Imagine Hange Zöe, outro lado da personalidade extrovertida e inteligente com você leitor.
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- Estava sentada escorada em um dos cantos da sala, perto de uma estante, a luz amarelada pairava sobre seu rosto. Ela percebeu minha admiração e riu com...
A imagem da cena está aqui, caso vc queira ouvir a melodia, se chama "Coffee Breath", na versão instrumental.
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É isso, e ahhh, tem tanta gente lendo essa fic e eu tô TÃO feliz com isso, sério, só queria agradecer vocês, todos que acompanham, comentam e votam. Vcs não tem noção de como isso é importante pra mim, comecei a escrever como fuga de uns problemas pessoais e não imaginava que ia dar isso tudo KKKKK
De verdade gente, obrigada! <3<3
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Imagine uma cena relaxante. Um cheiro doce de flores passando pelo meu nariz, enquanto alguns raios de sol suaves pousavam sobre mim como cobertores macios.
Abri os olhos devagar, meus pensamentos não surgiram... Em vez disso, minha mente foi tomada por um som harmonioso que entrava pela sacada. Pude ver a sombra de Hange sentada na beirada, do lado de fora.
Levantei devagar para processar aquilo e me aproximei da porta, lá fora, ela estava sentada; estava vestida para ficar em casa. Uma brisa gelada vinha junto com a luz do sol que havia acabado de nascer, essas, atravessam as curvas de seu rosto, o deixando cintilante, enquanto a sombra de seu corpo se projetava para onde eu estava.
Hange estava de olhos fechados, em seu colo havia uma caixa de madeira retangular com cabo, linhas finas saiam do meio da caixa e subiam até a ponta. Seus dedos trabalhavam juntos tocando aqueles cabos e, cada vez que ela os movimentava, um som doce era emitido.
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Eram dedos realmente habilidosos, pensei enquanto abria um sorriso.
Passei mais um tempo observando, Hange sempre foi uma pessoa tão extrovertida e inquieta, era raro vê-la assim, com semblante calmo.
Ela tocou mais três vezes e parou.
— Bom dia — disse de modo sussurrado na minha direção. A olhei nos olhos e me sentei ao seu lado, acomodando minha cabeça em seus ombros — Dormiu bem?
— Se eu pude dormir com você... então sim, dormi muito bem. — Ambas soltamos um riso fraco enquanto encarávamos a vista da cidade adiante.
Sua mão pousou sobre a minha, enquanto girava o anel em meu dedo.
— O que é isso que você estava usando? — Falei fazendo um biquinho e apontando na direção do que estava no colo dela.
Seus olhos brilharam, era sempre assim quando ia contar algo que acabara de inventar.
— Então, olha — A animação tomou conta de sua voz imediatamente, eu ri um pouco de como ela ficava fofa desse jeito. — Isso é uma caixa oca, essas cordas vão até em cima, mas bem apertadas, me da sua mão — Hange passou meus dedos pelas cordas rígidas.
— Quando eu coloco pressão nelas e puxo para cima ou para baixo, saem esses sons.
Eu franzi as sobrancelhas — Mas como você descobriu isso?! — Ela apertou os lábios e riu.
— Você me conhece, não é? Haha — Eu balancei a cabeça, rindo novamente. — O cabo de aço de um dos soldados estava preso em uma árvore, em uma das explorações que eu fui, um dos meninos do time do Levi pulou segurando esse cabo e soltou, quando ele fez isso, saiu um som desse jeito.
Ela pegou um dos cabos e puxou com o dedão, soltando um som grave.
Eu não sei qual era a visão dela sobre mim, mas imagino que eu deveria estar com cara de boba apaixonada ouvindo aquilo, boquiaberta. Ela colocou o instrumento de lado e me abraçou rindo.
— Você é incrível... e, a sua paixão fazendo essas coisas me molha feito o calor desse sol. — Falei, apertando ainda mais forte.
— São essas paixões que me mostram razão nas coisas.
Hange deixou dois beijos em meu pescoço e levantou, nos deixando frente a frente.
— Por isso sou apaixonada por você, S/N.
Apenas nos abraçamos ali, por longos minutos, até ela nos separar e entrar me puxando.
— Nós temos que subir, eu tenho reunião hoje, vamos ver como meu time vai ficar agora... — Ela desviou o olhar — ...que tem uma pessoa a menos.
Beijei sua testa, tocando a ponta de seu nariz com o dedo indicador.
— Vai ficar tudo bem.
Nos soltamos para colocar os uniformes e ir para a divisão do reconhecimento.
Lá, eu segui minha rotina normalmente na biblioteca enquanto Hange estava em reunião.
— Ele é da parte de que? — Falou em tom de confusão para Erwin.
Hange segurava uma ficha nas mãos, olhando com a cabeça torta.
— Ele era da parte dos experimentos externos, achei que seria uma boa escolha para fazer parte do seu time. — O comandante pegou outros papéis no canto da mesa e colocou em cima. — O resto das coisas est...
— ELE FAZIA OS EXPERIMENTOS? Ohh, eu estava precisando de alguém assim no meu time... — Ela abaixou a cabeça, empurrando os óculos com o dedo indicador, as lentes brilharam.
— Bom, foi o que eu achei, então, já deixei como oficial sem perguntar, ele está te esperando no pátio.
Hange saiu pela porta antes que Erwin pudesse terminar qualquer explicação.
Ela foi empolgada no caminho até lá, sua mente parava em certos instantes para pensar em como me contaria sobre o incidente com Haru e Levi, mas afastou esses pensamentos ao avistar o rapaz loiro, escorado em um dos pilares, parecia olhar ao redor, confuso.
— Olá...? — Hange se aproximou dele, as mãos estavam cruzadas nas costas, ela parecia curiosa.
O rapaz olhou e fez continência. — Tenente! Bom dia! — Ela riu.
— Ei, ei... Não precisa disso. — Disse rindo — É você que vai ser parte do meu time agora, certo?
— Sim! Eu fui transferido hoje.
— Bom... Então, vamos conhecer o resto do pessoal, seja muito bem vindo, Moblit Berner! — A tenente passou o braço ao redor do pescoço do rapaz e seguiram para encontrar o resto do time.
Na biblioteca, eu acabava de ver entrando devagar. Um dos capitães e amigo de Hange, Levi.
O dia estava bem claro lá fora, tirando o ar escuro que sempre ficava no meio das estantes, tudo estava organizado e limpo. Algumas pessoas passavam do lado de fora balbuciando coisas que eu não conseguia entender.
Ele me encarou por uns segundos enquanto eu terminava de passar pano na capa dos livros e fechou a porta.
— Hange já contou para você, não é mesmo?
— Contou o que? — Hange disse abrindo a porta bruscamente, cortando minha resposta. — Levi. Não.
Ela o encarou de modo assustador, quase soltando faísca pelos olhos.
Minha mente formigava em confusão quando interrompi os dois.
