dos pesadelos às realizações

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[Aviso de cenas quentes, mas não muito explícitas]

Quando chegaram no Japão, já era de madrugada. Tiveram sorte de conseguirem dormir boa parte do voo, pois seria mais fácil de se adaptarem ao fuso horário. Marinette ainda estava com ressaca da noite anterior e precisou tomar uns remédios para diminuir a enxaqueca. Adrien tinha resolvido aquilo com uma boa dose de café puro, durante a manhã.

Já no prédio, o qual haviam reservado para hospedagem, a mestiça entrou no quarto e foi direto para a cama. Jogou-se no edredom e deixou que Adrien trouxesse as bagagens para dentro do quarto. Ele fechou a porta e deixou as três malas no canto do pequeno quarto.

— Você vai dormir de novo? — perguntou, vendo-a deitada na cama.

— Você sabe que, se eu pudesse, dormiria o dia inteiro, todos os dias.

— Acho que o seu miraculous deveria ser o do coala. — Riu. — Se existir... — Sentou no colchão, ficando ao lado da mestiça.

— Eu poderia ficar com o seu miraculous. Gatos dormem muito, também. — Sentou, encarando-o com um sorriso de canto.

— Quer trocar os miraculous? — brincou, sorrindo igual à ela.

— Quem sabe um dia... Quando voltarmos a ser Ladybug e Chat... — O sorriso se desmanchou, dando lugar a uma expressão preocupada.

— Amor... — Adrien colocou as mãos sobre os ombros dela. —  Vamos esquecer isso, por enquanto... — Deu um selinho nela. — Temos que aproveitar esse momento só nosso... — Acariciou o rosto dela, antes de beijar a pontinha do nariz da mesma.

Marinette riu, afastando-se para deitar na cama de novo.

— Mas agora eu quero dormir... Ainda são três horas da manhã aqui no Japão...

— Se você diz... Mas eu estou sem sono.

— Uhum... — murmurou, começando a cochilar.

Adrien a olhou com um sorriso. Cobriu-a com o edredom e ligou o ar condicionado. Resolveu organizar as coisas deles e ler um livro, enquanto esperava amanhecer. A todo tempo fitava a mestiça em seu profundo sono. Ela parecia estar dormindo muito bem, o que o deixou aliviado. Durante a viagem, ela estava tendo pesadelos e ele já imaginava sobre o quê.

A azulada estava muito obcecada com a caixa. Ela não queria perder o Noroo e tinha total certeza de que isso aconteceria neste tempo em que estão fora. Todas as vezes que ela entrava nessa crise, ele a consolava e afirmava que tudo ficaria bem, que saber o futuro era uma vantagem, mas que não poderiam alterá-lo. Ela o contou de quando ele havia sido akumatizado em Chat Blanc e isso tinha sido consequência de alguma influência da Bunnix no passado.

Era claro que ele estava preocupado com os miraculous, mas tinha ciência do que já estava feito e ficarem desesperados só os deixariam mais nervosos.

Percebeu que Marinette começou a se remexer na cama. Parecia estar tendo outro pesadelo. Levantou do sofá em que estava, deixando o livro ali, e foi até a mestiça. Colocou a mão sobre o rosto dela, percebendo que ela estava suando. Ajoelhou-se, ficando com o rosto na altura do dela e acariciou o rosto dela, tentando acorda-la com calma.

— Ei... Marin... — sussurrou para não assustá-la. — Amor... — Deu um selinho nela. — Acorda... Tá tudo bem... Eu tô aqui com você...

Ela abriu os olhos devagar, um pouco desnorteada. Com o olhar, Adrien acompanhou ela sentar na cama. Então, levantou e sentou ao lado dela.

— Os pesadelos voltaram? — perguntou, colocando a mão esquerda sobre as costas da mestiça.

— Eu não consigo parar de pensar nos miraculous... — falou, começando a chorar.

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