Bakugou?!

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Izuku estava irado.

Todos no corredor eram capazes de perceber isso e instintivamente davam um passo para trás, com medo que fossem alvo de seu olhar assassino.

Como um furacão, o pequeno passava apressado pelo lugar, olhando mortalmente qualquer um que se pusesse em seu caminho.

O baixinho esverdeado exalava uma aura assassina tão forte e densa, que afastou até mesmo Monoma que já tinha um novo discurso na ponta da língua, pronto para irritar qualquer um que fosse da 1-A. 

Só percebeu que não era uma boa ideia quando abriu a boca e, como se estivesse prevendo suas intenções, Izuku gritou:

Midoriya: Vai a merda! 

Equivocado seria dizer que Neito não ficara com cara de taxo, enquanto os demais soltavam risadinhas baixas.

Midoriya finalmente chegou a seu destino, suspirando aliviado quando nada de ruim aconteceu no caminho até a sala. Se apoiou na grande porta, respirando fundo algumas vezes para se acalmar.

No caminho até a escola as mais diversas coisas aconteceram, e olha que nem era tão longe! O caminho dos dormitórios até a U.A. não tinha nada mais do que alguns metros. Pisou num cocô (que para sua tristeza estava completamente mole), deu de cara com um poste e graças a isso sua testa estava doendo, e ainda por cima notou que estava atrasadíssimo para a aula. Isso não seria um problema tão grande, se não soubesse que Aizawa odeia atrasos.

Bem, não poderia ser tão ruim assim, certo? Eram só coisinhas bobas que poderiam ser resolvidas facilmente, não deveria se estressar por algo tão banal. Decidiu, pronto para abrir a porta.

Lento demais. A porta foi aberta brutalmente pelo lado de dentro, enquanto ainda se apoiava na mesma.

Resultado? Izuku tropeçou para dentro, caindo de cara no chão.

Midoriya: Ai...

Murmurou, não se dando ao trabalho de sair do lugar por um longo segundo.

O silêncio paralisado da sala permaneceu nesse segundo, cada um absorvendo de forma diferente a cena a sua frente.

Midoriya tinha os braços esticados como se abraçasse o chão. Sua cara estava enterrada e ele não parecia machucado, mas todos tinham certeza que estava doendo.

Alguém explodiu em gargalhadas, logo levando a maioria a fazer o mesmo.

Mina: Meu Deus Midoriya, me desculpa! - Ela, que havia aberto a porta, se abaixou para ajudar seu amigo mesmo que ainda risse bastante. - Tá tudo bem? Indagou.

O esverdeado levantou de supetão, sentindo a cabeça tontear. 

Ótimo, agora sua testa tinha mais um motivo para doer além da pancada no poste.

Midoriya: Não foi nada Mina, eu tô bem. Assegurou, se apressando ao seu lugar quando notou o professor dentro da sala. - Desculpe o atraso, Aizawa-sensei.



Abaixou a cabeça na mesa depois de receber esporro do professor, esse dia será longo...

***

A aula foi entediante. E é claro, como o universo estava o odiando hoje, os professores haviam decidido que aquele seria o dia perfeito para fazerem diversas provas surpresas, acadêmicas e de treinamento para herói.

Como se não bastasse isso, tropeçou várias vezes no absoluto nada, e enquanto estava no vestiário masculino bateu o dedinho do pé (por uns segundos sentiu sua alma deixar o corpo) e ficou praguejando baixinho, torcendo para que ninguém estivesse prestando atenção nele.

Dia RuimOnde histórias criam vida. Descubra agora