13 | that's something strange

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Madison Covey
9am

— chapter thirteen —

That's something strange




As semanas passaram como um sopro, Emily tinha melhorado do pé com louvor, mas as coisas entre a gente andava meio estranhas. Mas não era hora de pensar naquilo. As horas passaram devagar demais, e hoje a noite teria uma enorme festa na casa da Amy. Lily e Nathan negaram a presença no instante que foram convidados, coisa que eu teria ao contrário se o professor esperasse dois minutos antes de entregar as avaliações.

Meu foco não era nas questões no papel mas em como Emily tinha me destruído com apenas uma frase esta manhã. Não é real, não pode ser! Porra, eu cuidei dela, fiz carinho, dei minha confiança a ela, pra em troca ouvir isso? A partir de hoje tentaria fazer as coisas serem diferentes.

(play partynextdoor ft. drake — loyal, 0:15)

Infelizmente.

Fiz a prova de qualquer jeito e entreguei pro professor, não me importava nenhum pouco com a nota que viria. Caminhei apressada pro refeitório, mexendo no celular quando esbarrei com certa força em alguém — que nos levou ao chão, eu por cima e..

— Ei, apressadinha, tá correndo da polícia? — a voz rouca dela fez um carinho na minha inquietude.

Por que eu não podia me apaixonar por ela?
Ri e confirmei sua pergunta.

— Por qual motivo? Drogas? — concordei, com um sorriso mínimo. — O que eu ganho se te esconder dos tiras? — estreitou os olhos.

Observei ao redor para ver se estávamos sozinhas, e graças a deus, não tinha uma alma rondando por ali. A ajudei a levantar.

— Você escolhe, princesa! Estou aberta a negociações de todo tipo.

Amy se aproximou a ponto de roçar nossas bocas, e sussurrar:

— O que acha de um tratamento VIP, na minha cama? — sua voz era pura sedução.

— Marcado!

Amy conteve seu sorrisinho ao fitar algo atrás de mim.

— Posso ser a perfeitinha nos seus olhos, mas de uma coisa eu sei, não existe amor no casamento. Foder a mesma pessoa toda noite perde a graça do sexo. Ninguém se casa por amor, apenas pela comunhão de bens. — manteve seu olhar longe de mim, quando ia virar pra acompanhar seu olhar, Amy segurou meu rosto e deixou um beijo no canto da boca. — Tratamento VIP às seis, não se atrase. E não traga ela. — sussurrou a última frase.

(play blackbear — i needed you, 0:15)

Saiu rebolando, me deixando no meio do corredor com um calor absurdo. Uma coçada de garganta me chamou atenção, me virei e vi Emily respirando fundo e com os olhos cheios d'água — ela vestia uma calça caramelo e um moletom cinza, que estava ensopado por causa da chuva que começara a cair do lado de fora. Seu coque se desfazia junto com uma lágrima que rapidamente fora limpada.

Emily segurava uma rosa vermelha, melhor, ela apertava a rosa com força.

Ficamos em silêncio até que um gemido de dor cortou o corredor, ela se cortou com o espinho. Meu senso de proteção entrou em alerta mas meu orgulho era maior que ele, então permaneci no lugar observando as curtas gotas de sangue se chocarem com o chão. Seu olhar também recaiu no sangue que saía do dedo, pouco se importou, andando devagar até mim.

A wife for meOnde histórias criam vida. Descubra agora