Mais um plano brilhante.

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O barulho do relógio ecoava pela sala. Tic-tac, tic-tac. O professor dizendo coisas, ou melhor, explicando uma matéria considerada importante para as provas do segundo bimestre. Todos os professores corriam contra o tempo, afinal, ainda naquela semana entraria o recesso de uma semana e quando voltassem já estaria em épocas de provas.

Ficar em casa sem fazer nada por uma semana isso era mais do que incrível para os estudantes. Bem... não para aqueles que estavam super preocupados com as provas e seus estudos. Mas nem para todo mundo era assim, essa felicidade por ficar em casa ou essa preocupação.

A jovem suspirou cansada com o lápis entre seu nariz e seu lábio superior, fazendo um bico para que ele não caísse. Estava completamente entediada, olhava para o professor quase dormindo, fazendo esforço para manter seus olhos abertos. Diversas vezes o plano de ir ao banheiro para matar aula surgiu em sua mente, mas não foi pois tinha seu motivo para continuar ali. E o motivo tinha um nome e sobrenome: Bertholdt Hoover.

Bertholdt é um rapaz educado e simpático. Sorridente e carismático. Sempre ajudava a jovem com suas dificuldades nos trabalhos. Tinha um belo sorriso, era muito encantador e fascinava ❪ seu nome ❫, prendia seu olhar. Aos poucos, sem ao menos ele saber, ele fisgava o coração da jovem, de pouquinho em pouquinho.

Em uma tentativa de se manter acordada, olhou para o rapaz que estava em uma cadeira mais à frente. Estava concentrado e anotava algumas coisas em seu caderno.

Ela tirou o lápis de onde estava e o segurou entre os dedos, encarando o rapaz. O observou de cima a baixo, acreditava que tudo nele era perfeito. Seu cabelo estava meio bagunçado hoje, mas havia dado um charme a mais. Seu rosto centrado o deixava mais sexy. A ❪ sua cor de cabelo ❫ sentiu seu rosto ficar quente quando o olhos do rapaz foram em sua direção, virou o rosto rapidamente e fingiu estar fazendo alguma coisa, como se estivesse super ocupada e concentrada no que fazia.

Olhou de canto para o rapaz, mas se cabelo havia caído em seu olho, então o tirou com delicadeza. Esperava que ele já tivesse voltado a prestar atenção na aula, mas seu olhar ainda estava caindo sobre ele e então o moreno sorriu.

Aah! Como se aquilo não tivesse feito o coração da jovem saltar para fora e querer sair do lugar. Encantada com seu sorriso e sem saber o que fazer, decidiu fazer a coisa mais educada e correta, sorrir de volta. Acenou suavemente para ele. Achou que com isso ele fosse parar de encarar ela, mas... não, seu olhar continuava sobre sua pele, mais especificamente em seu rosto.

Seu coração errava as batidas, sentia que ia ter um treco e cair dura no chão.

Ela, mais do que qualquer outra pessoa, sabia que, quando ficava nervosa, fazia algumas coisas da qual se arrependia depois. A última vez ela falou "iabadabadu", sem motivo nenhum e depois as pessoas em volta começaram a rir. Desde então seu cuidado foi dobrado para as coisas que tem a dizer.

Engoliu seco e coçou suavemente a cabeça. Sempre teve um medo enorme de coçar a cabeça em público, tinha medo das pessoas acharem que ela estava com piolho pois em sua mente isso era coisa de criança e era super anti-higiênico. Como ela explicaria que não estava com piolhos sendo que todos já fugiram?

Tirou a mão de sua cabeça e colocou na superfície amadeirada da mesa. Desviou o olhar e olhou para seu caderno. A única forma, em sua mente, de fazer ele parar de encarar era parando de olhar para o moreno, quebrando contato visual.

Colocou o polegar em sua boca e começou a morder sua unha. Prometeu parar de roer a unha mas na hora do nervosismo e frio na barriga quem vai se lembrar disso?

Olhou para frente, vendo o professor escrevendo mais no quadro. Parecia que a aula nunca tinha fim. O relógio em cima do quadro andava lentamente, o ponteiro parecia estar enferrujado pois andava como se estivesse tendo a mais dificuldade.

 𝐂𝐑𝐔𝐒𝐇 ─ Bertholdt HooverOnde histórias criam vida. Descubra agora