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— Está feito — disse ele a Paola simplesmente.

Ela o abraçou por um instante e depois recuou.

— Eu sei. Estou feliz por você estar a salvo.

— Acho que é hora de deixar Florença.

— Para onde você irá?

— O irmão de meu pai, Mario, tem uma propriedade perto de Monteriggioni. Irei para lá.

— Já armaram uma enorme caçada atrás de você, Ezio. Estão colocando cartazes de

“procurado” com sua imagem em toda parte. E os oradores públicos já começam a falar

contra você. — Ela fez uma pausa, pensativa. — Vou pedir que algumas pessoas de minha

confiança arranquem o máximo de cartazes que puderem, e os oradores podem ser

subornados para mudar de assunto. — Ela pensou em outra coisa. — E é melhor eu

providenciar documentos de viagem para vocês três.

Ezio balançou a cabeça, pensando em Alberti.

— Que mundo é este em que vivemos, em que a crença pode ser manipulada com tanta

facilidade?

— Alberti ficou em uma posição que considerava impossível, mas deveria ter resistido. —

Ela suspirou. — A verdade é negociada todos os dias. Isso é algo com que você vai precisar

se acostumar, Ezio.

Ele segurou as mãos dela entre as suas.

— Obrigado.

— Florença será um lugar melhor agora, especialmente se o duque Lorenzo conseguir que

um de seus homens seja eleito gonfaloneiro. Mas agora não há tempo a perder. Sua mãe e

sua irmã estão aqui. — Ela se virou e bateu palmas. — Annetta!

Annetta surgiu dos fundos da casa, trazendo Maria e Claudia. Foi um encontro muito

emotivo. Ezio percebeu que a mãe não estava bem recuperada e que ainda apertava a

caixinha de penas dada por Petruccio. Ela retribuiu o abraço do filho, ainda que indiferente,

enquanto Paola observava com um sorriso triste.

Claudia, por outro lado, agarrou-se a ele.

— Ezio! Onde você esteve? Paola e Annetta têm sido ótimas, mas não nos deixam voltar

para casa. E mamãe não falou uma palavra desde que... — Ela caiu no choro, lutando contra

as próprias lágrimas. — Bem — continuou, recuperando-se —, quem sabe agora papai não

possa nos esclarecer tudo. Deve ter sido um terrível mal-entendido, não?

Paola olhou para ele.

— Talvez seja a hora — disse ela suavemente. — Precisam saber logo da verdade.

O olhar de Claudia foi de Ezio para Paola e de volta para Ezio. Maria tinha se sentado

perto de Annetta, que a envolvia com os braços. Maria olhava para o nada, sorrindo de leve,acariciando a caixa de pereira.

— O que foi, Ezio? — perguntou Claudia, com um tom de medo.

— Algo aconteceu.

— O que quer dizer?

Assasins Creed : Renascença - Oliver BowdenOnde histórias criam vida. Descubra agora