Solidão de Perséfone.

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Olá! Espero que gostem da one e que me perdoem por qualquer erro!!

Foi baseada na música Enquanto me beija do Jão então recomendo que ouçam enquanto praticam a leitura!!

Boa leitura, xoxo ~♡

   ~♡~

Inconteste de qualquer exclamação, Mark, assim como os açudes geográficos, tinha uma barreira ao seu redor, entretanto, essa já estava indisposta para a sua segurança, da maneira mais radical possível, lá estava ele, com sua cabeça no batente de sua cômoda e sua mente num universo telúrico.
 
                  tic tac, tic tac, tic tac. 

       Como uma maldição, o badalar agudo do pequeno aparelho de horas apitava ao soar da meia noite, pensava distante em como tal hora parecia ser fatal, recordava-se da cinderela e a perda (ainda que temporária) do seu excêntrico príncipe encantado, pensava também em seus colegas que um dia comemoravam o bater da meia noite e marcavam sua paixão em uma rede social e, no outro dia, tweetavam escassos pela perda de mais alguém. Tudo aquilo que poderia ser ruim, como um novo dia, vinha com a meia noite, exceto por Haechan, que chegava à meia noite e um.

        Seu interior caía em um gargalhar ao perceber no quão parco o vocabulário de seu dono ficava ao admirar as orbes coreana. Seu coração que sempre fora infante ao invés de pertencente ao trono real se focava em lançar sangue para as veias para ao menos manter o canadense vivo. Sua respiração alenta e indisposta com o remexer da figura dourada, todo o ansiar em vão.

     – Hey, Canadá! how's it going? — O de madeixas arco-íris arriscava no inglês fajuto, suas vestes radicais se moviam no corpo ao que o mesmo se aproximava.

        Naquele momento, Mark se tornou neblina, o olhar alheio dizia que até gostava de si, mas só gostar não faz feliz. Ora Haechan, quem te adora assim até doer?

  – Eu estou bem, enquanto a você? – Com um olhar, pedia gentilmente para que o outro se acomodasse, tal ato que foi dispensado já que, o outro se encontrava acomodado na cama de estrelinhas há milésimos atrás.

    Para o canadense, restava o recordar das noites rindo juntos meio sem intenção, de quando o estrangeiro o chamava de amor e o coreano, o chamava de "minhyung"..
 
 – Estou tristinho.. Precisava de um beijinho! – Riu meigo, com seus olhinhos de urso, seu sorriso brilhante e o corpo que se mexia ao bel prazer do comando interno.

   Poxa, Mark trabalhava para ser otimista, todavia, sabia que se brincasse de ir embora, o coreano o deixaria ir. Para Mark restava o gosto amargurado da solidão, o balançar dos fios num deserto noturno, os resquícios de vida humana levando até o além.

    Um, dois, três passos. Mark estava ali, colado ao coreano, sua mão esquerda levantava o queixo do coreano enquanto sua destra buscava pela mão alheia, entrelaçando-as e num ato desesperado, selou por fim, os lábios rosados. 

     Como em um quebra cabeça, os lábios se encaixavam, com movimentos necessitados.. Mas, algo estava errado, o gosto amargurado de um amor rejeitado, Haechan não o beijava como anos atrás, droga, pensava Mark.. "Droga Haechan, em quem você pensa enquanto me beija?" Em um cara mais bonito na televisão? No amor que foi embora ou nos que ainda virão? Não saberia dizer em quem o coreano pensava enquanto assim o beijava.

    Mark despejava uma lágrima ácida e amarga, assim como os sentimentos confusos do Lee mais novo, enquanto tudo acontecia, às respirações afobadas que dariam inveja a qualquer nadador, Minhyung pensava transmitir através de telepatia suas palavras. O canadense jurava diariamente se esforçar para então convencer o outro sobre si. Tentava ser mais bonito ou então falar grosso como os caras do qual o coreano dizia gostar.

    – Mark, liguei para os seus amigos para anunciar o fim.. – Sorriu triste, acariciando os fios em um verde chiclete, Haechan sabia do estrago que suas palavras causavam no estrangeiro, entrementes, o adeus prolongado haveria de ser mais maculado. 

   – Estive pensando, Haechan.. Será que você se perdeu? Ou se encontrou sem mim? – Os olhinhos esbugalhados partiam o coração do coreano a sua frente, este que jurou aos deuses guerreiros como Ares que este seria o último beijo do agora, amigo.

      Durante o percurso do músculo de Mark até o céu estrelado da boca de Haechan, Minhyung pensava no quão forte era o beijo do coreano quando com os olhos fechados, chorava angustiado pensando que não se importaria de ser meio enganado mas ainda sim, suplicava à Donghyuck que em hipótese alguma o contasse, mostrasse ou deixasse com que percebesse em quem este pensava enquanto o beijava. 

        "Será que eu sou a melhor coisa da tua vida, ou só o melhor que você conseguiu até aqui?" 

    E quando abriu seus olhos, encontrou a sua frente a espuma do amor de Afrodite, encontrou a impureza do abandono de Urano, a solidão de Perséfone e o desmanchar do sorriso de Ártemis, tudo isso ao perceber que Lee Donghyuck já havia partido.

~♡~

Oii!! o que acharam? :)
Bem, eu tenho um twitter (soultaeil com i maiúsculo no final) onde eu sempre estou falando sobre tudo caso se interessem..
Tenho outras fanfics se quiserem ler! Espero que tenham gostado, beijocas ♡.

Enquanto me beija |  markhyuck.Onde histórias criam vida. Descubra agora