5 cerberus

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Horas depois do desafio, Joe começou a realmente ficar preocupado e a se perguntar o porquê aceitou aquele desafio idiota. Então ele se lembrou do quanto Dyesica era forte, talvez, só talvez ela poderia ajudar.
Ele a procurou por horas. Já era noite, o frio fazia Joe se arrepiar, ele escutava o som do vento passando pelas árvores enquanto se sentava na grama.
Quão idiota ele pode ser, não conseguiria matar nem uma formiga imagina um mestiço, ele estava acabado.
Joe sentiu uma energia estranha porém aquilo o acalmou. Ele se levantou e foi na direção daquela energia e quanto mais ele andava pela floresta em direção daquilo melhor se sentia.
Depois de alguns minutos andando ele encontrou Dyesica na beira de um riacho treinando.
- Dyesica?
- Ah, Joe. E aí?
Ela franziu a testa.
- Joe tá tudo bem ?
- Olha é engraçado.
- O que você fez, Joe ?
- Bom meio que eu arranjei briga com aquele cara... Izanami, eu acho, e meio que não sei brigar então queria sua ajuda pra sei lá... Vi que você é bem forte então....
Dyesica colocou as mãos na cintura.
- Você quer que eu te ensine ?
- Sim.
- Não dá.
- Por quê?
- Não é simples assim, você não é um bruxo não posso te ensinar técnicas bruxas.
- Por que exatamente?
- Você é de outra raça, nossas energias Khan são diferentes, você tem que aprender técnicas demoníacas ou angelicais.
- Entendi. Droga!
- Porém eu posso plantar em seu cérebro algumas informações de artes marciais humanas, tipo, você já assistiu aquele filme "Matrix"?
- Sim, é um clássico.
- Pois é bem parecido, porém não posso colocar avançado, no máximo informações do básico, o resto você vai ter que ir lapidando porque seu cérebro sabe o que fazer, mas isso não significa que seu corpo sabe.
- Valeu isso já ajuda.
- Ok ninjustu então.
- O que é isso?
- É uma arte antiga.
- Fala minha língua mano.
- Ninjas, Joe, espadas e tal.
- Ah sim.
- Ok, vamos lá.
Ela fez alguns sinais e colocou a mão na cabeça de Joe. A aura roxa da garota passou pra Joe e consumiu todo seu corpo, as informações entravam como um flash era como uma grande viagem.
As informações entraram na cabeça de Joe mudando sua mente.
- Uau.
Ela bateu palmas e um pequeno portal se abriu, de onde tirou uma espada com uma lâmina preta e a entregou para ele.
- Isso deve ajudar.
- Espera, é sério que eu sei fazer essas paradas que estão na minha cabeça?
- Em partes.
- Muito legal. - falou com entusiasmo aparente.
Sem avisar ela lhe acertou com um soco, porém o garoto se esquivou e a imobilizou.
- CARALHO, EU SOU FODA!
- Seu corpo aprende rápido, mas agora me solta.
- Ok.
- Vai lá dar uma surra no Izanami.
- Valeu Dyesica- sorriu.
Virou as costas e foi embora.
- Joe podemos esperar grandes feitos de você.
Dyesica pensava em como ele fez aquele movimento, uma pessoa normal não absorve tão rápido, demoram meses pra absorver o básico.
Estava na hora marcada. Enquanto caminhava ele escutava um sussurro em seu ouvido, mas não conseguiu entender o que a voz dizia, então apenas ignorou e seguiu em frente.
Lá em frente à casa torta estava Izanami, com seus longos cabelos ao vento e um sorriso insano no rosto.
Seus braços cruzados demonstravam imponência.
- Aí está; o garoto perfeito.
- E aí.
O garoto andou um pouco e parou em frente do inimigo o encarando nos olhos.
Nada naquele momento Joe queria mais que dar um soco naquele sorriso escroto.
- Veio conversar ou lutar ?
- Tá confiante hein moleque! - sorriu.
Ambos entraram em posição de luta.
- Uma espada ? Vamos lá então garoto, me mostra que você sabe usá-la.
Joe sorriu e sacou a espada.
O garoto avançou e fez um corte pela esquerda.
Izanami sacou uma pequena faca defendeu e contra atacou.
Joe desviou do ataque mas não do gancho que veio por baixo e do chute no estômago que o jogou para longe.
- Droga!
