7. Alucinação

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— VAI SE FERRAR, VERMELHO! – gritou meu irmão, enquanto Branco e Azul o levavam para fora do refeitório

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— VAI SE FERRAR, VERMELHO! – gritou meu irmão, enquanto Branco e Azul o levavam para fora do refeitório. – A culpa foi sua, sempre é tudo culpa sua!

— Pode até ser. – falei, com os braços cruzados e o semblante sério. – Mas ainda sou o seu capitão e as regras são claras aqui: brigas podem levar a detenção.

Todos ao redor observaram a cena sem saber o que fazer. Rosa me olhou com raiva antes de seguir o Ciano porta afora — provavelmente para passar a mão na cabeça dele e tentar ajudá-lo como sempre fazia.

Ignorei aquilo e voltei minha atenção para o Verde, que engoliu o seco antes de chegar perto de mim e me entregar o copo d'água que pedi.

— Isso foi bem dramático. – Ele avisou, parecendo preocupado comigo. – Não faz o seu estilo, querido.

— Não importa, cansei de ser bonzinho. Daqui pra frente as coisas vão mudar.

— Então cuidado. Nem sempre elas mudam como a gente gostaria.

Encarei todos ali, inclusive o Roxo — que tinha ficado em um canto, observando a cena em silêncio. Ele parecia preocupado e triste ao mesmo tempo, tanto que virou o rosto quando percebeu que minha atenção estava nele.

De alguma forma, aquele simples gesto mexeu comigo.

— Você tá passando por muita coisa. – Continuou o Verde. - Tenta descansar um pouco a cabeça...

— Não preciso de conselhos. – falei, sem parar de olhar para o Roxo. – Cuide da sua vida, que eu cuido da minha.

Me afastei dele depois disso e me livrei do copo.

Queria ter disposição ou coragem para ir até à mesa do Roxo e conversar, mas não estava pronto. Seria doloroso demais.

Por isso deixei o refeitório, sem falar mais nada.

Sei o que todos pensariam de mim: que aquilo não passava de uma vingança pessoal minha pela "dor de corno".

Mesmo assim, a verdade era que o Ciano sempre esteve na corda bamba. Não havia um dia em que ele não me tirasse do sério. Agora, a última coisa que precisava era que meu irmão continuasse agindo sem consequências.

— Oi, chefe!

A voz do Amarelo me pegou de surpresa. Ele tinha praticamente corrido atrás de mim e me olhava com um semblante carente, louco para conseguir alguma migalha de atenção.

— Não tenho tempo pra você, garoto. – falei, irritado, voltando a andar pelo corredor da nave.

— Só vim ver se está tudo bem. O Rosa não me deixou te visitar, disse que estava descansando.

— Pois é, sábia decisão a dele...

O jovem respirou fundo antes de falar.

— Sei que tá tudo muito confuso ainda, mas que tal marcarmos aquele almoço agora, hein?

Among Us | Gay Fanfic +18Onde histórias criam vida. Descubra agora