Vamos nos permitir

Sob a luz das estrelas

POV. Phoebe

- Enfim, sós – Max disse enquanto fechava a porta da nossa cabine.

- Uau, isso aqui é lindo – Falei observando o local.

A cabine era maior do que eu imaginava. Estava toda trabalhava num tom de ouro velho, havia uma cama enorme com a cabeceira encostada na janela, um sofá, armários para as roupas no lado esquerdo junto com uma televisão e uma mesinha bem na entrada, ali havia um suporte de vidro com duas rosas dentro, uma garrafa de champanhe num balde com gelo e duas taças.

- Vamos brindar a esse momento tão especial, afinal, finalmente nós vamos conseguir ficar um bom tempo juntos sem que tenha alguém nos atrapalhando – Max disse enquanto estourava o champanhe.

- Isso tudo é muito lindo, meu amor, mas qualquer um da nossa família pode aparecer aqui a qualquer momento, principalmente a mamãe – Falei triste por ter que acabar tão rapidamente com a alegria dele.

- É aí que você se engana – Aquele sorrisinho debochado apareceu de novo em seu rosto – Papai e nossos irmãos vão estar muito ocupados nesse imenso navio para sequer lembrar que nós existimos, e em relação a mamãe, eu já me encarreguei de achar uma forma de saber quando ela estiver se aproximando daqui ou de qualquer outro lugar em que estivermos juntos – Se gabou.

- Eu tenho até medo de perguntar o que você fez, mas vamos lá: em que enrascada você vai nos meter dessa vez, Max Thunderman?

- Relaxa, irmãzinha, eu só instalei um dispositivo no relógio da mamãe, sempre que ela se aproximar, nós vamos receber um alerta pelo celular, isso enquanto ela ainda estiver a pelo menos trinta metros de distância – Ele falava enquanto pegava meu celular e digitava algumas coisas dele, provavelmente o código do aplicativo.

- Ok, mas e se a mamãe tirar o relógio por algum motivo e principalmente para nadar ou pior ainda, se ela pedir para Chloe a tele transportar até nós? Estaremos muito ferrados se isso acontecer – Eu ainda estava muito insegura com essa ideia de Max.

- Barb não tira aquele relógio por nada, sem contar que ele é a prova d'água e em relação a Chloe, eu tenho absoluta certeza que aquela garotinha não vai atender a um pedido desses da mamãe. Nossa irmãzinha, mesma não entendendo totalmente o que está acontecendo, torce por nós dois. Ela seria a última pessoa em quem a mamãe poderia confiar para nos pegar.

As palavras de Max me fizeram entender algo que até agora eu não tinha notado: mesmo não tendo noção da gravidade de tudo o que estava acontecendo, Chloe sabia de nosso romance e aquilo para ela não parecia errado, muito pelo contrário, ela tentava nos ajudar da maneira que podia. Eu queria poder sentir culpa por isso, mas já estava tão submersa desse relacionamento e já haviam tantas pessoas para me julgar futuramente, que ter o apoio de minha irmãzinha me permitia querer acreditar que aquilo tudo não era tão errado assim.

-Um brinde ao nosso amor, e a essa viagem que vai ser incrível e inesquecível – Max agora me entregava uma taça de champanhe que eu aceitei sem cerimônia – Olha, estou vendo que estamos progredindo, você nem ao menos me questionou se realmente é certo o que estamos fazendo.

Sem pensar duas vezes, coloquei minha taça na mesa e fiz o mesmo com a de Max e em seguida fui o empurrando em direção a cama até que ele caiu sobre ela.

- Você tem certeza que essa droga de dispositivo funciona? – Perguntei enquanto subia em cima dele.

- Absoluta – Meu irmão disse já ofegante.

- Então que se dane o resto – Falei me jogando sobre ele e atacando sua boca ferozmente.

- Mas da onde essa gata selvagem surgiu? – Max disse no intervalo entre nossos beijos, quando o ar precisou ser buscado.