Carne doce

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Margareth acabara de se mudar com seus tios, Melinda e Jerry.
No dia da mudança um imprevisto ocorreu, não puderam ir de imediato para sua casa, então pararam em um hotel de estrada.

Quando chegaram a recepção do hotel encontraram uma bela dama, mas Margareth, sentia algo falso na mulher, é como se ela estivesse...distante.
Como qualquer criança de 12 anos Margareth fora explorar o hotel, porém, estranhou por seus quartos não terem uma numeração comum, haviam alguns símbolos estranhos..linhas paralelas...pentagramas...

Both Eleanor Boulevard
Este era o nome do hotel, Margareth suspeitava de ter escutado esse nome antes, então ela lembrara que sua amiga uma vez lhe contou uma história um tanto quanto pitoresca...
"Havia uma pequena garotinha, filha do dono do hotel, ela era doce e muito inocente mas seu pai era um tirano, teorias de que ele tinha [sussurro] envolvimentos com entidades malignas, não que acreditasse nessas coisas.
Certo dia, os hóspedes começaram a ouvir gritos e gemidos de dor, como se alguém estivesse sendo torturado até a morte. Entretanto, eram gritos infantis. Uma das hóspedes ligou para polícia, mas quando a polícia chegou lá não havia nada, entretanto um cheiro permanecia forte, a polícia resolve deixar para lá, não porquê não suspeitavam de nada, mas sim por motivos das cervejas noturnas estarem garantidas, graças ao dono.
Os hóspedes começaram a estranhar a falta da garota por ela sempre estar presente com o seu pai, e ele insistia na mesma coisa, que "Estava com a mãe dela em outra cidade".
Uma hóspede, chamada Caroline não comia carne, então, em uma sexta-feira à tarde ela fora falar com o cozinheiro do hotel, porém, quando ela fora até a cozinha, deu de encontro com uma cena de horror, como se fosse uma espécie de açougue, mas sem carne animal. Era carne humana. O cheiro podre...o mesmo de dias atrás, estava tão forte naquele local que ela quase desmaiou. O dono do hotel chegou naquele exato momento, na cozinha, e ameaçou Caroline, disse que se ela contasse do que havia visto, ela seria a próxima a ser 'servida' no jantar, Caroline disse que aceitaria se eles fizessem um acordo, ela não abria a boca se quaisquer um que comesse aquela carne morresse, ele aceitou acordo, mesmo que com receio e sem algum entendimento do porquê daquilo. Uma semana depois, a polícia recebeu uma denúncia de homicídio em massa, 745 pessoas haviam morrido no mesmo dia".

Dizem que aquele hotel é amaldiçoado até hoje pela filha do dono, ele cometeu suicídio, três anos depois do acontecimento, hoje o hotel está nas mãos de sua sobrinha, que particularmente falando, é parecidíssima com sua filha.

Depois que Margareth e seus tios se acomodaram em seu alojamento,  Margareth resolveu continuar explorando.
Mas desta vez ela fora até a recepção, ainda estranhando a recepcionista, ainda com aquele olhar fixo de peixe morto.
Ela encontrou uma chave com o número 745 estampado, o que achou estranho pois não tem um quarto com números além do de seus tios.

Ela então resolvera procurar, e ainda assim, encontrou de jeito nenhum, dado isso, resolve mandar uma mensagem para sua amiga que havia lhe contado a história, estranhamente  seu celular estava sem sinal, isso era um hotel afinal, estamos no século 21.
De repente Margareth começa a sentir um cheiro adocicado no ar, mas era de carne, e o cheiro vinha de uma espécie de porão. Margareth foi até este porão. Enquanto descia as escadas, começou a ouvir diversos sussuros, como:
-Olá, pequena - quase um sopro.
Margareth decide ignorar, a curiosidade vencia seu nervosismo extremo.

Chegando mais perto de uma porta com o número 745, Margareth começou a ouvir barulhos de arranhados e o cheiro de carne doce havia desaparecido, sobrava apenas um cheiro de carniça, como carcaça animal, era mais como um cheiro de cemitério ou de uma feira de peixe.
Antes de abrir a porta Margareth resolveu espiar pelo olho mágico, e tudo que ela conseguir enxergar era vermelho, como se houvesse algum pano tapando a sua visão. O relógio toca dando meia-noite então Margareth resolve voltar para o quarto, antes que seus tios ficassem preocupados preocupados.

No mesmo dia, Margareth se levanta para para ir ao banheiro, eram aproximadamente 2 horas da manhã. Teve de ir ao banheiro da sala de recepção pois o banheiro de seus tios estava quebrado.
Após fazer suas necessidades, a garota  estava indo lavar suas mãos, mas quando ligou a torneira não saía água, nem sequer uma gota, ela bateu na torneira, tentou abrir todas, mas nada, quando de repente ela começa a escutar o barulho de borbulhas como sopa no fogão, olhou para o ralo das pias, nele havia água preta com vermelho subindo no ralo, e tinha um forte cheiro de sangue com carne podre, começou a sair uma água misturada com sangue da torneira, a jovem pensou que fosse algum tipo de pegadinha, então resolvera ir para fora. Após deixar o banheiro, a garota refletiu e entendeu, por quê saiu de lá? Aquilo obviamente foi muito suspeito, era como se não tivesse sob total controle de suas ações.
Ao sair de seus pensamentos, a jovem, avistou a sua frente, uma cena peculiar, a recepcionista.

A recepcionista, estava colocando algo em um tipo de caixa d'água, mas o cheiro de sangue forte prevalecia, Margareth tentou se aproximar sem fazer barulho, de longe conseguiu discernir algo semelhante a braço,  sendo colocado dentro do local. Assim, ela correu o mais rápido que conseguiu, até o seu quarto ,mas quando ela chegou lá não tinha ninguém em suas camas, apenas ela.

Ela pensava que seus tios aviam ido ao banheiro, então, comi não consegui dormir, resolveu ir ao quarto 745 - novamente, nem ela mesma sabia ao certo porquê estava fazendo isso - ,que ficara no porão.
Mas dessa vez estava diferente, é como se alguém tivesse entrado lá, ela adentrou no quarto, que estava com a porta aberta, mas percebeu que na fresta não havia nada vermelho ou algum pano.

Margareth começa a ouvir passos. Eles iam se aproximando dela, ela também começou a escutar estalos e um barulho que pareciam ser de unhas na madeira. Quando menos esperava, ela foi pega pelo pescoço...depois tudo começou a ficar borrado, ela não conseguia mais ver absolutamente nada.
Logo depois de recobrar a consciência, ela tinha uma visão meio turva, mas ainda detalhada -quase como um filme slasher - do que estava em sua frente. Era uma criatura desfigurada... ao seu lado, estava a recepcionista, sua última 'memória' viva, foi da recepcionista comendo sua carne, a desmembrando e cortando sua cabeça, lentamente.

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⏰ Última atualização: Mar 10, 2023 ⏰

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