12 ▪ Maloley

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Dia 6

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Dia 6

— Que merda é essa? — Becca disse assim que chegamos na cozinha.

Agora estávamos sozinhos e a sua expressão não era nada boa.

— O que? — Estava confuso.

— Essa aposta. — Ela disse brava. — Só me deixou ficar aqui por causa de uma aposta?

Eu comecei a rir, o que fez a garota ficar ainda mais brava e me dar um soco forte no braço.

— Caralho. — Reclamei ainda rindo. — O que eu ganharia em te deixar ficar aqui? A aposta foi entre os três. Eu não tenho nada com isso.

— Eles não falaram dessa forma. — Ela estava desconfiada.

— Rebecca, a aposta era sobre quanto tempo demoraria para que eu "brincasse de casinha" com você. — Falei conforme me lembrava — o fato de eu querer que vocês fiquem aqui não tem nenhuma relação com a aposta.

A garota me encarou confusa, como se quisesse falar algo.

— Você gosta de mim? — Ela finalmente falou.

— Eu quero ficar bem com você. — Continuei. — Mas só isso. Estou sendo sincero com você, Rebecca. O máximo que teremos é uma amizade. Isso se você não pisar na bola novamente.

Estava sendo sincero. Eu não conseguia mais confiar na loira à minha frente. Rebecca me mostrou que sempre se importou apenas com ela e eu não entraria novamente em suas confusões. Algo me prendia a ela e eu sabia bem que era o bebê. Eu só queria entender essa necessidade que eu sentia de protegê-lo, sendo que eu nem o conhecia. Sempre colocava na minha cabeça que esse bebê não era meu, mas mesmo assim eu não deixava de pensar que era.

Eu estava rendido. E fodido. Completamente fodido. Esse bebê acabou com todas as minhas estruturas.

Eu quero que vocês fiquem aqui não porque eu quero ficar com você, mas porque eu me preocupo com esse bebê. — falei e a garota concordou com a cabeça, se afastando.

(...)

Dia 7

Igual ao dia anterior, na ultima noite também havia dormido com a Rebecca em seu quarto. Diferente do passado, agora estávamos tentando realmente ter uma amizade. Aquilo faria bem para o bebê futuramente. Eu resolvi deixar tudo para trás e perdoar o que a loira havia me feito, porém perdoar não quer dizer esquecer e esse era o principal motivo de não querer algo a mais. Mesmo com tudo isso, a garota sempre deixava claro as suas prioridades e agora eu enxergava com clareza.

Rebecca vivia para ela e, agora, para o bebê que habitava sua barriga. Ela faria o possível e o impossível para alcançar seus objetivos e agora eu não queria mais fazer parte daquilo. Foi difícil superá-la da primeira vez. Eu me vi submerso em mais álcool e drogas do que estava acostumado, chegando a quase outra overdose. Numa dessas o squad se desfez, ou melhor, eu me desfiz. Uma amizade de infância e uma alma quebrada. Tudo por causa de um coração aos pedaços.

Califórnia ▪ Nate MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora