capitulo dezenove, Lua

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"A maioria das verdades fundamentais da vida parecem absurdas da primeira vez que as ouvimos"

Levantei da cama cedinho como o senhor pediu, me vesti adequadamente para o treino, faltam cinco minutos para as sete, me apresso em descer logo, tomo meu
café rápidão, e vou direto para o galpão, chego e me sinto patética, não há ninguém aqui. São oito da manhã quando Enzo aparece em meu
campo de visão, me sinto furiosa, se era assim não teria acordado tão cedo para ficar aqui esperando
esse ...esse idiota.
— Está atrasado.
Falo brava.
— Não estou não.
— Como não? __O chefe disse cedo e já são oito da
manhã.
— Ele disse um horário específico?
Pergunta todo presunçoso.
— Não, mas para mim cedo é realmente cedo.
— Eu vou ensinar você, eu sou o professor, você que espere então. Se a senhora acorda cedo!.
— Que idiota.
— O que disse?.
— Nada, Eu não disse nada.
— Ah ta achei que tivesse dito algo.
Fala e pisca para mim.
Não sei por que esses mafiosos tem que ser todos gatos e musculosos, e também debochados.
— Ponha suas luvas.
— Sim, senhor.
Aponto meu dedo do meio para ele e o filho da puta ainda ri da minha cara.
— Primeira coisa, esteja sempre preparada para tudo, estude todos os movimentos dos seus oponentes, quem sabe assim poderá antecipa-los
antes mesmo que ataquem.
— Segundo, tenha sempre um plano b e se falhar um plano c, e nunca, nunca mesmo comece atacando e principalmente nunca abaixe sua guarda. Assim você estará mostrando tudo ao seu inimigo.
— E terceiro, bom... tenha um punho de ferro.
— Você quer ser minha cobaia? Para eu testar meus punhos?
— É pra isto que estou aqui certo?,__mas sinceramente,
duvido que tenha alguma força.
— Paga pra ver então, idiota.
— Tudo bem, se conseguir me acertar te devo mil euros.
— Combinado.
Falo rindo.
— Eu ataco primeiro, para você ter uma base de como é estar em combate, não me trate como se já
me conhecesse, me enxergue como um inimigo e nunca me subestime.
— Tudo bem, vamos.
Começamos a lutar ele me ataca varias vezes, caio no chão, me levanto para cair de novo.
Aff que ódio.
Eu nunca vou conseguir relar um dedo nesse infeliz.
— De novo, preste mas atenção nos meus movimentos.

Tudo bem Lua concentre-se, consentre-se.Começamos tudo de novo, observo o que ele vai
tentar fazer e o bloqueio antes o derrubo e fico por cima dele.
Essa é minha chance.

Mas ele me vira e agora está por cima.
Que inferno. Olho para o lado e ao mesmo tempo ele também,
assim que o faz dou um soco em seu olho direito,foi tão forte que acho que desloquei a mão.
— Trapaceira do caralho.
Começo a rir sem parar.
E ele me olha puto.
— Isso não vale.
— Descobri agora que não gosto de perder, você me deve milzão essa era a aposta?
Falo rindo.
— Pelo visto.
Fala com mau humor e eu me acabo de dar risadas.
— Seu olho vai ficar bem roxo.
__ Culpa sua, sua trapaceira do caralho...Acabamos por hoje, amanhã no mesmo horário.
— Ok, mas que horário? Por que eu cheguei aqui nem eram sete da manhã e você chegou as oito.
— Você que sabe, só chegue cedo.
Ele vai para um lado e eu para o outro feliz por ter ganhado dele, foi trapaça? Foi, mas quem liga.
Estou um poço de suor quando entro em casa antes que suba as escadas Anita me para.
— Oi menina, o senhor disse que assim que você Acabasse o treino, que fosse vê-lo imediatamente.
Que estranho.
— Tudo bem, nem vou subir então, já vou ver o que ele quer, obrigada.
Vou para o escritório e bato na porta.
— Entre.
Sua voz está mas grave que o de costume parece aborrecido.

Eu abro a porta e entro e me sinto sufocada, na sala que é enorme derrepente parece minúscula, Heros,
Dominic, Alessandra e a moça que sempre me trata mal também.
— O que é tudo isso?.
Pergunto já preocupada.
— Não quer se sentar, Lua?
Alessandra pergunta mas prefiro ficar de pé.
— Lua não sei se isso que irei falar é do seu conhecimento. Preciso fazer uma pergunta antes tudo bem?

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