Se levantou rapidamente bem a tempo de sua cabeça não ser esmagada por um chute do oponente.
A lâmina do jovem rapidamente foi sedenta na direção do pescoço de Izanami. Que se defendeu por um triz.
- Seu moleque!
- Cadê seu sorriso, Izanami?
Joe sorriu.
Seu rival irritado foi com tudo para cima, golpes rápido e precisos foram em sua direção o colocando na parede da casa.
Izanami havia o prendido na defensiva.
- Cadê seu sorriso Joe ?
Joe se esquivou de um soco na cara, que arranhou seu rosto de raspão e revidou com um chute no estômago.
Izanami deu alguns passos para trás e caiu.
O garoto não perdeu tempo e correu para continuar na ofensiva.
Ele chutou o rosto de Izanami que segurou seu pé e lhe deu uma rasteira.
Ambos levantaram, Izanami sacou uma kunai e sorriu.
Suas armas se chocavam sedentas e rápidas como verdadeiros ninjas de filmes americanos.
- O que você quer de mim, cara?
- Cala a boca!
A espada de Joe deslizou pela lâmina da kunai e disferiu novos golpes contra o oponente que esquivou e se afastou.
Izanami defendeu e novamente colocou pressão em cima dele.
Joe se lembrou de Bruce e uma energia perturbadora e poderosa consumiu seu corpo lhe dando forças.
Izanami sorriu.
O garoto atacou ferozmente, Izanami não conseguia acompanhar sua velocidade e foi desarmado.
Não perdendo tempo Izanami socou a cara de Joe, e chutou sua mão fazendo sua espada voar para longe.
- é com esse poder que você quer resgatar seu irmão patético?
- Não fala do meu irmão...
- Ou o que ?
- CALADO!
Izanami o chutou e se afastou sorrindo.
Seu braço estava ficando preto e uma aura emanava dele.
A aura em seu braço tomou a forma de um grande cão negro denso de 6 olhos vermelhos espalhados por todo o território da aura.
A gama de energia negra encarou Joe enquanto Izanami sorria.
- Cerberus o guardião do inferno... O que acha dele Joe ? Não é fofo?
- Que porra é essa ?
- Me traz a cabeça dele cachorrinho.
A coragem de Joe se esvaiu.
Ele correu até sua espada e a segurou tremendo.
- Nesse mundo só existe a escuridão, Joe, a luz que todos amam é apenas uma ilusão criada para acalmar os humanos, todos são egoístas ninguém realmente liga pra o outro, você sucumbiu ao medo e com medo como vai salvar seu irmão daqueles putos?
O garoto engoliu em seco.
- Você é extremamente patético.
- Eu não vou fugir, não vou ser inútil novamente!-disse com a voz rouca.
- Então por que você está tremendo de medo?
- Não é medo, eu só não aguento mais esperar para socar sua cara.
Izanami sorriu.
- É assim que se fala.
O cão avançou em sua direção.
Joe correu com sua espada para sua direção e pulou para alcança-lo.
O cão e sua espada se chocaram e se encararam de perto.
- HAKI NO MAGAN. - alguém pronunciou.
Os dois paralisaram e voltaram ao chão.
Kuroko se aproximava.
- Não acha que já está exagerando cara ?- perguntou para Izanami.
- Acho que sim... Me desculpe eu me empolguei, o garoto é bom.
O cão negro voltou para seu corpo.
- Parabéns Joe você é um de nós agora.
- O que ?
- Você passou no teste.
- Teste ?
- Tínhamos que saber se você tinha a fibra e coragem pra fazer o que tem que ser feito.
- Cara... O quê?
- É isso, mas se algum dia você fraquejar para a escuridão eu mesmo te mando pra dentro dos portões de Gherena isso é uma promessa.
- Ok...
- Vamos é hora do jantar.
Ao chegarem no grande salão Joe foi recebido por Dyesica e Lucky.
- Como você foi ?
- Bem eu acho...
- Isso é bom, eu estava preocupada.
- Isso é fofo da sua parte.
- Eu e o Lucky seu idiota.
- Continua fofo.
- Cala a boca.
Ambos sorriram.
- Caralho, se beijem logo.
- Cala a boca Lucky.
Joe sorriu.
Ele reparou na grande tv que reproduzia o terreno do lugar.
- Vocês estavam assistindo ?
- Sim todo mundo estava curioso pra ver se você passaria no teste.
- Mas você me perguntou...
