capítulo Único

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— Papai, papai

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— Papai, papai... me conta de novo como o senhor conheceu a mamãe — Ichigo pediu biquinho.

O cômodo era de tamanho mediano e como de costume Suigetsu colocava seu pequenino para dormir, porém um tantinho assim atrasado.

— Tudo bem, Ichigo, eu te conto... De novo... — suspirou pesadamente e começou a contar — Eu tinha vinte e dois anos, e vivia tranquilamente até conhecer a sua mãe, que era e ainda é a mulher mais linda, mas também a mais problemática desse planeta.
O menino riu baixinho.

— ... Ela já usava aqueles óculos marrons que destacavam os olhos vermelhos e a pele tão clara quanto a sua. Naquela época os cabelos vermelhos eram um pouco mais longos e chegavam na altura do bumbum. Carinha, foi tão difícil conquistá-la, eu sofri horrores…

— Por quê? —  O pequeno franziu o cenho.

— Ela ficou muito mal depois de uma traição, e se fechou para relacionamentos sérios. Você entenderá quando ficar mais velho. —  Suigetsu encarou o filho, que devolveu um olhar confuso — … ‘beem mais velho!

Flashback de 7 anos atrás:

Karin estava em um bar junto com Hinata, sua amiga de trabalho. A ruiva estava enchendo a cara, porque naquela noite encontrou Kabuto transando com uma tábua rosada na sala de reuniões  — resumindo: ele a traía há uma semana.

— Ah, Hina, eu não quero mais saber de homens, eles são todos iguais — Karin declarou dando um generoso gole em seu copo de cerveja. — Cara como o Kabuto foi capaz de me trair, e logo com aquela tábua da Vakura do RH.

— Eu ainda não acredito que ele foi capaz de fazer isso com você, ‘poxa! — soltou de uma vez — Cara, que vacilão.

— Eu agora só quero curtir minha vida, não vou me amarrar a ninguém — disse fazendo um brinde com a Hyuuga

— Amém! — concordou e virou sua cerveja — Você vai fazer voto de castidade?

— Hum — A Uzumaki resmungou e olhou para a porta do barzinho, foi então que viu um rapaz magro de estatura média, com os cabelos brancos, quase um azul-claro em linha reta, olhos arroxeados, bem atraente por sinal. Ele estava com uma calça jeans preta e uma camisa social branca que destacava seus músculos.

— ‘Vixe, já vi que vou ficar sozinha essa noite — Hinata diz ao olhar na mesma direção que a ruiva.

— Não seja chata, Hinatinha — disse com o sarcasmo explícito na voz e tomou o restante da cerveja, vendo que o rapaz bem-apanhado já estava no balcão — Vou ali no balcão pedir mais uma... — enunciou levantando-se, e logo chegou onde o prateado estava — Solta mais uma cerveja aí, querido. Disse inclinando-se sobre o balcão, sentindo o olhar penetrante do rapaz.

— Gata, você trabalha na horta? — O platinado questionou.

— Não, por quê? — ela indagou.

— É porque você fez meu pepino crescer — ele respondeu e um sorriso malicioso surgiu em seus lábios.

— Aff — Karin revirou os olhos

— Aqui está. — O bartender disse ao entregar sua cerveja.

— Obrigada! — Ela agradeceu dando um sorriso de canto, virou-se para o Hozuki, passou a língua nos lábios dando um gole em seguida, olhou para o homem com luxúria e foi para a sua mesa rebolando.

— Uau, que mulher é essa — Suigetsu sussurrou engolindo em seco — Essa é a nora que mamãe está pedindo a Deus — Bebeu seu whisky para lhe dar coragem e seguiu até a mesa em que a ruiva se sentou. — Boa noite meninas, mas eu reparei que você é a mulher[...]

— Como assim a mulher era a mamãe? Ela não era uma mulher, papai? — O filho questionou, interrompendo a história.

— Claro, filho. É que…

Karin entrou naquele exato minuto em casa, e ao ouvi-lá chegando parou de falar, pois a ruiva já adentrou o quarto tomando as rédias como sempre fazia.

— Ah querido, outra vez essa história? — Acariciou os cabelos macios do garoto tão iguais aos seus e em seguida depositou um breve beijo nos lábio do seu platinado.

— Olá, mamãe! — cumprimentou alegre com um sorriso largo no rosto.

— Já não está passando da hora de dormir? — Ela estreitou os olhos na direção do Suigetsu, que deu um sorriso amarelo, já imaginando a bronca que ela lhe daria quando estivessem no quarto deles a sós.

— Eu… — O homem tentou falar algo, mas a voz empolgante do menino tomou o quarto novamente.

— Mamãe… você também lembra disso? — Ele chamou e esperou por um mínimo segundo quando viu as orbes vermelhas lhe dando a devida atenção.

— Claro que me lembro, foi o dia que ele apareceu com a cantada mais vagabunda do mundo — Karin corou e Suigetsu quase ficava vermelho com o pouco de ravia que começava a acumular, mas a risada contagiante do filho tomou os dois, e tão logo os três estavam rindo.

— Ichigo, sinto muito meu amor, mas agora é hora de dormir — Ela declarou e o menino deu um sorriso pequeno.

Karin se afastou um pouco da cama e, em cúmplicidade, acomodou o cobertor de um lado do corpo do menino, enquanto Suigetsu embrulhava a outra ponta e apagou o abajur. Já na porta desejaram:

— Boa noite! — disseram em uníssono. Não precisou nem dois minutos e o pequeno príncipe deles fechou os olhinhos e foi levado para o mundo dos sonhos.

Quando a ex-Uzumaki fechou a porta, o olhar feroz caiu sobre Suigetsu.

— Amor…

— Amor, nada, Sui! — A voz saiu baixa, porém ainda assim, o platinado conseguia sentir o ar zangado que percorria o timbre da mulher. Ela saiu na frente e a poucos passos chegaram no quarto.

— Quantas vezes já te falei ‘pra não colocá-lo tão tarde na cama.

— Desculpe, mas…

— Ok! Vou tomar um banho… — Ela entrou no cômodo pequeno que ficava próximo ao closet. O Hozuki ainda podia sentir a frustração da esposa

Ele sabia muito bem como acabar com aquilo.

Karin era uma grande mulher, mesmo tendo um filho, optou por continuar a trabalhar e Suigetsu passou a dividir o tempo com ela, administrando em se dedicar tanto ao trabalho quanto ao filho deles. Mesmo problemática, ela era a sua ruiva, o melhor colorido que a vida poderia lhe dar.

A porta do banheiro estava entreaberta e sem cerimônias adentrou o cômodo e se despindo entrou no box, empurrando e apertando de uma forma delicada o corpo delgado da esposa contra a parede.

— Sui… — Ela gemeu!

— Você ‘tá bravinha? — perguntou, passeando a ponta do nariz na orelha e ele pôde sentir o corpo tremer.

Suigetsu poderia ser até brega às vezes, e talvez pudesse até admitir que ouvindo de outro ângulo suas cantadas eram realmente horríveis, mas ele amava aquela mulher e diria para todos — se pudesse — que ela era simplesmente maravilhosa.

— Você é uma mãe maravilhosa. Ainda estou aprendendo a lidar com isso! — Ele encarou as rubis reluzentes que eram os olhos de Karin e continuou, — Eu te amo!

— Eu te amo! — correspondeu em um suspiro quando sentiu os lábios do Hozuki.

O Melhor Presente - Suika ( Concluída )Onde histórias criam vida. Descubra agora