Capítulo Único

193 13 2
                                    


O toque quente e macio dos lábios do menor contra os seus, provocava em Kazuya um desejo quase primitivo.

Ele o queria.

O queria agora; ali mesmo naquele bullpen.

O catcher não se importava com a falta de privacidade do lugar, muito mesmo se alguém iria aparecer naquele momento. A única coisa que importava, era o quanto necessitava segurar o pitcher em seus braços e não o soltar mais. De torná-lo seu.

Somente seu.

E foi exatamente isso que fez.

Passando as mãos firmemente por trás das coxas grossas e bem trabalhadas do menor, o ergueu em seu colo. Logo sentindo uma das mãos habilidosas do mais novo agarrando seu ombro como apoio, enquanto a outra agarrava-se em seus cabelos, bagunçando-os e puxando-os.

Os gemidos, de ambos os garotos, não puderam ser contidos após a deliciosa fricção de suas recém-formadas ereções. Provocando uma corrente elétrica de prazer em seus corpos, que precisavam urgentemente um do outro.

O menos, aproveitando-se de sua posição, puxou a cabeça do mais velho para cima, juntando então suas bocas em mais um beijo apaixonado. Já haviam perdido as contas de quantos já foram só no curto espaço de tempo em que estavam ali, e cada vez mais eles se tornavam mais urgentes e necessitados.

Suas línguas batalhavam em uma luta que não exigia um vencedor, em uma dança que não precisa de música para ser conduzida. Apenas ansiavam pelo contato que aquele ato proporcionava.

Em passos lentos, mas firmes, Kazuya seguiu em direção ao banco que ali havia após quebrar o momento magico que era beijar a maravilhosa boca do pitcher. E, ao invés de se sentar, deitou o mais novo sobre o banco, se pondo por cima do mesmo logo depois.

_ Você me deixa louco, Eijun. – murmurou o catcher em um sussurro soprado no ouvindo do pitcher. Desceu os lábios até o seu pescoço, onde passou a judiar do pobre rapaz ao morder e chupar aquela área sensível de sua pele, provocando um gemido arrastado de Eijun.

A resposta do menor só veio após segurar docemente o rosto de Kazuya, afastando-o de seu pescoço, para olhá-lo nos olhos.

O ouro encontrou o bronze em um olhar cheio de significado.

Carinho, paz, tranquilidade, cumplicidade... Amor. Um pouquinho de cada se fazia presente naquela bolha de sentimentos e emoções que os envolviam, os afogando com a mais pura felicidade e realização por estarem juntos.

Com os polegares, Eijun acariciava carinhosamente as bochechas de Kazuya, com um cuidado que fazia parecer que a qualquer toque brusco, sua pele poderia se partir.

Um sorriso singelo e apaixonado surgia lentamente em sua face, causando no catcher, um rebuliço de ansiedade em seu estomago.

_ Kazuya? – a voz normalmente escandalosa do menor, encontrava-se mansa e suave, chamando-o numa preguiça prazerosa de se ouvir.

_ Diga. – disse o mais velho, que em momento algum deixou de olhar fixamente no ouro brilhante.

Mas, seja lá o que Eijun fosse dizer, Kazuya não teve a oportunidade de descobrir. Em questão de segundos, o bullpen, o banco e, principalmente, Eijun haviam sumido, e em seus lugares só havia o chão.

O sonho, ainda vivido em sua mente, causava no capitão sensações demais para o início de uma manhã. Seu coração batia desenfreado, mas o motivo não era a queda, e sim a realidade que custava a acreditar.

Os sentimentos conflitantes que se recusava terminantemente a aceitar foram jogados em sua cara, forçando-o a encará-los de frente.

E agora, após o inacreditável sonho, não havia mais para onde correr.

O gosto dos lábios de Eijun e a macies de sua pele ainda resistia em sumir dos pensamentos de Kazuya. Provocando-o a viver novamente as falsas sensações daquele sonho.

_ Droga! – exclamou frustrado, levantando-se do chão. Seu olhar parando envergonhadamente no vão entre suas pernas, onde evidenciava sua excitação. Com um suspiro cansado, jogou-se na cama, e só conseguia pensar em uma única coisa: Eu estou ferrado.

FerradoOnde histórias criam vida. Descubra agora