- Bom não tem áudio, não colocamos microfones em vocês, então não dava pra ouvir o que vocês falavam.
- Ah sim.
- Parabéns! - sorriu.
- Um teste... Puta que pariu.
- Bom Izanami passou um poucos dos limites ao usar magia, mas sim.
- Admito que eu estava apavorado.
- Isso é óbvio, mas você não fugiu ou se deu por vencido, por isso Kuroko o reconheceu.
- Você é oficialmente um orelha de raposa, Joe! - comentou Lucky.
Após o jantar Joe subiu as escadas para ir se deitar. Após chegar no quarto deu uma olhada pela janela e respirou fundo.
- Que dia... Me espera Bruce eu estou indo. Aguenta mais um pouco.
Joe se deitou para dormir. Assim que fechou seus olhos ouviu um barulho de uma pedra em sua janela.
- Lucky ?
- Vem aqui.
O garoto desceu as escadas para encontrar o amigo.
- O que você quer ?
- Só trocar uma ideia... Não consigo dormir.
- Tudo bem.
Eles se afastaram da casa.
- Eu acho que tem um traidor entre a gente.
- O que ? Você faz alguma ideia de quem é?
- Sinceramente... Não.
- Bom e por que você está me contando isso? Pode ser qualquer um né? inclusive eu.
- Não sei... Por algum motivo confio em você, você é um cara legal.
- Sabe Lucky, você me lembra um pouco o Bruce.
- Seu irmão ?
- Ele devia ser um cara incrível então - Lucky sorriu.
- Sim ele era... Era não, ele é... E eu tenho que ajudar ele.
- Essa amizade é bonita.
- Não é amizade é irmandade.
- Mas vocês não são irmão né.
- Família não tem haver com sangue cara, família é quem está com você e te apoia quando precisa e te aconselha quando está errado, é quem ama você independente de laços de sangue.
- Família é algo enigmático pra mim.
- Como assim ?
- Não dá pra sentir falta do que nunca tive... Sabe, eu cresci em um orfanato, bem bosta.
- Você não é menor ?
- Sim.
- Como você saiu desse orfanato ?
- Ok, eu vou te contar senta aí.
Ambos se sentaram na grama verde naquela noite escura e fria.
- Estou ouvindo.
- As freiras me encontraram na frente do lugar, bem novo, quase um recém nascido... Elas cuidaram bem de mim até meus 10 anos por aí.
- Só até os 10?
- Sim a antiga governanta morreu, após isso, tudo mudou naquele lugar, a senhora, não lembro o nome não tinha a bondade da primeira chefe do lugar era pelo contrário.
- Como assim ?
- Os portões que antes uma vez no dia se abriam pra passeios receberam grades e cercas elétricas, os brinquedos foram substituídos por ferramentas de trabalho a sala que antes era da antiga governanta agora se tornou uma sala de tortura. Meu inferninho particular.
- Meu Deus...
- Pois é, um dia eu me cansei e resolvi fugir de lá. Durante a noite enquanto todos dormiam abri a sala da diretora com um grampo que uma delas deixou cair mais cedo.
- E aí?.
- Eu entrei na sala e peguei a chave que estava em cima da mesa, porém quando eu estava saindo a diretora do lugar entrou no lugar.
- Eu me abaixei e devagar voltei para um canto escuro da sala. "Aonde estão minhas chaves... Devo ter deixado no refeitório." Assim que ela saiu para procurar a chave eu corri em direção da porta principal.
- Os portões se abriram e eu me vi livre daquela tortura. Eu corri como nunca corri antes, em minutos eu já não sabia aonde eu estava. imagine uma criança sozinha na rua tendo saído poucas vezes, eu estava apavorado.
- O que aconteceu?
- Por semanas virei um morador de rua, vivendo de restos que a sociedade dava as vezes.
- Até Kuroko me achar - suspirou fundo - Ele me trouxe para cá e me contou que eu era especial e me ajudou a dominar a eletricidade que corre nas minhas veias.
- Kuroko é um cara legal.
- Ele é sim... A maioria de nós foi ele em pessoa que resgatou.
- Queria ser forte assim.
- Ei já está tarde. Vamos voltar e dormir um pouco amanhã o dia vai ser longo de novo.
- Por quê?
- Treinamento.
- O que ?

 - O que ?

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Joe e os três reinos Onde histórias criam vida. Descubra agora