Era quinta-feira a noite quando Elinor praticamente invadiu a minha casa apenas para me informar que iriamos sair no dia seguinte para uma boate que ela descobriu a pouco tempo, não tive nem tempo de protestar pois no segundo seguinte ela saiu de casa. Estou começando a repensar se realmente foi uma boa ideia ela se mudar para o mesmo condomínio que o meu, depois que descobri que a mesma subornou o porteiro pra conseguir uma cópia da chave de casa.
Estávamos na fila, assim como as outras pessoas que esperavam para entrar no local, esperando Elinor que deveria ter chegado a alguns minutos atrás.
—Pensei que tinha desistido. -sigo a cabeça de Chloe e vejo Elinor toda elegante em seu vestido azul claro de seda.
—Nunca, só tive que voltar pra pegar isso. -em suas mãos havia quatro ingressos. —Estamos na área VIP. -saímos da fila e fomos até o segurança que assim que nos vê libera a passagem. Escuto as pessoas que aguardam na fila a quase uma hora reclamarem.
—Eu não entendo por que sempre temos que ficar na área VIP. -comento.
De todas as vezes que decidimos ir para a balada, ela sempre dava um jeito de ficarmos na área VIP, o problema é que somente passávamos alguns minutos lá enquanto o resto da noite estávamos dançando na parte de baixo.
—Por que dessa vez as bebidas são de graça até ás 3 da manhã. -diz toda animada enquanto subíamos as escadas. —Aqui, coloca isso no pulso de vocês e sempre que pegar uma bebida mostre ao barman.
Assinto. Ao chegar na parte de cima, onde as pessoas pagam metade do salário para somente ter um atendimento "vip" estavam. O local possuía umas vinte pessoas apenas, a maioria em casal ou em grupo, fora os rapazes que trabalhavam ali.
—Vamos ficar apenas cinco minutos. -diz Elinor ao sentar em um dos sofás disponiveis. —Apenas para marcar presença, depois podemos acabar com o estoque de bebidas grátis.
(...)
—Temos direto a uma ligação. -grito para o policial sentado em sua cadeira enquanto digitava algo no computador.
Como viemos parar aqui? Bom, Se não fosse por aquele ruivo de merda e seus amiguinhos vir querer dar uma de macho escroto que não sabe levar um fora, não estaríamos aqui se eles não tivesse nos chamados de nome que eu nem sabia da existência. Mas não sou de ficar calada e pelo jeito Chloe também não, pois com apenas um olhar pra mim ela voou pra cima dele e eu não deixei barato. Quer xingar que xingue a mãe, mas não vem me chamar de puta, piranha, vagabunda, facinha e outros nomes que até o dicionário desconhece, por apenas levar um fora.
Enquanto Chloe e eu discutíamos com os caras, Agatha e Elinor estavam se divertindo com tudo aquilo quando os policiais chegaram nos informando que teríamos que nos retirar. Mas não foi por isso que fomos presas, e sim por desacato a autoridade depois de uma leve discussão com eles sobre o acontecimento.
No final acabamos sendo presas e os caras foram expulsos do local.
Viro o resto e encontro Agatha em uma conversa animada com Elinor e Chloe jogada no chão.
—Sua ligação já foi feita. -diz o policial mal humorado.
—Grande bosta, somos em quatro e cada uma tem direito a uma ligação.
—Se não quiser ser presa por desacato a autoridade eu sugiro parar de falar agora. -diz todo nervoso.
Me lembre de nunca mais beber.
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Tempestade- Série: Tentações
RomanceLivro 1 Tempestade é reconhecida por seus estados climáticos arrebatadores, como ciclones ou tornados, mas o que aconteceria se duas pessoas que passaram por uma grande tempestade em suas vidas se encontrassem mesmo ainda não terem encontrado o seu...