|Príncipe Sasuke...

•Cap. 1•

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  Adentrou o quarto e logo estranhou ver uma figura bem em cima da sua cama. Deixou a sua espada num móvel bem ao lado da porta — e ao seu —, enquanto analisava a pessoa na sua cama, que parecia só estar desfrutando do sol quente de verão que entrava pela janela completamente aberta. A pessoa estava virada para a janela e não se mexia, as suas pernas fazendo uma posição de "W" a deixando sentada em cima do cobertor laranja claro. A sua pele era branca como a neve que cai do céu nos dias e noites de inverno, e os cabelos curtos e negros como a escuridão de uma noite de dezembro, fizeram o loiro suspirar apaixonado ao reconhecer o seu amado. Ele estava com algumas partes do corpo cobertas pelo tecido branco, ao qual chamamos cobertor, deixando assim os seus ombros e peitoral descobertos de qualquer outra coisa. Sim, ele só "vestia" aquele cobertor: estava praticamente nu. As cortinas translúcidas meio brancas da cama real estavam só com um bocado aberto, mostrando as costas brancas.

  Permitiu-se gravar aquela imagem para sempre no seu cérebro antes de andar lentamente em direção á figura, fazendo a madeira velha e ainda branca estalar com o seu movimento de passos. Com os mínimos barulhos, o moreno sorriu de canto, já sabendo quem estava por trás de si e o que iria fazer. Abraçou-o por trás e começou a depositar leves beijos por seu ombro esquerdo, traçando um caminho até às costas do menor. Viu a figura virar-se para si, fazendo-o encarar aqueles olhos negros como um poço sem fundo onde ninguém quer cair. Logo desviou o olhar para os lábios finos e rosados, vendo o sorriso de canto formado neles. E começou a beijar aquela boca que tanto ansiou ter contra a sua o dia todo. Sentiu os braços elegantes rondarem o seu pescoço, o puxando para mais perto e intensificando o beijo, mesmo que simplesmente fosse um beijo cheio de carinho e saudades, nem ao menos as suas línguas estavam se tocando.

  Logo começou a tirar a sua armadura, a deixando cair no chão e nem se importando se fazia um grande barulho, só queria sentir aqueles lábios deliciosos contra os seus. Foi deitando o menor na cama, ao mesmo tempo que ia subindo nela e ficando por cima do moreno, tendo o cuidado de deixar a sua cabeça na almofada branca e macia. Sem esperar alguma reação, traçou uma trilha de beijos desde seu maxilar até ao pescoço nu, permitindo-se beijar e chupar levemente aquela região tão branquinha, que agora ficara marcada por leves chupões feitos por sua boca. Sentiu um leve aperto nos cabelos de sua nuca, ao mesmo tempo que ouvia um arfar excitado do menor abaixo de si. Sorrindo convencido, passou a alisar a cintura alheia, enquanto beijava delicadamente cada ombro do moreno, descendo para seu peitoral e mamilos, onde lambeu e chupou, ouvindo os gemidos baixos e manhosos do Uchiha.

  Subiu o olhar, encarando aquelas obsidianas brilhantes com vigor. Ali, constou a quinta vez naquele dia que, Uchiha Sasuke, é certamente o homem mais perfeito que já vira em toda a sua vida. Sexy; fofo; lindo; fiel; corajoso; sensível; talentoso e cuidadoso: isso era Sasuke, o seu maior e único amor, o homem dos seus sonhos, o homem com quem quer viver todos os dias de sua cansativa vida. Acordar com o pequeno Uchiha ao seu lado, aquele rosto perfeito que só ele tinha, e chegar a casa depois de um dia de lutas e treinos cansativos e ter Sasuke á sua espera com aquele sorriso gentil que só dá para si: era certamente a meta de vida do pequeno Uzumaki. Sentiu as mãos suaves do moreno contornarem a sua face e sorriu largo, dando um selinho no menor antes de o sentir segurando o seu queixo.

  — Como foi seu dia, querido? — Perguntou gentil, roçando os lábios nos do loiro.

  — Cansativo... — Deixou um beijo na palma da mão de Sasuke, antes de fazer uma trilha de beijos de sua mão até seu ombro nu. — Ainda bem que estamos juntos agora... — Encarou aquelas orbes negras como uma noite gelada e sorriu. — Já tomou banho hoje?

  — Já sim... — Passou os dedos finos pelos braços musculosos do amante e suspirou excitado. — Você parece precisar de um... Está fedendo a suor. — Ouviu um resmungo baixo e riu dócilmente. — Eu te espero, querido.

  Naruto assentiu e em seguida se encaminhou para o banheiro do quarto, fechando a porta atrás de si ao chegar lá. Riu baixinho antes de ouvir batidas na porta. Pegou numa t-shirt aleatória de Naruto e vestiu-a, indo em direção á porta e a abrindo segundos depois. Viu o seu irmão, Itachi Uchiha. Ele estava com sua roupa de sempre; camisola preta; calça preta; e a armadura vermelha escura e desgastada, que lhe deixava com uma aparência de uma pessoa realmente forte, o que Itachi claramente era. Também notou os seus cabelos negros presos, como sempre, amava aqueles cabelos, amava cheira-los, pentea-los, trança-los, sinceramente, amava tudo no irmão. Notou que atrás dele estava Obito, seu primo mais velho, ele também estava com o visual de sempre. Aqueles cabelos curtos e negros, espetados para todos os lados; aquela camisola preta tal e qual a calça; e a armadura vermelha clara e brilhante. Tudo aquilo lhe ficava estupidamente bem, mas Sasuke não iria admitir.

  — Sasuke... — Itachi começou. — O tio Madara disse que era para você ir ao quarto dele hoje á noite. — O de cabelos compridos pousou a mão no ombro do irmão, o olhando meio desconfortável. — Toma cuidado, por favor, você sabe que ele parece um animal no cio perto de você... — Sasuke assentiu, fazendo o irmão suspirar triste.

  — Não o deixe te tocar, Sasuke! — Obito falou, indo até ao primo e o puxando para um abraço. — Você sabe o que ele quer, mas não dê! Não precisa se forçar a transar com ele só para não ser expulso do reino! — Obito bagunçou os cabelos do primo mais novo. — Ele não o faria de verdade, você sabe disso. E pode me falar qualquer coisa que ele fizer! Te protegerei.

  Sasuke assentiu e olhou para dentro do quarto, sentindo seu corpo mole e seu coração a mil por ansiedade e medo por aquela noite que iria ter. Mas não podia escapar. Despediu-se dos familiares e foi até ao banheiro, onde Naruto tomava seu banho de beleza. Fechou a porta atrás de si e sentou-se, no chão, ao lado do amante na banheira.

  — Madara quer me ver hoje á noite...