One-Shot - Hinata

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- Aquele dia... Me lembro como se fosse ontem... Do dia em que eu o conheci... E minha vida mudou completamente_ digo apaixonada começando a me lembrar de toda minha trajetória com muito encanto

Naquela época, me lembro-me que havia feito três meses desde que eu estava vivendo na cidade das luzes... Paris era um lugar maravilhoso e não me cansava de abrir a janela todos os dias para ver aquela bela vista dos telhados antigos dos prédios beges e da ponta da Torre Eiffel a quilômetros de distância dos meus olhos...

O que eu estava fazendo? Onde eu morava? Porque uma japonesa estava tão deslumbrada? Porque resolvi ir embora do Japão tão cedo?

Bem, foi tudo muito rápido, mas naquela época lembro-me que o processo foi tão lento que mal dormia de ansiedade...

Eu tinha acabado de iniciar o último ano da faculdade, estava cursando design de interiores, mas antes havia feito o curso de fotografia. Foi então que eu encontrei a oportunidade perfeita para viajar para o tão sonhado exterior... A opção de ser babá de crianças em famílias ricas ao redor do mundo.

No começo eu pensei muito sobre isso, felizmente eu tinha experiências, minha mãe faleceu no parto da minha irmã mais nova, Hanabi. Eu assumi o papel de mãe e irmã durante toda a vida dela... Eu cuidei dela, cuidei da casa, cuidei do meu irmão mais velho, Neji e cuidei do meu pai... Foi principalmente meus irmãos que me apoiaram nessa ideia maluca de ir para a gringa... E minha primeira opção, e possivelmente a única, foi a França.

Demorei o ano todo para me organizar... Fiz meu passaporte, foquei em terminar a faculdade sem complicações e consegui, aprendi um pouco de francês, encontrei uma família parisiense bem rica, porém com humildade, que me acolheria no sótão do depósito recém reformado no fundo da casa deles, onde um projeto de kitnet havia sido construído. Me programei para que tudo saísse da forma correta. Assim, um ano se passou como um simples piscar de olhos...

Terminei a faculdade e na semana posterior a formatura eu saí de Osaka, minha cidade natal, e viajei para Tokyo. Chegando no enorme aeroporto de Narita, me despedi dos meus irmãos e peguei o avião internacional com destino a Paris.

Foram muitas horas de vôo, mas para mim o tempo que fiquei dentro daquela aeronave foi triplicado pelo nervosismo e pela ansiedade. A classe econômica também não me ajudava muito no quesito dormir para relaxar e me acalmar.

Assim que estava aterrissando, olhei brevemente pela janela e vi a miniatura da cidade Luz, estava de dia e eu pude finalmente perceber que eu estava na França, era como se minha ficha não tivesse caído até o momento em que vi uma pequena Torre Eiffel no meio de uma linda maquete. Não foi difícil eu passar pela imigração, afinal, minha intenção era ficar naquele país apenas por um ano. O aeroporto Charles de Gaulle era incrivelmente grande e eu já estava apaixonada pela França, mesmo sem ter visto o céu daquele país.

Assim que passei pela saída, pedi algumas informações até chegar na estação de trem, onde eu peguei o metrô com destino ao quinto distrito de Paris chamado Panthéon. Não posso mentir, estava muito perdida, porém consegui me localizar e chegar na casa dos meus patrões. Minha sorte foi os mapas que peguei com uma informante e um papel com o endereço da casa, a qual não demorei muito pra chegar.

A casa principal era gigante, havia dois andares, um pequeno jardim na entrada e nos fundos, uma bela cozinha, uma elegante sala de jantar, lustres em todos os cômodos e um lindo ateliê de moda... O casal possuía uma filha mais velha e trigêmeos, uma menina e dois meninos, cada um tinha seu quarto, e o casal esbanjava de uma suíte gigante com vista para a Torre. Depois da casa, atravessando o jardim dos fundos, havia uma pequena casa de dois andares. No primeiro era onde ficava a área moderna de serviços, depósito para os materiais de limpeza e basicamente tudo que fosse fútil ou deixasse a casa principal sem glamour e deselegante, era no segundo andar que eu iria morar... Apenas um quarto, uma sala/cozinha média, um banheiro e uma sacada era tudo que eu precisava. Pode parecer pouco comparado ao que tenho hoje, mas naquela época aquele pequeno segundo andar era tudo pra mim, eu achei muito bom a família ter me colocado em uma casa separada a deles, assim poderia ter uma certa liberdade, privacidade e um cantinho que podia chamar de meu.

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⏰ Última atualização: Apr 05, 2021 ⏰

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