drarry. (Shortfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora