o nosso porto seguro tinha ido embora, afinal

17 1 0
                                    

Presta atenção, se você tá lendo essa merda, já venho dizer que sinto muito. Não é como se fosse importante, nunca foi. Assim como eu.

Jongin.

don't care

Era um aperto no peito. Às vezes, a dorzinha era tão fraca que mal conseguia sentir e então, subitamente, o diminutivo gradativamente ficava mais e mais forte, a ponto de não conseguir mais respirar, tamanha a dor.

Era assim que me sentia.

Se já não soubesse melhor, procuraria ir ao cardiologista para tentar identificar uma possível doença no seu coração; dor no peito não era nada normal, sabia disso.

Mas, então, ao sentir o pequeno peso no meu pescoço e tocar a pequena corrente, me lembraria do porquê minha vida parou de ter sentido.

Ele era o culpado.

Jongin.

Fazia quatro dias que ele tinha simplesmente desaparecido de casa.

Soojin, a mãe dele, havia me ligado no meio da madrugada, sua voz transparecendo preocupação e medo e por algum motivo, talvez intuição, meu coração passou a bater desenfreado ao pensar no meu moreno.

O nosso silêncio durou algum tempo, agora, creio que tenha sido pelo medo da resposta da pergunta que sabia que a mais velha me faria. Dois minutos depois, um sussurrado 'o nini tá ai com você, hun?' foi o começo da nossa discórdia.

Fazia quatro dias e nós dois estávamos horríveis. A primeira coisa que fiz quando recebi a notícia foi pegar minhas tralhas, colocar numa mochila e partir para a casa da Jin.

Porque, sentindo a dor no meu peito de apenas pensar que ele poderia estar machucado, não conseguia imaginar como ela poderia estar se sentindo.

Nós estávamos ruindo, lentamente.

Anymore Onde histórias criam vida. Descubra agora