Capítulo 13

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NOTAS INICIAIS. 

Hello pessoas. Chegamos para mais uma semana. 

Dessa vez temos muito drama envolvido, então preparem-se. 

O capítulo não tá grande, eu sei. Mas o de semana que vem vai compensar.

Ouçam as músicas.

Nos vemos lá no fim. Boa leitura <3


POV Karla

Eu estava exausta e realmente cansada, mas meu beijo com Lauren me tirou completamente de órbita. Eu dormia e acordava ainda sentindo os lábios dela nos meus, seja em sonho, ou acordada, mas quando eu olhava ela estava lá, deitada no chão, com a cabeça tão enfiada no travesseiro que eu não sei como ela conseguia respirar. Alguns desses sonhos eram intercalados com a imagem de dentro do hospital, onde eu me via indo atrás de médicos de fisioterapeutas por conta de Dinah. Como será que ela está?

Toda essa agitação me faz perder o sono por tempo suficiente após eu conseguir dormir por alguns minutos fracionados me fazendo perceber que estou com sede. Me levanto e passo por cima de Lauren me esforçando ao máximo para não encostar nela e acordá-la. Obviamente não consigo porque sou completamente desastrada e nessas horas me sinto com dois pés esquerdos. Passo uma das pernas por ali sem problemas, porém, a outra fica presa em seu quadril e eu faço-a se mover completamente da posição em que estava: de lado para barriga para cima. Me sinto péssima por isso porque tenho um verdadeiro horror em acordar as pessoas, mas ao contrário do que eu imagino, ela se mantém na nova posição, o que me faz crer de que ela deve ter um dos sonos mais pesados do mundo. Esse pensamento me faz sorrir e eu não tenho a menor ideia do porquê. Entro na cozinha não vendo nenhum copo que eu possa usar e por conta da minha falta de coordenação, eu me recuso a tentar descobrir onde eles estão dentro dos armários. Sigo em direção à pia e abro a torneira deixando que um pequeno fluxo de água passasse pela torneira e indo diretamente para as minhas mãos que estão em formato de concha para me facilitar. Tomo um gole após o outro até me fazer satisfeita e a sensação daquela água fresca passando direto pela minha garganta me deixar melhor.

- Lauren, é você? - Olho para Lauren que não se mexe e então olho para o pequeno corredor em direção de onde veio a voz que a chamou.

- Não, senhora Jauregui. É a Karla.

- Oh, que bom que está aqui! - Ela diz. - Venha até aqui, quero ver você.

Fico meio receosa em fazer o que ela me pediu, mas eu não poderia recusar. E se ela estivesse precisando de ajuda? Caminho de pés descalços em direção à porta do quarto em que Lauren seguiu logo que chegamos e a empurro. A primeira coisa que eu vejo ao entrar é uma barra fixada ao lado de sua cama, o que me dá um flashback horrível de Dinah naquela cama de hospital. Em um olhar mais avaliativo, percebo que há barras por todo o quarto e um andador e uma bengala ao lado de sua mesinha de cabeceira que está lotada de frascos de comprimidos. De repente me lembro de como Lauren reagiu quando chegamos no hospital e de todo seu tratamento com Dinah quando entramos no quarto. Agora faz todo sentido ela não gostar de hospitais e não querer me dizer pouco depois o porquê era tão familiarizada com eles. O ambiente estava à meia-luz, porém a luz da televisão ajudava um pouco a clareá-lo. O carpete era escuro demais, o papel de parede era florido, a cama não estava arrumada e haviam cobertores demais em cima dela. À esquerda ficava uma porta que eu deduzi ser a porta do banheiro.

- Ah, Karla. - Ela diz.

Ela se parece com Lauren de alguma forma que não sei especificar. Os traços e o formato do rosto, o jeito e os trejeitos em suas expressões com a mesma curva maliciosa nos lábios que me remete automaticamente aos lábios de Lauren. Essa lembrança traz com força as borboletas no meu estômago novamente. Porém seu rosto parecia pálido e seus olhos sem brilho.

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